Capítulo XX.II - The Ghost Reign, Part II

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— Por que demoraram tanto?
— Kkkk, alguns problemas aí
*cochichando* — Eae, pegou ele?
— CASS!
— O que foi? Disse nada de mais
— Hmpf, vai fazer a janta vai
— Sua machista! Eu vou mas é porque estou com fome, otária

[...]

— RANGO PROONTO GALERA, Guisado de Coelho à lá Casey hehehe
— Ah... finalmente Cass, vamo ver se...
— Nop, você não
— O que? M-mas por que??? Eu to com fomee
— He... Sua má resposta lhe custou caro né? — Diz ela virando a cara e fechando os olhos
— Ahhh Casey para
— Kkkkkk pega logo um prato, da próxima você ta fudida
— Ah... obrigada

      Por incrível que pareça, a sopa de coelho estava realmente muito boa, não sei se foram os ingredientes que o Nate pegou ou realmente as habilidades culinárias de Cass, ou minha fome também né, maas, estava divina, eu mesma repeti três vezes.
      Depois de comermos, Nate sentou em cima de uma das paredes caídas e disse que ficaria de guarda até acordarmos, confiando na palavra de Nathan, Casey subiu as escadas e mesmo com perigo de desmoronamento ela resolveu dormir na cama no primeiro andar, eu decidi que ia dormir no sofá que tinha aqui no térreo mesmo, além de mais seguro, qualquer coisa uma ação rápida ajudaria Nathan e então adormeci.
      Quatro horas depois eu acordo, totalmente sem sono, Cass como sempre, roncava no andar de cima e Nathan também dormia em sua forma de lobo, o que ja era esperado, cheguei perto dele, fiz um carinho atrás da orelha e fui para fora, perto da cidade possuía um lago com um pequeno pier, as luas estavam cheias, o céu limpo cheio de estrelas, resumindo, a noite estava maravilhosa, então fui para lá, levei o livro e desenhei mais em suas páginas, as coisas que vimos e passamos, com narrativas que até eu estava ficando interessada (nem um pouco humilde e não estou nem aí kkkk), guardei o livro na minha bolsa e sentei na borda do pier. Fiquei olhando para meu reflexo causado pela água límpida do lago. Fiquei também me perguntando que tipo de garota que me tornei, será se sou forte o suficiente para proteger quem realmente importa para mim? Eu pensava, e aqueles malditos questionamentos apenas me levava a respostas negativas, eu tinha vontade de fugir daquele lugar, por mais que eu esteja amando conhecer Saron... Não sou forte o suficiente para aguentar toda essa merda de pressão. Até que o tempo parou, sozinho, não precisei fazer nada, apenas pensar. Olhando ainda para mim na água, percebo que não é mais meu reflexo... e sim... Londres. Eu podia ver o Big Ben, o Tâmisa e suas varias pontes, e a tentação de pular era gigantesca, e uma voz cochichando em meu ouvido disse: "Pule... Pule e largue seus "amigos" aqui". Minha vontade aumentava ainda mais, porém... Outra coisa me chamava... dentro do reino. Comecei a seguir essa voz que me levava diretamente para o Grande Castelo abandonado, ainda com o tempo parado, eu abro aquela porta enorme que ao se mover não fazia barulho nenhum, nada fazia barulho além daquela perturbação infernal. A voz na minha cabeça ficava mais alta, e que claramente saia de algo em baixo de panos, puxei-o rapidamente fazendo a poeira subir e parar no ar, era ele, um espelho em um guarda-roupa, além do espelho era possível ver uma ponte de madeira que dava numa floresta, com toda certeza esse era o espelho e pela missão... Desembainhei a Excalibur e rasguei o portal ao meio e o mesmo gritava, gritava muito, um grito ensurdecedor até que parou subitamente.
      Não lembro de mais nada. Acordo no pier com uma poça de sangue em minha volta, que aparentemente saía de meu nariz

