Capítulo 13

168 5 0
                                    

Pov Jace.

Estou no meu quarto do Instituto, nem fui para casa. Não estou afim de ver a Clary e brigarmos, então eu fico aqui e ela lá, problema resolvido. 

-Mas quem estou tentando enganar?! - Digo sentado no parapeito da janela e com as mãos no rosto. - Nem eu acredito nisso!

Ouço batidas de leve na porta, olho para a mesma assim que é aberta e uma cachoeira de cabelos ruivos aparece. Clarissa. 

-O que faz aqui?!

Pergunto o mais frio possível e vejo um leve tremor passar pelo seus olhos e mãos.

-Eu vim me desculpar. - Ela disse do modo mais arrependido que conseguia - Não devia ter te tratado daquela forma. 
-Pelo menos você sabe que errou - digo com sarcasmo -, meus parabéns Clarissa. 

Ela entra e fecha a porta se encostando nela, abaixa a cabeça e fica em silêncio por um instante pensando no que falaria, imagino. Pego uma adaga do meu cinto de equipamento e fico a girando na mão até ela falar algo, mas pelo visto não dirá nada.

-Se não tem nada a dizer, pode ir embora. - digo sem sentimento, voltei a desprezar ela, que legal - Quero ficar sozinho.

Ela confirma cabisbaixa, se vira e abre a porta e sai a fechando, atrás de si. Volto minha atenção para a adaga e após uns segundos a cravo no guarda-roupa.

Pov Clary.

Estou indo para o elevador quando ouço alguém me chamando, seco o rosto e olho para trás. É o Alec. Tento me evitar dele e entrar no elevador antes que ele chegue, mas ele tem as pernas maiores que eu e chega em um instante.

-E então? – ele pergunta na minha frente, tapando o elevador – Como foi?

A Iz deve ter contado ao irmão.

-Estou indo embora – digo serena. –, vou cuidar do Cris hoje.

Aperto o botão chamando o elevador e espero pacientemente até ele chegar e segurando para não chorar.

-O que houve, Clary?

Ele me pergunta preocupado e irritado com o parabatai dele. Nego com a cabeça e digo um "nada" com a voz baixa, o elevador chega e eu abro a grade e depois a porta e entro, me despeço dele e vou embora.

Pov Izzy.

Estou em meu quarto pintando minha unha e conversando com Simon que está deitado na minha cama, com um gato sobre sua barriga.

-E então?

Ele me olha sem entender e eu reviro os olhos, ergo a mão mostrando as unhas pintadas de um rosinha perolado para ele. Ele se senta na cama expulsando Churc de seu colo, mas o gato deu um olhar a ele que acho que ele vai se vingar do Simon.

-Ficaram bonitas, Iz.
-Obrigada, Simon.

Me levanto e vou para a cama, onde me deito e fico olhando para o teto com as mãos sobre a barriga para não estragá-las.
Alguém bate na porta e pelo jeito que está, daqui a pouco vai afundar ela. Abraço a primeira coisa que acho na porta, que por sinal é um tênis. Do Simon.

-Iz para de atacar as coisas na porta e abre aqui!

Bufo irritada com meu irmão, me levanto com um olhar assassina e vou abrir a porta.

-É melhor ser importante – digo abrindo a porta –, Alec!
-Se o fato de Clary ter ido embora quase chorando não é importante – ele diz entrando –, então não sei mais o que é.

Fecho a porta de volta e me escoro nela. Meu olhar vai de Alec á Simon na cama, que se levanta.

-O que Jace fez a ela?

Pergunto a Alec.

-Não sei, ela não quis me dizer e eu não insisti. Não no estado que ela estava.
-Você fez bem.

Abro a porta e saio. Eles me chamam, mas não dou ouvido e vou para o quarto de meu irmão adotivo imbecil. Entro no mesmo sem nem menos bater.

-O que você fez a Clary, Jace?!

Pergunto irritada com ele. Jace apenas me olha e não diz nada, como eu daria para ter meu chicote comigo agora. Um instante depois ele profere algumas "belas" palavras.

-Não fiz nada a ela. E se não for muito incômodo, gostaria de ficar sozinho.
-Você fez algo sim, se não ela não teria ido embora chorando. – vou até ele – Anda, o que você fez.

Ele olha para mim sem expressão no rosto, está neutro e isso me impede de saber o que ele está sentindo.

-Vai embora, Isabelle.
-Idiota.

Saio do quarto dele fechando a porta com tudo, fazendo um barulho enorme que até acho que o instituto todo ouviu.
Volto para o meu quarto o xingando e jogando minhas roupas para um lado e sapatos para outro, procurando algo para vestir.

-O que você está fazendo?
-Procurando uma roupa, não está vendo Alec!

Ele suspira e resolve ficar quieto no canto dele. Simon nem ousa dizer uma única palavra, se não vai sobrar para ele também.

(...)

Estou na porta da casa do Luke, toco a campainha e espero alguém vir abrir. Uns minutos depois aparece um Luke com o Cris no colo puxando seu cabelo e chorando chamando por Jace.

-Olá Luke. – o cumprimento – Oi Cris, tudo bem com você?
-Não... Eu quelo o Jace! Onde está o Jace? Ele veio com você titia Izzy?

Abro um sorriso tenro a ele e estico os braços em sua direção que vem para meus braços na mesma hora.

-E Clary?

Ele me deu espaço para entrar com Cris. Fomos para a sala onde me sentei no sofá intre tendo o pequeno, Luke veio até nós e se sentou.

-Não quarto. Ela chegou e foi direto para lá e se trancou.

Ele suspira.

-Você sabe o que houve com ela, Isabelle?
-Jace aconteceu, Luke.

Digo simplesmente, olho para a escada que leva ao andar superior e pergunto a ele.

-Será que eu poderia ir lá?
-Posso sim. Vai lá.

Entrego Cris ao pai e vou para o andar de cima, procuro o quarto dela e após o achar bato na porta e a abro com a Runa de Abrir e entro.

-Clary? Posso entrar?

Assim que ela me vê ela corre até mim e me abraça, a abraço de volta e entro no quarto com ela e fecho a porta atrás de mim com o pé.

-Você está bem? Quer contar sobre o que houve?
-Não...

Sua voz sai baixa e embargada, a conduzo até a cama onde nos sentamos. Ela se deita em meu colo e respira fundo, na tentativa de se acalmar e parar de chorar.

-Desabafa.

Ela enfia o rosto entre minha jaqueta e desaba, fico fazendo carinho em seu cabelo ruivo o alisando.
Dez minutos depois ela se acalma e para de chorar, conversamos por duas horas. Eu brigando e amaldiçoando ele pelo que fez a ela e ela tentando me acalmar e me fazer parar de gritar. Demos risadas quando um Luke desesperado entrou no quarto e perguntando o que tinha acontecido e qual era o motivo de tanta gritaria, expliquei a ele que era somente o meu humor.
Algumas horas depois estamos brincando com Cristopher, depois de termos dado um banho nele e ele na gente. Comemos no quarto mesmo, conversamos mais um pouco e depois nos despedimos e eu voltei para o Instituto.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 16, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Vida de um Shadowhunters.Onde histórias criam vida. Descubra agora