[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
O avião já está sobrevoando Boston e aquela paisagem familiar me provoca uma incrível sensação de paz. Eu realmente me sinto bem nesta cidade, me sinto acolhido aqui, é o meu lugar. Poucos minutos depois, o avião pousa e quando entro no aeroporto, já consigo ver Carter à minha espera de longe.
- David, meu caro! Que bons ventos o trazem de volta à nossa humilde cidade? – Carter me cumprimenta com um toque e um abraço ao me encontrar.
- Maus ventos, você quer dizer. – corrijo e vou em direção à esteira para pegar a minha mala.
- Estou vendo que a sua situação não está nada boa. – ele coça a cabeça. – Você não me disse o que veio fazer aqui.
- Eu vou voltar, Carter. Eu vou voltar a morar aqui. – afirmo, pegando a minha mala e puxo a alça para carrega-la.
- Wow, quando eu disse que esperava te ver de novo em breve, não achei que seria tão breve assim. – ele diz, espantado.
- Eu também não. Mas planos mudam e as pessoas mudam.
E como mudam. Ou eu que sou burro mesmo e não percebo como as coisas são logo de cara.
- O que fez você querer voltar pra cá? – ele pergunta, mas já era de se esperar, obviamente.
- Longa história. Conto depois. – eu realmente não estou afim de falar sobre isso agora.
- Tudo bem. – ele concorda, e eu fico feliz que ele tenha respeitado o meu espaço, já que geralmente meu amigo aqui é muito curioso.
Nós atravessamos o aeroporto em silêncio e, assim que entramos no carro de Carter, eu digo a ele:
- Obrigado por me deixar ficar na sua casa estes dias. Eu não estava afim de ficar num hotel.
- Para de cerimônia. – ele faz uma careta entediada. – Você é meu irmão, pode ficar em casa o tempo que precisar.
- Tem certeza de que eu não vou incomodar? – insisto. Não quero ser uma pedra no sapato de ninguém, já basto ser na do meu pai.
- Claro que não. Você sabe que meus pais te adoram como se você fosse filho deles. Minha mãe vai ficar feliz em te ver de novo. – garante.
- Fico mais aliviado em saber disso. Você contou para alguém que eu vim pra cá? – questiono, apesar de ter certeza que o grupo inteiro já sabe.
- Com "alguém", você está se referindo à Amanda? – ele se vira para me olhar rapidamente.
- Também. – ela é a principal que eu quero saber, na verdade, pois não quero ter que encontrar com ela, mas não vou admitir isso.
- Para falar a verdade, eu contei sim. – como eu previa. – Contei para o Jared, a Samantha e a Courtney e, eventualmente, a Amanda ficou sabendo também. Algum problema?
