[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
Eu vejo que Crystal está desmaiando e a seguro antes que ela possa cair no chão. Ela não está nada bem, sua pele está totalmente pálida e sua boca não possui cor alguma. Eu a observo desacordada nos meus braços e o choque inicial faz com que eu não tenha nenhuma reação, mas logo vejo Jasmine vindo na minha direção.
- David! David, o que aconteceu? – a loira pergunta com a expressão preocupada.
- Jasmine, que bom que você apareceu! A Crystal começou a passar mal e desmaiou. Vai até a enfermaria na minha frente e diz que ela está desmaiada, eu vou leva-la até lá. – eu digo desesperado, pois sempre fico em pânico nessas situações.
- Eu sabia que uma hora ou outra isso iria acabar acontecendo. – ela balança a cabeça.
- Você sabe de alguma coisa, Jasmine? – questiono, franzindo a testa. Como assim, ela já esperava que isso fosse acontecer?
- Depois eu te conto. Vamos. – ela me chama afobada e vai andando depressa na minha frente.
Eu passo meu braço esquerdo por baixo das pernas de Crystal e a levanto, segurando-a totalmente no meu colo, o que não me exige qualquer esforço pois ela parece pesar tanto quanto uma pluma. Ela não move nem um músculo sequer e sua respiração está bem fraca. Eu fico assustado e preocupado com a sua aparência, pois é exatamente assim que uma pessoa fica quando está morrendo, a imagem na minha memória é nítida. Não, David, ela não está morrendo, para de pensar merda.
Carrego-a até a enfermaria o mais rápido que consigo e ao chegar lá, a enfermeira já está esperando por nós junto de Jasmine.
- Ponha ela aqui, por favor. – a enfermeira me pede apontando para a maca ao lado dela.
Eu coloco Crystal sobre a maca da forma mais delicada que consigo, tomando cuidado para não a machucar, pois ela me parece tão frágil agora, como se pudesse quebrar com qualquer movimento brusco.
- Ela vai ficar bem, não vai? – eu pergunto, deixando transparecer todo o meu nervosismo.
- Vai, mas eu tenho que agir rápido. Afaste-se um pouco, por favor. – a enfermeira pede se aproximando.
Eu faço o que ela me pede, indo para um canto mais ao fundo e Jasmine fica ao meu lado, enquanto observamos a enfermeira Clark injetar um tubo na veia de Crystal para que ela tome soro e fazer um pouco de massagem cardíaca nela.
- Me diz que vai ficar tudo bem com ela, Jasmine, por favor. – digo, apreensivo, roendo as beiradas dos dedos. Isso não me parece um simples desmaio.
- Eu espero que sim. – ela encolhe os ombros.
- O que você sabe e disse que iria me contar depois? – lembro. Ainda estou encasquetado com isso.
Jasmine respira fundo, provavelmente para se preparar para a bomba que vai me contar, e responde:
- A Crystal tem bulimia e, de uns tempos para cá, ela adquiriu anorexia também. Eu tentei fazer ela parar, mas não adiantou de nada, até porque não tem como eu controlar o que ela come ou deixa de comer o tempo todo.
