Isabela
Eu estava sentada no sofá passando alguns canais na televisão, desde de que Gabi havia ido buscar minha mãe e Bernardo no aeroporto eu não conseguia ficar parada, por isso decidi me distrair com algum filme enquanto eles não chegavam, eu estava mais ansiosa ainda por que dessa vez eles não vinham sozinhos, uma coisinha pequena que havia chegado ao mundo duas semanas atrás também viria com eles. Enfim eu havia achado algo que me tirou um pouco a ansiedade até que ouvi a buzina do carro da minha tia, levantei do sofá correndo e vi Cátia me olhar sorrindo, ela já estava acostumada a me ver nesse estado todas as vezes que Bernardo vinha me ver. Abri a porta e vi minha mãe sair do carro em seguida Bernardo com uma bolsa de bebê e um pequeno pacotinho em seu colo, minha mãe chegou primeiro na porta e me abraçou sorrindo, envolvi meus braços em sua cintura e inspirei seu cheiro que me lembrava nossa casa.
_Mamãe que saudades.
_Eu também estava morrendo de saudades minha linda, você cresceu nesses meses, e seus cabelos filha, estão quase do mesmo tamanho que antes.
_Sim mãe, e nunca mais vou fazer a besteira de cortar. _Falei.
_E nós não recebemos abraços e beijos também não? _Bernardo falou aparecendo atrás da minha mãe, e ver ele daquele jeito segurando com tanto cuidado meu irmãozinho só demostrava que ele seria um ótimo pai no futuro.
_Claro Bê, claro que você ganha muitos beijos e abraços. _Com um braço Bernardo me abraçou e beijou o topo da minha cabeça, em seguida olhei enrolado em uma manta o pequeno embrulho que me olhava com seus olhinhos curiosos, ele era lindo seus olhinhos eram extremamente azuis e ele tinha uma mistura do meu pai com a minha mãe, ao contrário de mim que era a cópia do meu pai, ele era a mistura perfeita dos dois.
_Esse é o Lucas, pequena. _Bernardo falou me entregando ele e eu já estava chorando, seu corpinho era pequeno e molinho, seus olhinhos azuis me fitavam com curiosidade e assim que acariciei sua mãozinha ele segurou meu dedo e ficou quietinho me observando.
_Ele é tão lindo mãe, e esses olhos azuis de quem ele puxou?
_Esses olhos são do seu avô paterno filha, Arthur tinha os olhos extremamente azuis, todo mundo ficou admirado quando ele abriu os olhinhos, por que ele puxou aos olhos do seu avô, no começo quando descobrimos ser um menino pensamos em colocar Arthur como seu avô e seu primo, mas Gabi e Heitor já fizeram a homenagem ao seu avô, então decidimos por Lucas, em homenagem ao jovem que praticamente salvou a vida do seu pai, se não fosse por ele seu pai não estaria aqui hoje.
_Eu amei mãe, sei que ele vai gostar do nome que deram a ele. _Eu estava encantada com meu pequeno, ele era a coisa mais fofinha que eu já havia visto, Thor veio correndo em direção a Bernardo e pulou nele e em minha mãe, desde de que Bernardo o havia trazido ele havia ficado comigo aqui, sentei no sofá e Thor veio correndo até mim mais parou assim que percebeu o pequeno embrulho em meus braços, ele parou e cheirou curioso o serzinho que olhou em sua direção.
_Esse aqui Thor é o mais novo membro da família. _Falei e ele pareceu entender já que deitou a cabeça em minha perna e ficou imóvel observando Lucas.
_Fernanda vá descansar, Bela insistiu que você ficasse no quarto com ela, por isso coloquei o antigo berço do Arthur la, ta tudo arrumadinho pra vocês dois se acomodarem.
_Eu vou sim Gabi, estou com um pouco de dor.
_Mãe você está bem? _Perguntei preocupada.
_Sim filha, não se preocupe é normal por causa da cirurgia, ainda está cicatrizando, obrigado por toda a ajuda Bernardo.
_Não precisa agradecer Fernanda. _Ele falou depositando um beijo na testa da minha mãe e a ajudando a subir as escadas.
Um tempo depois Lucas já dormia tranquilamente em meu colo, subi até meu quarto e o depositei no berço que havia sido de Arthur, minha mãe dormia na cama ao lado do berço, o depositei com cuidado e o cobri com uma manta azul, eu havia descobrido um amor desconhecido em mim, o amor de irmão, fiquei admirando seu sono tranquilo e senti braços bem conhecidos por mim me abracarem.
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Entre Dois Corações (Segundo Livro)
Roman d'amourSegundo livro de um contrato de amor Por que o verdadeiro amor, nasce em tempos difíceis.