" De uma faísca surge o fogo,
Do ódio surge a guerra.
Da guerra, um perdedor e, consequentemente, uma vingança.
Mas há mais, muito mais".
Magnus foi direto a Altair e Ravena e deu um soco no rapaz.
- O que você pensa que está fazendo, Dark? - falou irritado. Altair levantou as mãos em defesa.
- Estava dançando, não é algo muito difícil de perceber.
- Mas já se sabe que, depois das onze, os preparativos para a cerimônia de noivado começam.
Ravena aproveitou a oportunidade para desaparecer dali.
- E a noiva só pode ficar na presença do futuro marido - Altair revirou os olhos.
- Então, deveria ter falado isso para ele. Para ser honesto, toda esta farsa está me exaurindo.
Dito isso, ele pegou sua varinha e desapareceu, reaparecendo nos últimos degraus da casa.
- Essa família também merece uma lição, e esse soco não ficará impune.
Altair desceu os últimos degraus e rodeou a casa até onde ninguém pudesse vê-lo. Quando estava prestes a jogar uma azaração para que tudo na festa desse literalmente errado, então ele escutou alguém chorando.
Tentado a descobrir o que estava acontecendo, ele deixou sua pequena travessura de lado e andou em direção ao barulho; para sua surpresa, era Ravena.
A menina estava sentada no canto mais escuro do jardim; foi uma surpresa até mesmo para Altair encontrá-la lá. Mas a bruxa não estava tão indefesa como aparentava. Suas habilidades em magia podiam não ser boas com feitiço de transporte, mas eram muito bem supridas por um belo rastreamento. Assim, quando Altair se aproximou, a moça já estava pronta para acabar com quem quer que fosse.
Sua mão estava indo direto a um ponto do vestido com um bolso oculto para a varinha; no entanto, parou quando viu Altair, mas continuou na defensiva.
- O que você quer aqui? - perguntou com seriedade.
- Saber o que está incomodando você - ele falou calmamente.
- Não lhe interessa - ela o respondeu ríspida, cruzando os braços.
- Não, mas sabe, eu costumo me preocupar com donzelas indefesas que choram, pois é nessas horas que precisam de um cavaleiro forte e valente como eu.
- Só se o senhor tiver consigo uma forma de me tirar dessa loucura.
Altair não entendeu.
- Como assim?
- Sabe, não é como se eu, uma donzela, gostasse de me casar com um homem que nunca conheci. Eu tenho meus princípios.
- É assim que se fala.
- Presunçoso - Ravena deu de ombros, indicando indiferença à opinião de Altair, mesmo que superficialmente.
- Se deseja saber, não é como se tu não tivesses uma forma; basta usar a varinha, não?
- O senhor não me parece tão esperto, só para constar.
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🖤 Joia Negra 🖤
FantasyPor anos Dorion Dark foi temido, senhor da guerra que durou dois séculos, e com ele o caos reinava solto. Mas no momento, sua fama passou a ser história de terror para criancinhas. Uri não acredita que ele existiu, embora sempre tenha estado lá, com...
