Isabela
Eu havia acabado de sair do banho quando senti uma forte dor na minha barriga, não podia ser o bebês não poderiam nascer agora eu ainda estava com sete meses nem havia chegado no oitavo mês ainda, a dor começou a tomar toda a minha barriga, caminhei lentamente até a cama e me deitei com um pouco de dificuldade, eu estava sozinha em casa o Bê havia insistido para que eu ficasse com meus pais enquanto ele não estivesse em casa mais eu não queria, preferia ficar em casa, já que Maria e minha mão não me deixavam nem respirar sozinha quando estavam perto de mim. Olhei meu celular que estava no criado mudo que ficava perto da porta.
_Não, não, por que não deixei meu celular na cama. _Tentei me levantar mais a dor era muito forte, eu não estava suportando e tinha medo de cair no chão, eu não queria machucar meus bebês.
_Ahh, meu Deus me ajuda por favor, não deixa nada acontecer com meus filhos. _Pedi com o rosto banhado em lágrimas, fechei os olhos por alguns segundos tentando não me concentrar na dor, quando senti um focinho gelado tocar no meu nariz, era mel a cachorrinha que meu pai havia me dado, agora ela era uma enorme pastora-alemã, eu só podia contar com ela pra me ajudar.
_Mel garota olha pra mim, eu preciso que você chame ajuda, vá chamar meu pai, você sabe aonde ele está. _Olhei pela a janela do quarto vendo a casa dos meus pais, e ela olhou na mesma direção que eu entendendo. Ela era uma cachorra treinada e eu esperava que meu pai entendesse o recado, se ele estivesse em casa. Eu não sabia quanto tempo havia se passado por que a dor estava bloqueando meu raciocínio, mais me senti aliviada quando vi Mel passar pela a porta e meu pai entrar atrás dela.
_Filha, o que você ta sentindo. _Ele falou assustado vindo até mim.
_Muita dor pai, está doendo muito eu não estou aguentando.
_Eu vou levar você pro hospital, vou pegar o carro.
_O do Bernardo está na garagem ele foi de taxi hoje, a chave esta perto da televisão na sala.
_Então vamos. _Meu pai me pegou no colo e desceu as escadas, estendi minha mão para pegar a chave do carro e fomos em direção ao carro do Bernardo, depois de me acomodar no banco do passageiro meu pai entrou ao meu lado e ligou o carro dando partida em seguida.
_Fica calma filha, vai dar tudo certo. _Eu nunca havia visto meu pai dirigir tão rápido, no caminho ele havia enviado uma mensagem pra minha mãe.
_O Bê pai avisa pra ele eu preciso dele comigo. _Falei quando ele parou o carro de qualquer jeito na frente do hospital e vi Tiago junto com a minha mãe e dois enfermeiros vindo em direção ao carro com uma maca.
_O que você está sentindo Bela? _Tiago perguntou enquanto os dois enfermeiros me ajudavam a sair do carro e me colocavam na maca.
_Muita dor Tiago, eu não estou aguentando.
_Filha, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. _Minha mãe falou beijando minha testa.
_Liga pro Bê por favor, eu preciso dele. _Essa foi a última coisa que consegui falar antes de tudo escurecer.
Acordei meio perdida sem saber aonde eu estava, olhei ao redor reconhecendo o teto branco do hospital, eu estava com uma máscara de oxigênio e com o soro em um dos braços. A dor que estava sentindo antes havia amenizado um pouco mais não o suficiente pra mim esquecer.
_Meu amor. _Ouvi a voz do Bê, e o vi aparecer em meu campo de visão, ele estava tão lindo como sempre. Tirei a máscara de oxigênio e estendi minha mão para tocar seu rosto.
_Você está aqui.
_Eu vim o mais rápido possível, quando soube que você estava aqui, você está entrando em trabalho de parto amor, eles deram um remédio para que sua pressão pudesse se normalizar, estava muito alta, eles vão fazer uma cesaria amor.
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Entre Dois Corações (Segundo Livro)
Roman d'amourSegundo livro de um contrato de amor Por que o verdadeiro amor, nasce em tempos difíceis.