Capítulo 3 - Ethan

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As luzes da boate piscam sem cessar e a música eletrônica está muito alta.

Mais alta do que eu gostaria.

Vasculho o local com os olhos buscando uma pessoa em especial. Symon realmente levou a sério essa coisa de seguir a princesa. De acordo com ele, entrou uma quantia bem maior de dinheiro na história de alguém que não quer ser identificado e que não mantém contato direto com nenhum de nós. Apenas seu capanga conversa diretamente com Symon. Tudo o que ele quer é vigilância completa de toda a família real, mas, principalmente, da princesa. A futura sucessora do trono deve ser seguida 24 horas por dia, e, na hora certa, um de seus homens de confiança chegará nela e, nas palavras dele, manchará sua honra.

Só por isso já se percebe que o cara é maluco.

Provavelmente um renegado e deixado de lado que quer vingança. Mas, para tudo dar certo, a princesa deve manter-se intocada e completamente segura.

Eu, particularmente, duvidava que aqueles guardinhas reais a deixariam sozinha por um momento. Até agora.

E não é que pirralha conseguiu fugir e agora está em uma das boates mais badaladas da cidade? E, embora a pouca idade, ela está vestida com um vestido preto bastante ousado que deixa metade dos merdinhas daqui de olho nela. Ele realça suas curvas bastante, e se eu não estivesse ganhando uma grana preta por esse trabalho podia até pensar em investir nela. Um pouco de diversão às vezes não faz mal a ninguém.

Vou ao bar, peço um copo de uísque e me sento em dos sofás no canto da boate, onde posso observar a princesa de longe e sem despertar suspeitas.

Desvio o olhar por alguns segundos para beber um pouco e, quando volto a procurar a princesa, vejo uma mulher me fitando. Bonita. Bem maquiada. Gostosa. E está claramente me dando mole. Mas hoje eu não posso. Tenho que manter o foco na princesa.

Volto a olhar para a pista e não a vejo mais onde estava. Localizo sua amiga e ela não está perto dela. Porra. A desgraçada sumiu das minhas vistas. Levanto correndo e ando por toda a boate atrás dela. Não a acho. Ela só pode estar do lado de fora.

Vou até lá e meu sangue ferve quando a vejo à mercê de dois filhos da puta que tem o dobro do seu tamanho. Idiotas.

Após socá-los o mais forte possível talvez eu tenha quebrado o nariz de um. Ou dos dois. Não interessa. Olho para frente e a vejo me encarando assustada, em prantos e encolhida junto ao muro, abraçando o próprio corpo e com a roupa toda desarrumada, mostrando muito do seu corpo.

Eu mentiria se dissesse que não fiquei excitado. Meu pau nunca endureceu tão rápida e repentinamente. Não que eu me lembre, pelo menos.

Mas eu também mentiria se dissesse que não fiquei enojado comigo mesmo. Não é momento pra isso, seu boçal!

Subo meu olhar rapidamente para seu rosto aproveitando que ela ainda está olhando para baixo.

- Hey, está tudo bem. Não vou fazer nada contra você. - Minha voz sai mais rouca do que eu pretendia. Droga, Ethan, se controle! Você está agindo como um adolescente cheio de hormônios!

Arrumo seu vestido, tentando tampar tudo que estava à mostra e com cuidado para não assustá-la mais.

Pego minha jaqueta de couro e coloco sobre seu corpo, esse vestido deixa muita pele à mostra. Mais do que o necessário. Além disso,o vento aqui fora está frio e ela precisa dela bem mais que eu.

- Você está bem? – olho em seus olhos, tentando não me perder na fragilidade que aquela cor castanha está transmitindo no momento. No mesmo instante ela começa a chorar mais e nega.

É de se esperar. A garota acabou de se safar de um estupro.

- Vamos, eu te levo pra casa. – ela nega novamente. Que garota teimosa. Diz que está com a amiga e não pode deixá-la.

Ao ouvir sua voz doce, porém vacilante, estremeço levemente. Deus, o que está havendo comigo?

- Qual seu nome?

- Não faz diferença - respondo após alguns segundos. E realmente não faz. Ela não precisa saber meu nome.

Ela, entretanto, insiste em saber. Resolvo falar antes que ela peça novamente.

- Ethan. - Finalizo o assunto colocando a mão nas suas costas e a guiando pela boate. Enquanto ela procura sua amiga, aproveito pra ajeitar a situação em minhas calças. O constante atrito com os muitos corpos se balançando freneticamente na pista não colabora, e eu tenho que tomar muito cuidado para não esbarrar nenhuma parte indevida do meu corpo nela.

Achamos a garota e depois de colocá-las no carro as levo para a casa de Maya, a amiga bêbada da princesa. Ao menos tenho mais uma localização que posso utilizar a respeito dela. Elas saem do carro e não consigo evitar de olhar para sua bunda e me lembro do meu pau pressionando contra a braguilha da calça.

Inferno! Tenho que me controlar!

***

Ao chegar em casa, me livro de toda a roupa e entro debaixo do chuveiro. Fecho os olhos com força e respiro fundo, deixando a água fria percorrer meu corpo e tentando controlar minha ereção, mas minha mente vai para a imagem daquela pirralha maldida.

Merda, parece que voltei à minha adolescência.

Envolvo meu pau com a mão e a movimento rápido, querendo me livrar daquilo rápido. Sinto as ondas do orgasmo se aproximando e minha mente vai novamente para a pequena princesa gostosa. Inferno, nunca uma mulher me fez fazer isso, não ser quando estava em meus 14 anos, mas isso não vai se repetir.

Não posso deixar que isso se repita.

Se acontecer, estarei assinando um contrato de que não consigo controlar meus próprios instintos e meu corpo.

E é pensando nisso que o primeiro jato de sêmen sai, sendo engolido pelo ralo. Jogo a cabeça para trás e fecho os olhos. Mas, inevitavelmente, imagino uma certa garota agachada na minha frente e trabalhando com sua boquinha para em dar prazer.

É, eu certamente estou completamente maluco.

Imperfeito Mundo Encantado [COMPLETO] (Livro 1 - Duologia Encanto)Onde histórias criam vida. Descubra agora