Morto-Vivo

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A boca que um dia te beijou

Hoje baila, reconditamente

A dança que a morte decretou

Ao pávido seio dormente!


O corpo um dia meu

Que alojou minh'alma

Chora ao silêncio teu

Que diz que não me ama!


A lira do meu cantar

Soa como minh'alma partindo

Foi por dizer te amar

Que um dia estive sorrindo...


Ah! Por que me deste um fim desses?

As larvas que comem os lábios meus

Têm beijos doces...

Tão doces quanto os teus!


Poesia: Para Quem Sabe SofrerOnde histórias criam vida. Descubra agora