— Vocês não deviam ter vindo...
— Como é que é... Uai, cadê você?
— Aqui! — Um espectro fantasmagórico aparece atrás de mim e me empurra para dentro do lago, sinto outras coisas me arrastarem mais para o fundo, quando começo a perder a consciência um crocodilo afugenta os seres que me puxavam e me empurra para cima.
— Cof cof, Nate?—
— Eu te salvando de novo hehe, vamos sair daqui! — Diz se destransformando
— Cadê a Cass?
— Já está indo para o bote, fomos surpreendidos por esses desgraçados fantasmas
— Eles disseram algo?
— Só que a missão deles era proteger o portal e eles falharam já que agora ele estava trincado, e por sermos os únicos capazes de fazer isso, éramos os culpados
— Então não foi um sonho?
— Hã?
— Eu explico no bote agora... Vamos correr— Digo saindo de dentro do lago e começando a correr.

      Estávamos sendo perseguidos por milhares de fantasmas, cada um diferente do outro, uns com adagas no peito, outros sem cabeça, eu tinha certeza que eram os moradores do Reino. Chegando perto do bote fomos emboscados pelo fantasma que me empurrou do pier, sua garganta era cortada e suas vestes me lembram vestes reais, provavelmente o rei desse inferno

— Nós ainda não nos acertamos... Portadora do Tempo...
— Como sabe disso
— O que importa agora que vai morrer?
— Vou matar você, de novo! — Desfiro um ataque rápido que passa direto pelo seu corpo não-físico
— Hehe... hoje não...— Sua espada atravessa a minha como se nada existisse e corta meu braço me fazendo bradar minha dor
— Já chega! Desfragmento! — Quando Casey diz isso as partes fantasmagóricas de meu inimigo de desmontam e ele volta a ser apenas ossos
— Isso foi...
— Isso mesmo magia
— Ohhh
— E tem mais de onde essa veio agora venham ja para o bote, corre!

      Subimos à bordo do barco e Nathan pegou os remos e obviamente começou a remar rapidamente

— Isso não será necessário Nathan... Flame Aparecium! — E uma enorme rajada de chamas sai da mão de Casey fazendo a areia ferver e nós sermos impulsionados para longe da ilha
— Aaaaa magia é algo tão legal!
— Kkkkkk é verdade, mas... como sabia que faria o barco se mover tão rapidamente?
— Intuição Feminina
— Ah
— Kkkkkkk viu isso em um filme né
— É, foi kkkkk

[...]

      O Queen Elizabeth ja estava em nosso horizonte, Cass cansou de usar seus poderes mágicos e literalmente OBRIGOU Nate a remar até chegarmos no navio (ela simplesmente parou NO MEIO DO OCEANO, fazia nem 5 minutos que tínhamos saído da ilha e ela virou pro Natha e falou "Nah, chega, vou levar a gente mais não, Nathan! Seu turno" e Nate simplesmente obedeceu, fiquei com dó, maas eu não ia remar né). Paramos o bote do lado do navio e subimos as escadas, alguns marujos rebocaram o bote e o trouxe à bordo, mas tinha algo estranho, sangue no convés e caras tristes

— Ok... por que a cabeça do John está sangrando?
— Bom... algums marujos escutaram o que a senhora disse e... e apareceu uma sereia por aqui e simplesmente cortaram as orelhas fora
— Alguns?
— É......
— Alguma baixa?
— Felizmente, ou infelizmente para uns, a "sereia" que veio cantar para nós era uma bareia
— Que?
— Era enorme a desgraçada, parecia uma baleia e não cantava bem, aí ninguém se sentiu atraído pela cantoria, além do Perez, Cleyton e Jhon, aí a matamos, temos carne pro mês todo he
— Sério Jhon?... você que cortou as orelhas por ter sido seduzido?
— Eu cortei depois de terem a matado senhora...
— Vocês são doidos... — Digo indo em direção a nossa cabine (minha, da Cass e do Nate) para descansar
— E esses cortados Milady?
— São superficiais, e eu me recupero bem rápido, vai curar logo...
— Está bem, bom descanso
— O senhor é o capitão interino agora, nos tire daqui, por favor
— Yes Mistress.

The Legend of Saron (processo de reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora