Acordei no sofá, não lembro o que aconteceu ontem para eu estar aqui, e claro que senti o cheiro de café saroniano no ar, Casey ainda roncava, alto, no andar de cima. Fui para a cozinha, Nathan estava com pães de queijo queimados numa bandeja e fumaça para todo canto
— Oh!! Bom dia Senhora Samantha
— Sem o senhora por favor kkkk, acho que você está com alguns... probleminhas com o café da manhã ne Nathan
— É... talvez, porém o café está bom e servido!
— Mas você sabe que eu não gosto tanto assim de café kkkkk
— Escutei a palavra café e manhã, logo presumi que havia comida! Onde? — Casey aparece do nada e diz parada no portal da cozinha com a sala, ainda com cara de sono e com o cabelo uma zona. Um verdadeiro ninho de gaviãoApós o café, saí sem falar nada para ninguém, o muro com o portão estava completo, passei direto sem olhar direito, algumas pessoas ainda me agradeciam pelo incidente naquela noite, só retribuía e seguia em frente. Bati à porta de Merlin, e ele apareceu rapidamente apenas com parte da porta aberta
— Samantha?! Você aqui? Precisa de algo ou talvez queira saber mais sobr... —
— Tem algo que me preocupa, Merlin — Cortando o que ele ia falar
— Ok... venha, entre. Quer um café, um chá, não sei
— Não, obrigada, acabei de comer, desculpa te incomodar assim do nada
— Não não, está tudo bem, o que que anda te preocupando princesa...
— Eu tive um sonho, muuuito estranho por sinal. Eu sonhei com o Arnold...
— O Anão da Winter Forest? Que te trouxe até aqui?
— S-sim, eu vi entrarem na casa dele, o tirar a força, o desgraçado do cavaleiro daquela noite estava lá também, e sumiram, e se isso acontecer ou aconteceu?? Estou com mal pressentimento sobre isso...
— Olha Sam, seus poderes, pelo menos por enquanto, se resumem na runa do tempo, ou seja, sem clarividência e coisas relacionadas a previsões do futuro... claro que é estranho um sonho tão real dessa maneira... E você me surpreende muito... Você acha melhor averiguar a situação para ter certeza?
— B-bem, se possível, sim, se não estiver muito ocupado
— O meio da Winter Forest é bem distante daqui né...
— Tem como chegarmos mais rapido?-
— Existe um recurso, que até uso em emergências, e essa parece uma
— Você vai vir junto? Não quero enfrentar o cavaleiro Negro sozinha...
— Vou, se não você não volta né kkkkk. Mas para conseguirmos usar meu dispositivo é necessário o uso de fumaça sombria, aquela que sai quando matamos as criaturas
— Sei... mas existem monstros de dia?
— Certamente, porém é melhor no crepúsculo, os monstros estão mais fortes por causa da transição dia/noite. Logo sai mais aura negra deles, suficiente para fazer dois transportes de ida e volta
— Então que esperemos o crepúsculo. E Merlin... Não conte nada para ninguém, nem mesmo para Nathan...
— Pode deixarQUEBRA DE TEMPO - 06:30PM.
LOCALIZAÇÃO: Aways Winter Forest próximo aos muros de Castlenoff.— Ok, agora vai ficar perigoso. Esse é o horário certo? — Pergunto tirando minha espada da fenda dimensional
— Sim, mantenha-se sempre alerta, não podemos ser pegos de surpresa nem por um Ratatosk corrompido...
— Certo!Depois de Merlin dizer isso mudei minha pose para defesa e fiquei atenta a qualquer movimento, só tínhamos a luz do crepúsculo para nos orientar no meio daquelas árvores enormes cobertas de neve e também com neve caindo em nós, devia ter trazido meu sobretudo, mas pensei que iria levantar muitas suspeitas em casa, aiai eu sou idiota, saco.
Nós andamos por toda floresta, estava anoitecendo e o nosso tempo já estava acabando. Merlin estava evidentemente ficando preocupado, até que vimos o chão começar a rachar, fazendo uma abertura com uma poça de lava. Nunca imaginaria isso acontecendo no meio da Winter Forest. Começamos a nos aproximar porém recuamos rapidamente quando uma pata com garras enormes sai de dentro da poça, buscando subir a fera mostra seu rosto, ou melhor... os três rostos, era um Cérberus. Mitologia Grega, ja li sobre eles também, era um monstruoso cão de três cabeças que guardava as portas do mundo inferior, reino de Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem...
