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Alexia e Leo estavam se saindo bem, considerando que estavam lutando com um ciclope que tinha quase o dobro do tamanho deles. Ele também era rápido para seu tamanho.

- Eles precisam de ajuda! - Dennis gritou.

Eu olhei ao redor, tínhamos nos afastado um pouco dos mortais, agora estávamos em um pasto, sem vacas ou qualquer outro tipo de animal. Me abaixei rapidamente, e peguei um graveto.

- Vai fazer o que com isso? Vai dar uma de Harry Potter? - Dennis perguntou olhando para o graveto em minha mão.

- Não, vou danificar a visão dele. - Falei simplesmente.

Eu arremessei o graveto em direção ao olho do monstro. Graças a minha mira perfeita - ou quase - o graveto acertou em cheio o alvo. O monstro urrou e colocou as mãos no seu grande olho.

- Argh! - Ele cambaleou para a esquerda, e Alexia aproveitou para espetar seu pé, o que o fez gritar ainda mais.

Leo tocou mais alto, e mais plantas começaram a se prender ao monstro.

- Continue! - Gritei.

Aos poucos, cipós e plantas com folhas vermelhas que eu desconhecia, enrolaram-se ao monstro. Dennis riu quando ele caiu no chão, parecendo uma múmia.

- Isso é demais! - Dennis gritou.

Leo tocou mais um pouco, e o monstro sumiu em pó com um grito, deixando para trás apenas plantas.

- Estamos atrasados. - Alexia olhou em um relógio preso ao seu pulso.

- O ônibus está quebrado. - Falei, observando enquanto o motorista tentava arrumar o motor e os outros passageiros olhavam tudo bem irritados.

- Tá legal, vamos ter que chamá-las. - Alexia suspirou e começou a procurar em sua mochila.

- O que está fazendo? - Perguntei.

- Tenho certeza de que tenho um dracma aqui em algum lugar.

- Um o quê? - Dennis perguntou franzindo o cenho.

- Oh, acho que sei do que ela está falando. - Leo sorriu e guardou sua flauta.

- Achei! - Ela tirou de dentro de sua mochila uma moeda de ouro. Eu a desconhecia.

- O que é isso? Uma moeda? - Perguntei.

- É um dracma de ouro, a moeda dos deuses. - Leo sorriu.

- E vai fazer o que com ela? - Dennis perguntou.

- Vejam.

Alexia jogou a moeda no asfalto, que logo flutuou e sumiu.

- O que devia acontecer? - Perguntei.

- Isso. - Alexia apontou para o lado esquerdo.

De lá, surgiu um táxi. Não era comum, estava velho e tinham três senhoras lá dentro.

- Para onde? - Uma delas perguntou. Sua pele era cinza, e ela não possuía olhos.

- Acampamento-Meio-Sangue! - Alexia disse decidida.

- Entrem. - A mulher sorriu, seu sorriso era sem dentes algum.

- Quem são essas? - Cutuquei Leo.

- As irmãs cinzentas.

- Ah, claro.

Filho de Apolo: A Busca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora