No dia seguinte, acordei nos braços do homem que eu amo. Mesmo que estivéssemos um pouco atrasados, eu não o acordaria, já que estava vendo a melhor cena da minha vida: Changkyun estava encolhido nos lençóis, com um sorriso em seus lábios, e o cabelo meio bagunçado caindo sobre os olhos.
Retirei sua franja de seus olhos e ouvi-o dizer bom dia. Sorri e levei minha mão para sua bochecha, a acariciando. Changkyun deu um beijinho em minha mão antes de abrir os olhos.
— Bom dia, amor — ele sussurrou. Meu coração simplesmente parou de bater com aquele apelido. Changkyun se sentou no colchão e espreguiçou-se — vou me arrumar.
Assenti, ainda estático. Changkyun riu de mim e me deu um beijo na bochecha antes de se levantar e andar até o banheiro.
Joguei meu corpo contra o colchão e sorri largamente: estávamos juntos. Juntinhos, do jeito que eu sempre imaginei.
Abracei o travesseiro, já que Changkyun estava tomando banho, e fiquei encarando a porta do banheiro, com um sorriso bobo nos lábios.O Lim saiu do banheiro já de uniforme, todo cheirosinho. Ele sorriu e engatinhou pela cama até mim, me dando um beijo na testa em seguida.
— Vá se arrumar, amor.
Assenti antes de me espreguiçar. Changkyun levantou-se da cama e deixou o quarto. Assim que saí da cama, saltitei até o banheiro.
Nada me abala hoje.
[...]
Antes de Changkyun pilotar a moto até o colégio, nós tomamos café junto de seus avós. Eles me bombardearam de perguntas, e eu estava adorando responder todas.
— Meus avós gostaram de você — ele disse, rindo — principalmente minha avó. Agora ela pode sair com você e comprar muita roupa.
— Compras? — sorri convencido — eu sou o rei das compras, sua avó arrumou uma ótima companhia.
Changkyun me deu um selinho demorado e me entregou o capacete.
— Como acordamos atrasados, vamos entrar na segunda aula — ele disse e ligou a moto. Abracei sua cintura — valeu a pena ter perdido a primeira aula.
Ri.
Changkyun dirigiu até o colégio, sempre atento aos semáforos e pedestres. Ele é tão certinho — ou ao menos parece. Que seja, vou adorar corrompê-lo.
Quando chegamos, desci da moto e entreguei o capacete. Changkyun os deixou no guidom da moto, e caminhamos lado a lado até dentro da instituição.— Nos vemos no intervalo? — ele perguntou quando nos aproximamos da minha sala.
— Sim — respondi sorridente. Changkyun me beijou, nossas línguas se tocaram pela primeira vez no dia. Era tão boa aquela sensação de finalmente tê-lo perto de mim, para mim — boa aula, amor.
Changkyun ficou como eu fiquei ao ouvir aquele apelido carinhoso pela manhã: acanhado e vermelho. Achei aquilo tão fofinho que não resisti e deu-o um selinho breve. Entrei na sala e me sentei no lugar de sempre.
Hoseok mexia no celular, então apenas sorriu para mim quando me viu.— Onde está o Wonie? — perguntei.
— Ele foi na enfermaria pegar um band-aid.
— Aconteceu algo?
— Ele cortou o dedo com o papel do caderno.
Ri sem querer. Wonie era tão frágil, mesmo não parecendo. Às vezes, eu pensava que caso o vento soprasse muito forte, Hyungwon ia ser carregado. Ele é muito magro, dava a entender isso.
Hyungwon chegou alguns minutos depois, com um band-aid no dedo. Quando me viu, sorriu.
— Acabei de ver Changkyun no corredor. Esse uniforme não parece ser seu. O que perdemos? — ele sorriu malicioso.
— Eu dormi na casa dele. Mas não fizemos nada.
Hyungwon rolou os olhos.
— Perdeu o jeito, Kihyun?
— O que? Como ousa duvidar de mim? — bufei — eu só não quero acelerar as coisas entre nós. Está tão bom assim.
— Meu coração sangra por você, Kihyun — o Chae disse — você perdeu.
— O que?
— Antes de as aulas começarem hoje — Hoseok foi quem se pronunciou — apareceu um garoto transferido.
— Não é meio estranho aceitarem novos alunos a essa hora do campeonato? — indaguei. Hyungwon fez a típica cara de "termine de ouvir".
— Mais estranho que isso é o sobrenome dele — Hyungwon disse.
— Lim — Hoseok falou, em um tom de suspense — quem diria, não é? O misterioso Changkyun tem um irmão.
— Como vocês sabem o sobrenome dele?
— Ele veio pedir informação e disse seu nome — Hyungwon disse.
— E qual é o nome dele?
— Lim Joon Gi.
Algo dentro de mim dizia que esse cara era perigo. Preciso falar com Changkyun agora.
Assim que me levantei, Hyungwon segurou meu pulso.
— No intervalo você resolve o que tiver que resolver. Não adianta se afobar agora.
Ele tinha razão.
Suspirei pesadamente e me sentei.— Página 50 do livro, alunos! — maldito seja esse professor de literatura.
Olhei para Hoseok, que fez um sinal positivo com a mão e sussurrou um "vai ficar tudo bem". Sinceramente, eu tenho minhas dúvidas.
Eu tenho dois radares: um de gays, que apita a cada momento, e um de problema. E só de ouvir esse nome, o radar de problemas quebrou.
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I DON'T LIKE YOUR BOYFRIEND 「 Changki 」
Fiksi PenggemarTodos os dias sou obrigado a ver Minhyuk e Changkyun se beijando nos corredores do colégio. Como aquela gazela ousa namorar meu crush? Eu vou fazer Changkyun se apaixonar por mim, porque ele é só meu. E Minhyuk não vai poder fazer nada, porque Chang...