O monstro dá seu primeiro ataque em cima de mim, rolo pela neve e Merlin o deixa mais lento com sua magia, pouco efetivo, porém aproveito para tentar desferir um ataque em seu ombro derramando um pouco de sangue quente derretendo a neve branca. Ele tenta me arranhar mas materializo um escudo, mas como ele é muito forte me jogou para longe acertando uma pedra e Merlin me ajuda a levantar— Concentre-se nas cabeças! Se as cortarmos matamos ele
—O-ok... — Respondo ainda meio zonzaO Cérberus começa a cuspir fogo em nós, rolo novamente e Merlin cria um escudo em nossa volta. Se continuarmos assim não vamos sair do lugar... penso. Merlin cria flechas de magia e lança contra a cabeça da esquerda, ele ruge, e nesse descuido dele eu escorrego na neve para baixo na cabeça ferida, e com um ataque rápido arranco-a fazendo jorrar mais sangue. Saí rapidamente de baixo para não ser queimada, Merlin faz um joinha com a mão e dou um sorriso para ele. Nosso tempo agora estava muito escasso, o Cérberus é perfeito para nossa missão mas se não o matarmos antes da lua se erguer de nada terá adiantado nossa vinda. Volto minha atenção para o monstro que agora estava com fogo nos olhos, literalmente e metaforicamente. Ele queria vingança pelo seu parceiro perdido. Ele da uma investida me derrubando no chão e pude ver o fogo subindo de sua garganta da cabeça do meio, ali seria meu fim... Porém, Merlin faz surgir 4 "bolas" com espinhos, novamente de magia, claro, e as joga acertando-o e fazendo o animal ganir. Aproveito novamente essa distração de penetro minha espada transpassando a garganta de sua cabeça da direita e arrasto até seu focinho cortando cordas vocais, língua e cérebro, com dificuldades porém, em um só corte, Merlin o arremessa contra uma árvore e explode em um monte de pedaços a cabeça que restava
— Por... por que não... fez isso antes... ufa... — Questiono muito ofegante
— Precisava juntar muita mana para produzir o efeito que queria, perdoe-me — Ele fala colocando um joelho na neve de cansaçoQuando olho para o monstro morto novamente, vejo seu corpo começar a sumir, gritei Merlin e ele me jogou um frasco falando que era só abrir a tampa, e assim eu fiz. Tirei a tampinha do pequeno frasco e toda aquela aura roxa negra vinha para dentro do frasco. Eu senti toda a força que aquilo emitia para o frasco, tive que segurar muito firme para que o mesmo não voasse da minha mão. A sombra foi totalmente sugada e percebi que ela queria vazar, então fechei o recipiente rapidamente e agora o corpo do Cérbero era apenas ossos, como se estivesse ali por muito tempo. Estávamos mortos, nunca tinha me sentido tão cansada, começamos a caminhar de volta para a casa de Merlin em Castlenoff. Chegando lá, o mago pegou a garrafinha, liberou a aura em alguma coisa parecida com um caldeirão, sei lá, e pingou uns negócios aqui, despejou uma bagulho ali e misturou tudo colocando em bolas de cor verde escuro do tamanho da mão
— Dói se transportar para um lugar desse jeito?
— É instantâneo, você não vai nem ver — Ele espondeu com um sorrisinho no rostoMerlin simplesmente jogou a bolinha que parecia uma granada no chão fazendo fumaças consumirem nossos corpos e quando pisquei de novo estava na floresta, atrás da cabana de nosso amigo anão, achei incrível, magia era algo interessante. Até que um grito me tira de meus pensamentos...
— ARNOLD! — Falamos juntos
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The Legend of Saron (processo de reescrita)
FantasySamantha W. Jones é uma adolescente normal que mora em Londres, Inglaterra. Levava uma vida tranquila e monótona e mesmo que sua família tenha dinheiro ela não ligava para isso, gostava desse jeito viver. Normalmente. Mas então de uma forma inusita...