🖤 Joia Negra 🖤

Dos fundos mais escuros da história 7 🖤

" Meu amor por ti é grande, maior que o escuro, e indiferente a dor, maior que a morte".

- Pode até ser, meu caro Storm, mas não podemos desperdiçar nenhuma hipótese por enquanto.

- Pode me chamar de Pietro, senhor - ele estendeu a mão.

- Só Altair então - eles trocaram um longo aperto de mão - Mas agora, sem querer ser rude, Pietro, como é que eu faço pra te mandar de volta? - Pietro sorriu.

- Da mesma forma que me trouxe... Eu acho.

Ambos sorriram com a confusão do belo Storm, enquanto Altair voltava a carregar a pedra.

Naquela noite Pietro deixou bem mais que uma ideia; era um futuro traçado.

De volta de onde havia parado, mas desta vez sem vampiros, o belo Storm continuou sua busca por uma pessoa que foi verdadeiramente sua amiga.

- Laura Duar, onde foi que você se enfiou?

>>> Alguns anos atrás <<<

Uma jovenzinha de cabelos vermelhos observava, escondida atrás de uma imensa árvore, o mais belo dos Storms, que brincava sozinho de bola. Seus cabelos estavam impressionantemente arrumados, mesmo que o garoto não estivesse com muito ânimo, o que não era novidade, ele estava sempre sozinho, chamando assim a atenção da garotinha.

Num impulso de raiva, ele chutou a bola na direção da garota. Ela levou o maior susto e, quando ele se apressou para buscar seu brinquedo, não teve tempo de se esconder; foi um encontro certo.

- O que você faz aqui? - perguntou ele, irritado.

- Eu... Eu..., a menina falou gaguejando.

- Vamos, responda! - bradou.

- Eu não sei - respondeu, triste, a menina de cabelos vermelhos.

- Ora, e por que não?

- Toda vez que te vejo aqui, você está sempre tão sozinho.

- Já esteve aqui outras vezes? - perguntou sarcasticamente.

- Sim, eu não moro muito longe e sempre gostei de caminhar pela mata.

- Mas você é uma criança - falou, já começando a esquecer toda a raiva. A menina se sentiu ofendida.

- Eu sou um lobisomem - ele arregalou os olhos - ou pelo menos serei quando crescer - os dois começaram a rir.

- Eu sempre quis conhecer alguém que se parecesse comigo.

- Você é um lobisomem também?

- Para falar a verdade, não.

- E o que você é?

- Eu sou um bruxo.

- Legal - ela disse, e o pequeno garoto teve uma ideia.

- Já que está aqui, quer brincar comigo?

- Achei que não iria mais perguntar; é claro que eu quero.

- Qual o seu nome?