Os quatro meses seguintes seguem tranquilo, as estátuas estavam prontas e reformadas, Beatriz escolhe os lugares onde as colocariam e Poe uma do lado da outra na entrada da casa, os rapazes contratados tiveram um trabalhão para levantarem as peças e colocarem em cima do pedestal onde ficariam Erduan comemorou o lindo trabalho que fizeram e como deu trabalho para montar peça por peça e dar forma e esconder pequenos buracos que não se achavam seus donos, os dois ficaram parados olhando e Beatriz sente uma pontada no pé da barriga, ela se contrai e segura no ombro do filho e fica parada, a dor passa, Erduan a olhava desconfiado, mas não disse nada e os dois seguem para a sala, Beatriz se sentia pesada e cansada, mas estava adorando estar grávida, e por alguma razão se sentia preparada, Cida aparece com um copo de água e um suco para Erduan, os dois tomam e conversam sobre as posições das estátuas e se Eduardo ficaria feliz em vê-las novamente, olhou no relógio e faltava pouco para ele entrar pela porta e não demora muito, Assim que Eduardo entra deixa cair a pasta no chão e as olha, estava perfeitas, Erduan se aproxima e os dois conversam e ele conta como deu trabalho para montar tudo, Beatriz os olhava e começou a chorar de emoção, não conseguia sair do lugar, estava em trabalho de parto e aquela ocasião era perfeita, Eduardo a vendo em prantos se aproxima preocupado e se ajoelha e pergunta.
- O que foi?. Você está bem.?- pergunta ao ver fazendo careta de dor.
- Ah.. Vai nascer.. Estou com muita dor.
Eduardo se levanta rápido e pede para Erduan pegar a malinha do bebê, tinham que ir pra a maternidade, o menino sobe as escadas correndo, entra no quartinho do bebê e pega a malinha e desce Eduardo a ajudava ir para o carro, ela gemia de dor e sorria ao mesmo tempo e chorava, os três foram para a maternidade e esperaram por algumas horas até que a menina nasce, linda e forte, tinha os pulmões forte e Erduan e Eduardo choraram abraçados, a família estava completa, Beatriz recebe a pequena nos braços, estava exausta e beija seus cabelinhos, a médica autoriza que ela de o peito e a menina suga-os com força que até estralavam sua boquinha, Eduardo sorri ao ver a menina manando tão bem e se aproxima e pergunta.
- Como vamos chama-la?
- Vamos deixar Erduan escolher o nome?.. Foi ele quem mais ficou animado e ainda sabia que era uma menina. O que acha?
- Boa ideia.. - Eduardo o olha e o chama. - Vem cá filho.. Você tem uma missão muito importante agora.
- Eu?. - Erduan fica preocupado.
- Decidimos que você quem vai escolher o nome de sua irmã.. - Beatriz sorria para o menino.
Erduan sorri feliz, e vai ao lado da mãe e puxa o cobertor que a cobria e a olha por um tempo, fecha os olhos e disse deixando os olhos cheios de lágrima.
- Catherine.. O mesmo que da minha avó paterna.
- Erduan?.. Que honra filho?. Nunca. Nunca imaginei em por esse nome.. - Eduardo fica surpreso e totalmente agradecido, beija os cabelos do filho e de Beatriz emocionado e feliz.
- Então diga olá para Erduan, Catherine.?. - Beatriz pega na mãozinha da pequenina e acena para ele que sorri contente.
Dois dias depois todos estavam em casa, a menina devidamente registrada, o processo de reconhecimento de paternidade saiu no mesmo dia e foi uma festa para Erduan assim que pegou o novo registro contendo o nome do pai biológico, mesmo assim Erduan disse tirando lágrimas de Beatriz.
- Você é meu pai verdadeiro e eu aprendi a te amar, mas não posso esquecer que tive um outro pai, que se não fosse por ele, não estaria aqui e nem teria ficado sabendo quem era meu pai e devo isso a ele. Não quero que se sinta triste ou magoado comigo, mas preciso conservar a memória do meu pai David que me amou como se eu fosse legitimo.
- Tudo bem Erduan.. Também tenho que respeitá-lo e agradecer a ele, que cuidou de você e te deu uma educação de primeira.. Eu sei que ele te amou muito. Eu vi como ele cuidou de você quando estive em São Francisco e descobri onde vocês moravam.. David estará sempre em nossos corações e em nossas orações. Foi ele quem mandou vocês aqui. E se quiser?. Vamos mandar rezar uma missa para ele na igreja central da cidade.. O que acham?
- Muito bem.. Eu acho justo.. Muito justo.. - Beatriz sorri enxugando as lágrimas.
Aluizio entra na casa feliz da vida para ver a neta e a pega nos braços e beija a pequena, Eduardo comenta sobre a missa que queriam fazer em memória de David, ele sorri contente e fica agradecido pelo carinho com o velho amigo, e Catherine sorri dormindo ao colo do avô como se estivesse agradecendo aquele carinho que Eduardo e Erduan transmitiam em memória de David, todos se juntaram para vê-la sorrir, a família estava completa e finamente reinava a felicidade naquela casa, seus dias seriam regados de bom humor e amor, Eduardo finalmente se sentia completo e em paz ao olhar para sua esposa e filhos e não existia mais nada no mundo que desejasse e sorriu e abraçou a esposa e beijou seu cabelo agradecido.
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ENTRE PALAVRAS
Romance[ SEM REVISÃO ] Beatriz Marzolla é modelo fotográfico nas horas vagas para complementar seu salário de Jornalista em um jornal conceituado em São Paulo, vive uma relação conturbada com Donato, seu chefe de redação, até que ela conhece o jovem milion...