04 | Diabo no inferno, Minhyuk na Terra

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Hyungwon e eu saímos para comprar os salgados e bebidas. Hoseok ficou encarregado de escolher músicas boas para colocá-las em uma playlist. Changkyun ia na festa. E quem sabe eu tenha uma chance com meu crush?

Se bem que 99% de mim tem certeza que o Changkyun vai levar Minhyuk. Mas aquele 1% não me faz desistir dos sonhos.

— Que tal levar Smirnoff? — Hyungwon indagou.

— Credo, Wonie. Que bebida de gay — eu disse — você aprendeu a fazer batida? Eu quero no mínimo nove hoje. De morango, tá? — o joguei um beijinho no ar e andei na sua frente. Hyungwon estava com o carrinho cheio de comida e vez ou outra parava para checar o preço dos produtos. Aposto que ele rolou os olhos. Ele odeia esse meu jeito. Fazer o que, né? É aquele ditado: atura ou surta — já pensou no que vai dizer ao Changkyun quando ele chegar?

Suspirei.

— Ele vai estar com Minhyuk. Não vou ter tempo de ficar sozinho com ele.

E foi então que uma lâmpada se acendeu acima da minha cabeça. Reconhecendo minha expressão, Hyungwon imediatamente rolou os olhos.

— A menos que... — eu disse ao sorrir. Enrosquei meus braços no braço esquerdo de Hyungwon — ...alguém o distraia por apenas dez minutos.

— E eu lá tenho assunto com aquela gazela? — o Chae exclamou, soltando brutalmente seu braço dos meus — eu faço qualquer coisa, menos puxar assunto com ele.

— Wonie, você é poderoso. Minhyuk deve se sentir intimidado por você hoje em dia. Olha o homem maravilhoso que você é! — ele ajeitou o cabelo e sorriu.

— Eu sei, eu sou um arraso.

Convencer o Hyungwon é tão fácil. Se fosse o Hoseok, eu certamente teria mais problemas.
Ao perceber que eu o manipulei, ele bateu o pé no chão e cerrou as sobrancelhas. Aquilo fez com que algumas pessoas nos olhassem, e eu apenas dei de ombros.

— Te odeio, Kihyun.

Dei meu melhor sorriso travesso para ele e fiz um coração com o polegar e o indicador. Hyungwon rolou os olhos e ao ver que ele demoraria para sair do lugar, decidi que eu mesmo empurraria o carrinho.

— Vamos logo, Hyungwon! É hoje que eu dou o cu!

Hyungwon estapeou o rosto, pois, dessa vez, muita gente olhou. E lógico, ele não perdeu a oportunidade:

— Então quer dizer que você é o passivo da relação? — ele indagou, com o sorriso malicioso e maldoso nos lábios. Fiquei boquiaberto e semicerrei os olhos, como se lasers saíssem deles.

— É flex, tá? — me defendi.

Hyungwon gargalhou e começamos a entregar os produtos à mulher do caixa, para então pagarmos e voltarmos para a casa do vara-pau.
No caminho, paramos na minha casa para que eu pegasse algumas roupas sedução para usar hoje à noite.

[...]

Quando chegamos, Hoseok estava tomando banho. Ele havia deixado a playlist da festa tocando, e conhecendo-o do jeito que conheço, só colocou músicas do Chase Atlantic e algumas de K-Pop. O Shin viciou nesse grupo quando mostrei para ele uma vez, e desde então, só tem álbum do Chase no celular dele.

Hyungwon e eu colocamos os copos em cima das mesas e despejamos os salgados e petiscos em tigelas avermelhadas — a cor favorita do Wonie.

— Quando Hoseok sair, eu vou tomar banho e você termina de ajeitar as coisas — ele disse. Apenas assenti. Faltava menos de uma hora para que as pessoas começassem a chegar, e me bateu um certo desespero, porque eu demoro no mínimo uma hora e meia para me arrumar.

— Vou usar o banheiro dos seus pais — falei. Ele riu soprado e assentiu — as toalhas estão naquele armário do corredor?

— Estão. Aproveite e pegue uma para o Hoseok, tenho certeza que ele esqueceu.

Deixei de arrumar os copos para ir até o armário e ouvi a teoria de Hyungwon se concretizar: Hoseok gritava por uma toalha. Gargalhei porque ele também reclamou de ter sabão em seus olhos.

As pessoas às vezes se equivocam com o Hoseok: acham ele todo bad boy, mas ele é só uma criança. Uma criança manhosa e que gosta de receber carinho de Hyungwon.

Andei até o quarto do Chae e, pela fresta, entreguei o pano fofinho.

— Pare de rir de mim! — Hoseok bradou.

— Sabe o nome disso? Carma! — falei e ele fechou a porta na minha cara. Ri por causa disso e dei leves batidas à porta, apenas para avisar que eu estava saindo e que ele poderia se arrumar sem se preocupar comigo no quarto.

Hoseok tem vergonha de mostrar seu corpo para alguém que não seja Hyungwon, mas quando vamos ao clube, ele parece não se importar tanto. Vai entender.

Hyungwon me deu um peteleco na testa ao passar por mim no corredor e foi para seu quarto se arrumar. Terminei de ajeitar os preparativos em alguns minutos e tomei a liberdade para tomar banho na suíte dos pais de Hyungwon. Demorei bons minutos, afinal, eu tinha que ficar mais bonito que o normal hoje. Changkyun me notaria. Se não fosse por bem, seria por mal. Mentira, eu não consigo fazer mal àquela criaturinha.

Enquanto eu passava minha maquiagem, ouvi o som de carros estacionando na porta da casa. Averiguei pela persiana se Changkyun tinha chegado, mas nem sinal dele. Ainda bem, ainda não estou pronto.

Gastei outros vinte minutos para ajeitar meu cabelo e finalizar a maquiagem. Vesti minha roupa preta favorita e pronto! Hoje eu seduziria até o cara mais hétero do colégio. Todos ficariam duros com minha presença.

Me apressei e desci, vendo que a sala estava consideravelmente cheia. Ziguezagueei algumas pessoas e fui parar na cozinha. Abri a geladeira, retirei cerveja dela e pus no copo. Dei uma bebericada e suspirei. Ah, Changgie... cadê você?

E foi em uma dessas vasculhadas com os olhos que vi Changkyun. Ele estava vestindo a roupa que eu tinha sugerido. O que eu devia pensar disso? Parece que quem está brincando é Changkyun, e não eu. Seu cabelo estava totalmente penteado para trás, e aquilo deu um ar totalmente diferente nele — não que eu estivesse reclamando. Respirei fundo e andei até meu crush, sorrindo. Ele deu um sorriso de canto e uma piscadela. Acho que meu cu piscou em resposta.

— Olha só quem temos por aqui — eu disse, e retribui a piscadela — está lindo, Changgie.

Ele sorriu.

— Obrigado. Você também está.

Tudo parecia correr bem, até que um demônio magricela enroscou seus braços nos de Changkyun e me deu um sorriso sínico.

— Olha só quem temos por aqui — repeti entredentes, com completo desgosto. Minhyuk olhou para Changkyun e o puxou pelo hall, se misturando com a multidão.

Bati o pé no chão e girei o corpo. Pensando que não tinha como piorar, me surpreendi com Jooheon atrás de mim, me encarando como se fosse me comer.

Não que eu estivesse reclamando.

[ 💎 .*+ ]

vim só avisar que quando eu terminar de postar blume, idlyb e witness, vai ter fic fresquinha (só não sei quando KKKKK)
estão gostando dessa fic?

I DON'T LIKE YOUR BOYFRIEND 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora