Capítulo 60

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Isabela

Acordei com alguns raios de sol que entravam por uma pequena janela com algumas grades, na noite anterior eu não havia percebido aquela janela, me levantei com um pouco de dificuldade sentindo meus braços doerem, as cordas estavam queimando minha pele e meus braços estavam dormentes, me aproximei da janela olhando a paisagem la fora, havia muitas árvores o sol brilhava lá fora e uma brisa suave passava movimentando a copa das árvores.

_Gostou da estádia Belinha? _Ouvi a voz da Amanda na porta e ela veio até mim tirando a fita que tampava a minha boca.

_Por favor pode tirar essas cordas, estão me machucando. _Pedi com os olhos ardendo pelas lágrimas.

_Há claro que eu vou tirar mais não aqui, primeiro vou leva-la a um lugar e mandaremos uma lembrancinha pra sua mamãe, imagine ela acordando com um vídeo seu, o que acha que ela vai fazer? gritar, chorar, bom vamos descobrir.

_O que você vai fazer? _Perguntei quando vi o tal de Ramos passar pela porta e vim até mim segurando meus ombros.

_Você verá querida tenho certeza que será uma experiência que você nunca irá esquecer. _O homem me empurrou para fora do quarto e passamos por alguns corredores, o lugar parecia como um antigo hospital abandonado, várias salas e quartos em péssimo estado, andamos mais um pouco e paramos em frente a uma sala cercada por vidros, Amanda abriu a primeira porta e entramos em uma especie de mini sala aonde se dava para ver perfeitamente a outra sala de vidro, mais uma porta foi aberta e o homem me empurrou para dentro daquela sala, em seguida soltou meus braços e senti um enorme alivio quando pude movimenta-los, meus braços estavam marcados pelas cordas e doíam conforme eu passava a mão por eles, olhei toda aquela sala que era coberta por um piso extremamente braco e cercada por paredes de vidro, por uma das paredes dava para ver o outro lado aonde a Amanda estava, parecia ter uma mesa com alguns botões e aquilo começou a me dar medo.

_O que você vai fazer? _Perguntei quando vi o tal Ramos fechar a porta e me trancar sozinha naquela sala.

_Bom querida nos meus muitos anos investigando tudo sobre você, eu descobri que você tem fobia de um bichinho, e você não imagina como eu fiquei feliz em saber disso, por isso fiz o favor de juntar muitos desses bichinhos, alguns dos meus homens acharam no mato e outros aqui mesmo nesse lugar, já que é abandonado e estava cheio delas, então peço pra ter cuidado elas estão a alguns dias sem comer quem sabe elas achem você bem apetitosa. 

_Do que você ta falando?

_Solte elas Ramos. _Ela pediu e o homem apertou um botão abrindo umas passagens no teto, logo várias aranhas começaram a descer pelas paredes, eram várias aranhas grandes pequenas, de todos os tamanhos e cores, senti o pavor me tomar quando a sala começou a se encher delas.

_NÃO POR FAVOR ME TIRA DAQUI! _Gritei apavorada sentindo meu corpo arrepiar de pavor, desde de pequena eu tinha fobia de arranhas, sentia um medo terrível delas por isso Maria sempre limpava a casa quando notava alguma aranha para que eu não visse, e agora ali com tantas aranhas eu não tinha pra onde correr eu sentia meu sangue gelar conforme elas iam caindo por cima de mim, eu passava minhas mãos pelos meu braços para joga-las no chão, não tinha pra onde correr o chão e o teto estavam repletos delas, eu gritava de pavor e arranhava meus braços com a agonia que eu estava sentindo, olhei em um canto e vi uma câmera que filmava tudo, aquilo ela uma sala de tortura. As lágrimas escorriam pelo meu rosto conforme eu sentia o pavor me tomar, eu tentava correr delas mais tinha aranhas por todos os lados, o medo estava me consumindo conforme eu sentia elas andando por meu corpo, comecei a sentir falta de ar e logo tudo ao meu redor começou a ficar embaçado, eu não queria desmaiar no meio daquelas aranhas mais já estava perdendo os sentidos, quando senti meu corpo cair no piso gelado e tudo se apagar.

Entre Dois Corações (Segundo Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora