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Alguns minutos depois, o táxi parou em uma rua deserta.

- Tem certeza de que é aqui? Não tem nada por aqui. - O taxista perguntou olhando para Leo.

- É aqui sim. - Ele entregou um rolinho de dinheiro ao taxista. - Fique com o troco. Vamos Gustavo.

Eu desci do carro, e ele foi embora. Eu olhei ao redor, à nossa frente, uma grande colina se estendia. Um pinheiro ficava lá no topo, e logo ao seu lado, uma enorme estátua de uma mulher.

- Vamos.

Nós subimos a colina. No alto, em um dos galhos da árvore, um pano brilhava. Aos pés da grande árvore, um dragão dormia.

- Isso é... Isso realmente é um dragão? - Perguntei apontando para o animal.

- Sim. Este é Peleu, ele protege o Velocino de Ouro.

- O quê? - Perguntei.

- Aquilo. - Ele apontou para o pano brilhante. - Ele ajuda na defesa do Acampamento, assim como a Atena Partenos. - Ele apontou para a enorme estátua de mulher. Com certeza ela tinha mais de 10 metros de altura.

- Ah... Ok.

- Vamos descer.

Ele me levou até uma casa de quatro andares azul. Na varanda, algumas pessoas estavam sentadas ao redor de uma mesa.

- Quiron, eu cheguei com o novo garoto. - Leo disse.

Todos ali me olharam. 18 pessoas me encaravam. 16 deles eram jovens, alguns aparentavam ter a minha idade. Dois deles eram mais velhos.

- Que ótimo. - O homem na cadeira de rodas sorriu. - Leve-o até o chalé de Hermes enquanto não sabemos o parente divino dele.

- Eu sei. - Falei.  - Meu pai é Apolo, minha mãe me disse.

- Apolo? Seu pai é Apolo? - Um menino de olhos azuis e cabelos loiros perguntou.

- Sim. - Afirmei.

- Você têm certeza? - Perguntou o homem na cadeira de rodas.

- A mãe dele disse. E eu acho que é verdade. - Leo disse.

O homem na cadeira de rodas se levantou. Ao invés de pernas normais, ele tinha um traseiro de cavalo branco.

- Você é... Você é um centauro. - Falei boquiaberto.

- Sim, e você é Gustavo não é? - Ele perguntou e eu só assenti. - Eu sou Quiron.

- Não podemos deixar ele ir pro chalé de Apolo sem que ele o proclame! - Uma menina de cabelos avermelhado bateu na mesa.

- Não sei... - Quiron pôs a mão no queixo.

- Ele deve ir pro chalé de Hermes! - Um menino de cabelos castanhos disse.

- Tudo bem. - Quiron suspirou. - Leo, leve-o até o chalé de Hermes, por enquanto.

- Sim senhor. - Leo concordou com a cabeça.

- Muito bem, vamos voltar ao assunto de antes. - O outro homem ali presente balançou as mãos com desprezo. Ele tinha os cabelos escuros e era meio gordo.

- Vamos Gustavo. - Leo me chamou.

Eu o segui até um amontoado de chalés.

- Você vai ficar aqui. - Ele parou em frente a um chalé.

Filho de Apolo: A Busca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora