Blank Space

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Música: BLANK SPACE - Taylor Swift

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HARRY POV

Não sei quanto tempo o garoto à minha frente ficou rindo de mim, eu só conseguia olhar para os lados incomodado com a sua risada e até mesmo envergonhado. Eu não conseguia entender qual era o problema.

O garoto deu alguns tapinhas em minhas costas e soltou um "essa foi boa, cara" antes de sair rindo como se eu tivesse contado uma piada hilária.

Suspirei.

Quando pensei que aquele vexame tinha acabado, escutei uma outra risada nasalada, vindo do canto da cozinha. Me assustei pois pensei que eu estava sozinho ali. Porém o susto maior foi quando me virei e vi Louis abraçado com um garoto e olhando para mim com aqueles olhos azuis viciantemente penetrantes e um sorriso crítico no canto dos lábios.

Automaticamente, senti meu rosto inteiro queimar.

- E aí vizinho! - Ele disse com um ar debochado. Acho que senti as minhas pernas bambearem, por um momento.

Oh meu Deus!

- Eu não sabia que você frequentava essas festas, achei que fosse mais do "não posso sair em dias de semana". - Disse passando a mão pelos cabelos, e atraindo minha atenção até os fios aparentemente sedosos. - Tá gostando da festa?

- Eu... sim! Estou, é-é bem legal. - Menti sentido meu coração já se acelerar dentro do peito.

- Eu tô achando uma droga. - Disse com cara de tédio. Droga! Eu deveria ter dito que também não estava gostando, então teríamos algo em comum. - Você tá pedindo refrigerante?! - Riu fraco. Eu abri e fechei a boca mas nada saiu - Realmente não nega as suas origens.

Vi o garoto que estava com ele rir também.

- Esse cara é uma piada. - O rapaz empressado na parede disse se metendo na conversa, e eu prendi meu lábio inferior entre os dentes, me sentindo mal e completamente deslocado daquilo tudo. E tudo só piorou, quando Louis começou a rir junto do menino.

Senti minhas mãos suarem e não lhes respondi, não sabia como. E então vi quando o garoto à sua frente desceu, descaradamente, a mão e apertou as nádegas de Louis. Abri minha boca incrédulo, um misto de raiva com alguma outra coisa circulando em mim. Ele não podia fazer isso, era.... falta de respeito!

Pensei em falar alguma coisa, mas a questão é que ficou só em pensamento mesmo. Já que recuei quando Louis virou para o garoto, com um sorriso malicioso nos lábios, e o beijou.

Ele, claramente, não estava incomodado.

Pisquei sentindo minha respiração falhar e tentei desviar meu olhar daquela cena. Por algum motivo minhas bochechas queimaram ao vê-los. Mordi o lábio inferior, novamente, sentindo estranhamente meus olhos marejarem. O que estava acontecendo comigo?

A única coisa que pensei foi em sair dali, e eu o fiz. Sai da cozinha, e no mesmo instante senti a multidão de jovens esbarrarem em mim, me jogando de um lado para o outro como se eu fosse uma bola.

Encontrei um lugar mais vazio no canto da sala e lá fiquei, tentei encontrar Cara e Miranda no meio de todas aquelas pessoas, mas falhei. Então apenas fiquei ali sozinho. Tinha um casal se beijando e se agarrando bem ao meu lado e automaticamente me lembrei da cena na cozinha.

Sei que fui um estúpido, tudo o que eu fazia era estúpido. E foi ainda mais estúpido ter ficado com vontade de chorar ao ver Louis beijando alguém, eu já tinha visto coisas bem piores da janela do meu quarto que me dava uma visão perfeita da janela do quarto dele, e todas as vezes eu me sentia assim, como se estivesse com ciúmes. Mas nunca deixava de olhar, sempre me escondia atrás da cortina, apagava as luzes do meu quarto e ficava lá, olhando enquanto Louis fazia amor com outras pessoas.

Songs of our Story - SOOS || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora