Capítulo 11

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Bruno

Bom meus amores, esse livro é do Paulo e da Isabela, mais eu não poderia deixar de colocar esse capitulo com o lindo do Bruno, e vocês vão entender por que. Espero que gostem.

O que um pai não faria para proteger um filho(a)? 

Senti o celular vibra e ignorei, estava em reunião e não costumava atender, mas a vibração insistente do aparelho me fez o pegar e olhar no visor.

_Peço um segundo por favor, estou recebendo uma chamada importante e não posso deixar de atender. _Falei e todos compreenderam, e sai da sala.

_Oi Ramires. _Falei quando ouvi sua voz do outro lado.

_Bruno, pode vir a delegacia? temos novidades sobre o caso da sua filha, e se puder trazer o rapaz que a ajudou será melhor.

_Estou em uma reunião, pode esperar meia hora enquanto eu termino aqui?

_Sim, estarei aguardando. 

_Fernanda? _Falei quando ouvi sua voz do outro lado.

_Oi amor.

_Você tem o telefone do Paulo? o amigo da nossa filha.

_Sim, ele me deu pra se precisasse de algo.

_Me faça um favor, ele deve está na faculdade agora, mas tente entra em contato com ele, e pedir que assim que sair da faculdade me encontre na delegacia.

_Aconteceu alguma coisa?

_Não sei ainda, o delegado me ligou e me pediu para ir a delegacia, que ele tinha novidade sobre o caso da nossa filha.

_Tudo bem eu falo com ele. _quarenta minutos depois eu já estava na delegacia esperando que Paulo chegasse, uma moto preta parou a minha frente e o vi descer tirando o capacete.

_Bruno. _Ele falou meio receoso, e eu não entendi por que ele parecia agir como se tivesse medo ou raiva de mim.

_Paulo, obrigado por ter vindo, eu não queria atrapalhar seus planos, mas o delegado me pediu que o chamasse, ele disse que tinha novidades sobre o caso, da minha filha.

_Sem poblemas. _Ele falou andando ao meu lado, chegamos a porta da sala do delegado e um policia nos indicou que entrassemos.

_Que bom que chegaram, eu estava a espera de vocês dois.

_Estamos aqui Ramires, quais são as novidades? _Perguntei me sentando em uma das cadeiras e Paulo sentando na outra.

_Encontramos o nosso cara. _Ele falou.

_Prenderam ele? _Paulo perguntou.

_Não necessariamente.

_Então ele fugiu? _Paulo perguntou parecendo nervoso.

_Nem se ele quisesse.

_Então Ramires? _Perguntei esperando uma resposta.

_Nós o encontramos, mas ele está morto.

_Morto?

_Sim, claro que precisamos que você reconheça o corpo Paulo, mas pelo retrato falado e as caracteristicas que nos deu, é o nosso cara.

_Tudo bem eu posso reconhecer.

_Só avisando que ele não está num estado muito bom, o corpo ficou exposto por mais de quarenta e oito horas, no frio na chuva, então já podem imaginar.

_Não tem problema, acho que mesmo assim consigo reconhecer. _Ramires nos levou até aonde estava o corpo e nos deu uma mascara antes de entrar na enorme sala repleta de corpos cobertos, o  cheiro naquele lugar era quase insuportável, e senti meu estomago embrulhar, fomos até aonde estava o corpo e Ramires levantou o lençol para que Paulo o reconhecesse, o homem era enorme e forte, mesmo naquele estado dava para perceber seu fisico, fechei meus olhos reprimindo as lágrimas que ameaçavam sair, e sai o mais rápido possivel daquela sala, depois de passar pela porta arranquei aquela mascara do meu rosto e encostei a parede, deixei que as lágrimas corressem livrimente por meu rosto, e me senti culpado, culpado por não está naquele momento com a minha filha, por não conseguir protege-la daquele mostro, ela era apenas uma menina, imaginar as mãos daquele homem tocando seu corpo, e o que ele iria fazer com ela, doia meu coração, o ar parecia faltar nos meus pulmões, afrouxei o nó da gravata e tentei respirar fundo, Paulo saiu seguido de Ramires, e vieram até mim.

Entre Dois Corações (Segundo Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora