Isabela
_Por que esta me olhando assim? _Perguntei quando percebi o olhar de Paulo sobre mim.
_Por que você é linda. _Ele falou sorrindo o que me fez ficar imediatamente com vergonha.
_Por que está agindo assim comigo?
_Assim como?
_Assim gentil.
_Por que quero reparar o meu erro, eu fui muito duro com você, te tratei mal sem motivos, então queria me redimir com você.
_Eu queria entender por que me tratou daquele jeito. _Perguntei abaixando a cabeça e senti sua mão segurar a minha em cima da mesa.
_Eu só estava estressado com o campeonato, e alguns meninos ficaram fazendo piadinha sobre você, então achei melhor protege-la deles, mais acho que não fiz isso da melhor maneira.
_Me afastando de você? foi a forma que encontrou para me proteger?
_Me desculpe. _Ele falou ainda segurando a minha mão.
_Ta gostando? _Ele perguntou se referindo ao sabor que eu havia escolhido.
_Sim, é muito bom.
_E você não queria tomar né?
_É.
_Então? você me perdoa? podemos voltar a ser como antes?
_Sim. _Falei sorrindo.
_E disso que eu gosto, desse sorriso lindo que você tem.
_Podemos ir agora?
_Podemos mas com uma condição, que você me deixe te levar a um lugar primeiro.
_Que lugar?
_É surpresa, e então você deixa?
_E eu tenho escolha? _Perguntei sorrindo.
_Acho que não, por que eu vou te levar de qualquer jeito. Depois de sairmos da sorveteria seguimos em direção a rodovia, Paulo não me dizia de maneira nenhuma pra aonde estavam-os indo, mais acabei imaginando quando comecei a sentir o vento salgado e a maresia que vinha do mar, era a praia o lugar que eu mais amava, meu pai sempre falava de como eu ficava deslumbrada quando eu era pequena e iamos a praia, ele dizia que eu adorava ver as ondas chegando na areia e que corria quando as via se aproximar, mas eram só elas irem embora e eu já queria entrar na água de novo, sorri lembrando de quantos castelos de areia eu costumava construir com meu pai quando eu era pequena, ele dizia que eu sempre seria a princesa do seu castelo.
_Gostou? _Paulo perguntou assim que parou a moto e me ajudou a descer.
_Sim, eu amo a praia, mas não é muito legal vir pra praia de roupa de escola.
_Mas você está de saia, ruim seria o unifrome ser calça ai não combinaria nada ainda mais num dia tão quente como esse.
_Mas por que me trouxe aqui?
_Há pra ficar um tempinho com você, recuperar o tempo que ficamos afastados. _Ele falou me puxando até a arei depois de tirarmos os tenis e sentirmos a areia fofinha em nossos pés.
_É tão lindo. _Falei olhando as ondas quebrando e alguns surfistas surfando nas enormes ondas.
_É mesmo, muito lindo, quer alguma coisa?
_Acabamos de tomar um sorvete. _Falei sorrindo.
_Sim, mas que tal uma água de coco?
_Ta bem.
_Vou comprar, não saia dai. _Ele falou se afastando.
Alguns minutos depois senti uma bola bater em minha perna.
_Oi, desculpa pela bola. _Um jovem alto e forte, falou parando a minha frente, seus cabelos estavam molhados e ele parecia cansado, provalvemente por esta jogando bola.
_Não tem problema. _Falei lhe entregando a bola.
_Ei, eu conheço você. _Ele falou se abaixando pra ficar na mesma altura que eu.
_Eu não me lembro de você. _Falei.
_A algum tempo atrás eu quase a atropelei, nem tive a chance de me desculpar, mas é que você apareceu do nada, e parecia bem nervosa, tentei me desculpar com você mais você saiu correndo. _Então lembrei do dia que Paulo havia me tratado mal, foi naquele dia que eu quase bati no carro dele.
_Eu que tenho que me desculpar, eu não estava num bom dia a culpa foi minha por entrar na frente do seu carro.
_Não, eu que precisava ter prestado mais atenção, mas naquele dia eu cheguei a machucar você? lembro que parei antes de encostar em você não foi?
_Não, não, não se preocupe você nem encostou em mim, eu só coloquei a mão no seu carro por impulso não se preocupe. _Falei sorrindo.
_Poxa que alivio, fiquei preocupado, pensando como iria lhe encontrar pra me desculpar, há a proposito, me chamo Bernardo.
_Prazer Isabela, mas pode me chamar de Bela, é como todos me chamam, só não minha mãe quando está chateada comigo ai ela me chama de Isabela. _Falei com um pouco de vergonha.
_Lindo nome Isabela, você está sozinha?
_Não, eu vim com um amigo.
_Há sim, então te vejo por ai, já sei seu nome e aonde você estuda, pelo seu uniforme, então sei onde encontra-la, já que estudo bem atrás da sua escola no mesmo campus.
_Na faculdade?
_Sim.
_Anda Bernardo deixa a garota e trás a bola.
Alguns dos meninos que estava com ele falou e sorrimos.
_Bom, eu preciso ir Isa, te vejo por ai, gostei de te conhecer. _Ele falou depositando um beijo em minha bochecha e indo de encontro aos seus amigos.
_Quem era aquele cara? _Me assustei quando ouvi a voz de Paulo atrás de mim.
_Acho que um novo amigo. _Falei sorrindo.
_Eu não posso deixar você um minuto sozinha?
_Foi no carro dele que eu quase bati naquele dia que você falou aquelas coisas.
_Foi ele que quase atropelou você?
_Ele não me atropelou, eu que me enfiei na frente do carro dele, não foi culpa dele e eu não me machuquei. _Paulo não pareceu gostar mundo do Bernardo. Mas ele era apenas meu amigo.
_Vem. _Ele falou me puxando depois de um tempo que haviam-os ficado em silêncio.
_Pra aonde?
_Vamos molhar o pé a água deve está uma delicia.
_Eu não, não quero me molhar.
_Não vamos nos molhar so molhar os pés.
_Promete que não vai me jogar na água?
_Prometo. _Ele falou.
_Jura de dedinho?
_Juro. _Ele falou sorrindo, e caminhamos até a beira do mar, a água estava uma delicia eu não me cansava de ver as ondas quebrando e banhando a areia, depois de algum tempo corremos pela areia e Paulo correu atrás de mim, suas mãos agarraram minha cintura o que me fez cair o levando junto comigo e acabamos caindo na areia, ele caiu por cima de mim e sorriu, seu rosto estava vermelho e suado e ele respirava fundo assim como eu, seus olhos desceram dos meus olhos em direção a minha boca e senti minhas bochechas esquentarem, e não era por causa do sol. Paulo se aproximou mais de mim e senti sua respiração bem próximo do meu rosto.
Espero que gostem amores ❤❤ e se gostarem não esqueçam da 🌟.
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Entre Dois Corações (Segundo Livro)
RomanceSegundo livro de um contrato de amor Por que o verdadeiro amor, nasce em tempos difíceis.