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Assim que saí do chuveiro, vi Austin. Ele estava tocando um violino próximo a uma das janelas.

- Gustavo! Você voltou! - Ele parou de tocar assim que me notou ali.

- É, eu acabei de chegar. - Sorri.

- E deu tudo certo?

- Deu. Surgiram alguns monstros, mas nós os derrotamos.

- Que bom que conseguiu. - Ele sorriu e se levantou, colocando o violino sobre sua cama.

- Aconteceu algo? - Perguntei.

- Não. É que estamos com poucos campistas, pois a grande maioria já foi pra casa, por conta do natal, inclusive os outros deste chalés.

- E você, quando vai pra casa? - Perguntei.

- Somente na véspera.

- Eu também.

- Então até lá, vamos ser só nós dois.

Nós rimos e ele saiu, iria até o refeitório. Eu terminei de me arrumar, e fui até o chalé de Hermes, onde Dennis estava. Ele sorriu quando me viu entrar.

- Vamos? - Perguntei.

- Claro, estou morrendo de fome.

- Eles te explicaram como é aqui? - Perguntei enquanto seguiamos o caminho até o refeitório.

- Sim, e eu vou me acostumar. Eles são bem legais.

- São sim. - Sorri.

Eu joguei parte da minha comida na fogueira e pensei no meu pai. Agradeci a ele por nada de mal ter me acontecido durante esses dois dias fora. Me sentei na mesa de Apolo com Austin.

- Então, como foi sua missão? - Ele sorriu.

Eu lhe contei tudo.

**

Depois do jantar, nós todos fomos até a fogueira, para cantar e contar histórias. Eu, Alexia, Dennis e Leo contamos tudo o que aconteceu durante nossa viagem, foi legal compartilhar isso com eles. Eu realmente me sinto bem e seguro aqui, e para mim, eles são uma família.

- Gustavo, podemos conversar? - Alexia me cutucou.

- Claro.

Nós nos afastamos um pouco dos outros, e ela pegou minhas mãos.

- O que foi? - Perguntei.

Ela não disse nada, apenas me beijou.

- Espera, isso é certo? - Perguntei me afastando.

- O quê? - Ela me olhou com confusão em seus olhos cinzas.

- Nós dois... Não somos hã... Primos...? - Eu me enrolei completamente, e ela riu.

- Bom Gustavo, para nós, tudo bem namorar semideuses de outros chalés. Não somos tão parentes assim.

- Ah, neste caso.

Eu a puxei e a beijei. Ouvi gritos e palmas, e sabia que todos estavam olhando para nós. Não me importei, afinal, tinha gostado de Alexia desde que a vi.

- Muito bem espertinha, vamos voltar para lá. - Ri.

Nós voltamos a nos sentar, e todos começaram a brincar conosco. Tinha um novo garoto ali, pelo menos era a primeira vez que eu o via ali. Austin me disse que seu nome era Percy Jackson, e que ele era um dos melhores heróis que já pisaram ali.


Filho de Apolo: A Busca [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora