Beatriz e sua decepção

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Beatriz acorda com o sol batendo em seu rosto, o dia estava lindo, o céu estava azul e não tinha nuvens, o barulho do mar era um calmante para seus ouvidos e se sentou na cama e se espreguiçou, olhou pelo quarto e não viu nenhum vestígio das coisas de Eduardo e nem dele, se levantou rápido, seu coração disparou e foi ao banheiro, o espelho estava quebrado e só seus pertences estavam sobre a pia, sentiu um arrepio percorrer seus corpo, o ar sumiu e tentou respirar e desabou a chorar, não conseguia chegar até a cama parecia que o quarto aumentava de tamanho conforme tentava chegar nela, sua cabeça gira e ela cai ajoelhada no chão e chora com as mãos na cabeça e puxando os cabelos de tanta dor que sentia em seu coração, quando conseguiu se acalmar, se arrastou ainda em lágrimas para a cama e ao olhar para a mesinha de cabeceira ela vê o bilhete e o envelope, ela abre e tinha muito dinheiro em dólar, ela fez uma cara, estranhando aquele dinheiro todo e abriu o bilhete:

Beatriz acorda com o sol batendo em seu rosto, o dia estava lindo, o céu estava azul e não tinha nuvens, o barulho do mar era um calmante para seus ouvidos e se sentou na cama e se espreguiçou, olhou pelo quarto e não viu nenhum vestígio das coisa...

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Beatriz novamente chora amassando aquele pequeno pedaço de papel e levou ao peito, não acreditava no que estava acontecendo se sentindo humilhada, e se lembrou do pedido de casamento, estava tão amoroso e cheio de emoção, seus olhos diziam que a amava e não conseguia entender como pode ser tão mau caráter, olhou em volta, estava sozinha e escutou a voz de Donato saindo daquelas paredes e tampou o ouvido de raiva e chorou mais ainda e se deitou e se cobriu, sentia frio e calor ao mesmo tempo, o celular toca o despertador, em uma hora teria que estar no salão para a entrevista, mas ela não compareceu.

A tarde foi caindo, ela precisava sair dali, mas não conseguia sair da cama, estava se sentindo mal, sua cabeça doía e não conseguia parar de chorar, estava largada na cama e não tinha vontade de se mexer, as lembranças a golpeavam a todo tempo e sentia uma vontade enorme de não viver mais, o céu começou a ficar escuro, Beatriz se levantou devagar se virando para a porta da varanda e se sentou na beirada e olhando para o tempo lá fora se pergunta tentando buscar respostas.

- Deus.. Por quê?. Podia ter sido tão diferente.?. Por que foi embora sem me explicar nada?. -Ela se abraça as pernas em pranto e grita de raiva e dor. - COVARDE.. MALDITO. EU ODEIO VOCÊ.

E ao abrir os olhos ela vê o preservativo intacto no chão jogado, se desespera e pega tremendo e fica de boca aberta, o ar falta novamente e disse não acreditando na descoberta que fez.

- canalha.. Canalha desgraçado.. Por que você fez isso?. Ah.. Meu Deus.. O que eu vou fazer agora?.. - Beatriz leva a mão ao pé da barriga e se desespera, estava no período fértil e seria um milagre em sair daquela situação toda, se levantou rápido, vestiu uma calça jeans, uma camiseta e uma blusa de moletom com capuz e colocou o tênis e passou a mão no envelope, sua raiva era tanta que resolveu gastar aquele maldito dinheiro, e em desespero e querendo não ser mais humilhada, jogou sobre a cama algumas notas de US$ 100 Dólares, pegou o RG na carteira, pegou o bilhete e pôs no bolso e saiu sem levar nada, apenas o envelope com o dinheiro, desceu a escada de emergência e sumiu nas ruas do Rio de Janeiro.



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