A ansiedade de viver,
Do ser.
Ou isto ou aquilo.
De não permanecer tranquilo.
Nada consigo fazer,
Contra estes demónios intemporais.
Toda a guerra pareço perder,
Estou a perder sentidos e noções morais.
Sofro só,
Para que ninguém sofra, comigo.
Se há noção que não perdi,
É que amigo não empata amigo.
Mas sim, agora reconheço.
Que é hora,
Hora do fim.
Hora de cuidarem de mim.
É altura de inverter o papel.
Ser eu quem aufere o vosso consolo.
Chegou o momento,
Em que se incendeia o protocolo.
Não estou bem,
Nem sei bem se esteja.
Por vezes estou.
Mas logo a ansiedade flameja.
Essa patologia adversa,
Que a mim, nada interessa,
Faz-me ser átomo na atmosfera.
Faz com que a minha face jamais seja sincera.
Farto da sua moléstia e descrença,
Em mim, no que sou e serei,
Em terra de cego quem tem olho é rei.
E nisso vejo indiferença.
Com esta disfunção,
Percebo realmente o conceito de vulnerável.
Venha o diabo ou a assunção,
Sua obra será para sempre execrável.
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Underworld Sonata
Poesia"Underworld Sonata" is an introspective journey into the enigmatic realms of the human mind, where the demons of our deepest fears, anxieties, and insecurities reside. In this thought-provoking exploration, the book delves into the labyrinthine corr...