Eduardo leva Beatriz para ver o quadro

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Tofú desce com dificuldade do carro e se joga no piso de mármore assim que entra em casa, Beatriz sabia que não adiantava chamar, ele ficaria ali por um bom tempo descansando, a viagem pra ele foi longa. Eduardo olha para Ariana assim que ela os vê entrando e sorri disfarçando para Beatriz não ver, as duas se cumprimentam e ela vai até o banheiro e lava o rosto e as mãos, Ariana os faz sentar a mesa e comerem, pois estava tudo pronto e só os aguardava, durante a refeição Beatriz o olha e pede com jeitinho.

- Me deixa ver o quadro!?... Por favor?... É muito importante pra mim!... - Seus olhos pediam com ansiedade.

- Tudo bem!... Verá o quadro!... - ele sorri.

- Ah!... Que bom!... Estou muito feliz agora!... - Seu sorriso era de ponta a ponta e não se cabia em si.

Assim que terminou o almoço ele a levou para a sala, Beatriz entrou e levou a mão à boca e se emocionou com tanta beleza que existia naquele cômodo da casa, olhou obra por obra, algumas eram replicas perfeitas e outras eram originais, as estátuas em forma de pedra sabão também davam um ar de museu e quando passaram uma parede que dividia o cômodo, lá estava o quadro de Monet, ela se aproximou e deixou a emoção rolar, Eduardo nunca viu alguém chorar por uma obra, se posicionou ao seu lado e pôs as mãos para traz e ficou olhando-a chorar, Beatriz passou a mão por seu braço e apoiando a cabeça disse sorrindo.

- Obrigada!... Ela é... Perfeita!... E como Monet mesmo disse... É de se impressionar e deixar de se impressionar com suas obras!... Um pintor genial e como eu o amo!... - Ela faz um gesto como se estivesse pintando e diz quase sussurrando. - Suas pinceladas são fortes e fracas ao mesmo tempo, dá pra se escutar uma musica suave por traz de suas pinturas, onde me encanta e me delicio em suas cores!

Eduardo simplesmente não consegue dizer nada e a deixa falar e olha para o quadro, não existia definição melhor para Monet, o cabelo de Beatriz ficou apoiado em seu peito e ele levou a mão e a acariciou percebendo a maciez dos fios e sem pensar se virou e a puxou para um beijo, á principio ela aceitou, mas logo o empurrou e envergonhada saiu da sala deixando-o sozinho, pegou a agenda sobre a mesinha da sala e tentou sair, mas Tofú era pesado demais para conseguir carrega-lo no braço.

- Desculpa Beatriz!... Eu não quis... Não sei o que me deu!... - Ele Poe a mão no cachorro que permanecia deitado no chão e ela tentando pegá-lo.

- Eu sei bem o que você quer!... Alias, é o que todos querem!... - ela enxuga as lágrimas com raiva.

- Pense o que quiser!... Deixa que eu pego ele!... Abra a porta do carro que eu o levo!... - Eduardo pega Tofú no colo que resmunga e o leva.

Beatriz se senta no banco de traz com o cachorro e o caminho inteiro ela vai de cabeça baixa evitando o encontro de olhares, Eduardo pede desculpas mais uma vez, ela aceita, mas ainda permanecia irritada. Ele para ao lado de seu carro, ela desce e Tofú desta vez desce sem esforço e o coloca dentro do seu carro e quando se vira, Eduardo estava em pé a traz dela e pergunta novamente.

- Você me perdoa?!... - ele caça seus olhos.

- Tudo bem!... - Ela o abraça e diz apontando o dedo no nariz dele mais animada. - O que temos é apenas amizade!...Não confunda meu carinho sendo outra coisa!... Eu tenho um namorado... E o respeito.

- Mas você mesmo disse que são livres!?

- Somos livres!... Mas eu o respeito assim mesmo!... - Ela fica nas pontas dos pés e o beija no rosto e diz baixinho. - Tchau!... E obrigada pela minha agenda e por me mostrar obras lindíssimas e a que eu mais amo!

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