12 | Me diga a verdade

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AVISO: eu não vou atualizar nenhuma fic domingo que vem (dia 12) porque vou no show do Monsta e só volto na segunda à noite!

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Changkyun não disse nada quando saí da sala. Ele apenas andou, e eu o segui. No fim, paramos no terraço.

Eu fechei a porta do terraço e suspirei profundamente. Coloquei as mãos nos bolsos e esperei que Changkyun se virasse pra mim e me explicasse o que estava acontecendo.

— Eu ia ficar mais que dois dias na casa do lago — ele começou — mas uma conversa com minha avó antes de ir mudou tudo.

Contorci os lábios diante do silêncio que se formou e me escorei na parede, o observando, ainda de costas.

— Quando eu disse ao meu pai que era gay, ele e minha mãe me expulsaram de casa. Meus avós foram quem me acolheram, e moro com eles há uns cinco anos.

Meu coração apertou. Não era todo mundo que tinha a mãe que eu tinha: quando eu disse a ela que sentia atração por garotos, ela simplesmente sorriu e ficou feliz por mim. Não me bateu e nem me tirou de casa. Foi compreensível e sempre me apoiou.

— Antes de eu ir — ele virou-se para mim — eu perguntei à minha avó se alguma vez na vida ela teve dois amores. Ela me disse que sim. Então, eu perguntei qual dos amores meu avô era, e ela simplesmente riu e respondeu que ele era o amor que ela precisava.

Changkyun andou até mim, com passos pequenos e lentos.

— Eu e Minhyuk tivemos ótimos momentos até ele começar a sentir ciúme e brigar por cada detalhe. Mas ele não é o amor que eu preciso, Kihyun.

— E quem é? — praticamente sussurrei.

— Você — ele respondeu, no mesmo tom baixo e amedrontado que o meu. Changkyun tocou meu rosto e eu fechei os olhos, aproveitando seu calor — desculpe ter demorado tanto pra perceber.

Assim que eu ia responder, seus lábios tocaram os meus. Puxei seu moletom, trazendo-o mais para perto do meu corpo. Não passou de um selar, mas foi o suficiente para fazer meu corpo todo tremelicar e ansiar por mais.

— Lembra da primeira vez que nos vimos no corredor? — ele indagou. Assenti, e ele continuou — na época, eu gostava muito de Minhyuk, mas assim que meus olhos se encontraram com os seus, eu senti uma vontade enorme de largar tudo e ficar com você. Minhyuk pediu para que eu namorasse com ele, e eu aceitei. Eu esqueci você por um tempo, e vivi momentos maravilhosos com Minhyuk. Só que de um tempo pra cá, Minhyuk e eu só brigamos por bobagens, parece que o amor que tínhamos se foi — ele suspirou — parece que só queríamos manter as aparências de um casal que se ama. E foi quando você começou a fazer aquelas coisas que eu percebi que você tem tudo o que eu jamais vou ter: atitude e coragem. Pouco a pouco os sentimentos que lutei pra esconder se afloraram graças ao que você fez.

— C-Chang...

— Eu demorei muito tempo, Kihyun, eu sei. Mas eu queria que soubesse que eu sinto. Você não sente?

Fiz um singelo movimento positivo com a cabeça.

— Eu sinto — murmurei. Changkyun sorriu e meu corpo se aqueceu, mesmo que aquele vento frio da manhã estivesse soprando no terraço. Abracei Changkyun, apenas para ter certeza que aquilo não era um sonho ou uma miragem. Ele era real, estava ali, retribuindo meu abraço e enterrando seu rosto na curva do meu pescoço.

— Eu vou falar com Minhyuk no intervalo — Changkyun disse ao se afastar minimamente de mim. Tocou meu cabelo e o acariciou. Um carinho tão bom e reconfortante — nos vemos no refeitório, hm?

Assenti. Changkyun sorriu e me deu um selinho demorado.

— Acho que perdi o horário — falei ao olhar no relógio do celular.

— E o que quer fazer? — ele tinha um sorriso travesso nos lábios.

— O que você acha?

Changkyun mordeu o inferior antes de abraçar minha cintura e me beijar. Nossas línguas imediatamente se tocaram e se enroscaram, brigando por espaço e desvendando as cavidades alheias. Ele me pegou em seu colo e andou até um lugar mais escondido, e me sentou em um banco. No mesmo momento, abracei sua cintura com as pernas e enfiei meus dedos por seus fios.

Changkyun apertou minha cintura e mordeu meu lábio inferior quando nos afastamos por precisar de ar.

— Minhyuk te fazia sentir assim? — perguntei, convencido. Changkyun riu soprado e pôs as mãos nas minhas coxas, aproximando seu rosto do meu.

— Somos só eu e você a partir de hoje, Kihyun. Não vai ser Minhyuk ou qualquer outra pessoa vai separar você de mim.

Apenas assenti. Changkyun sorriu, deixando suas covinhas fofas à mostra. As toquei, surpreendendo Changkyun.

— Você é tão lindo, Kihyun — ele murmurou. Senti sua respiração quente se misturar com a minha.

— Você também é lindo, Chang — murmurei de volta, e recebi um sorriso envergonhado como resposta. Changkyun conseguia ser fofo mesmo com aquela marra. Puxei-o pela nuca e o dei um selinho breve.

— Kihyun — Changkyun me chamou. O respondi com um "hum?", e ele continuou — eu gosto muito de você.

Acho que meu coração parou de bater. Por quanto tempo eu imaginei ele dizendo isso? E agora o próprio, em carne, osso e muita gostosura, estava me dizendo isso, com as bochechas coradas.

Acariciei sua bochecha e sorri, respondendo:

— Eu também gosto muito de você.

Changkyun então me selou, um beijo mais afoito e voraz que antes. Enlacei meus braços em seu pescoço quando ele fez menção de me pegar no colo outra vez, e, em um movimento rápido, Changkyun era quem estava sentado no banco enquanto eu estava em seu colo.

Meu Deus, não tem sensação melhor que essa. À medida que nos beijávamos, Changkyun tateava minhas costas, e inconscientemente, comecei a rebolar em seu colo.

Ele soltou um gemido grave e eu senti o volume crescer embaixo de mim — o que me fez ficar excitado ainda mais.
As mãos de Changkyun foram para minha bunda, e ele a apertou, me fazendo arfar entre o beijo.

— É melhor paramos por aqui — ele disse e eu concordei — você me tenta, mas eu quero que nossa primeira vez seja especial.

O dei um selinho.

— Se bem que você já teve sua primeira vez, não é? — ele perguntou, meio entristecido.

— Eu tive, mas podemos fazer de conta que não. Primeira vez ou não, vai ser especial com você.

Changkyun sorriu e abraçou minha cintura. Retribui o abraço, sentindo seu cheiro de chocolate e acariciei seus fios.
Eu estava feliz, e nada me tiraria a felicidade.

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ANTES QUE COMECEM A DESCONFIAR, O CHANG FOI SINCERO OK?

I DON'T LIKE YOUR BOYFRIEND 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora