[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
"Baby, I'm so into you
You've got that something, what can I do?
Baby, you spin me around, oh
The earth is movin', but I can't feel the ground
Everytime you look at me
My heart is jumpin', it's easy to see..."
Encosto no batente da porta e fico observando a cena hilária. Anne está cantando "(You Drive Me) Crazy" com a sua escova de cabelo, dançando pelo quarto e performando em frente ao espelho. Ela ainda não notou a minha presença e eu continuo quieto assistindo para ver até onde irão os seus devaneios e a dança maluca.
Anne se vira na minha direção e finalmente olha para mim, o que a faz levar um baita susto.
- David! O que você está fazendo parado aí? Há quanto tempo você está aí? - ela pergunta e fica vermelha de vergonha.
- Estava observando você fazer suas performances. Estou aqui há umas três músicas. - respondo e dou a risada que estava segurando até agora. - Você daria uma excelente cantora, sabia? - digo com ironia e rio mais uma vez.
- Não acredito que você está aqui todo esse tempo! - ela diz quase ficando roxa.
- Estava me entretendo bastante se você quer saber.
- O que você veio fazer aqui?
- Eu ouvi Britney Spears tocando e tive que vir conferir se era você mesma que estava ouvindo. Porque, tipo assim, você nunca canta Britney, eu precisava ver com os meus próprios olhos você cantando "essas músicas pop banais sem significado nenhum". - cito fazendo o sinal das aspas.
- Resolvi dar uma chance e percebi que não são tão ruins assim. - ela dá de ombros.
- Pelo que eu vi, você já deu uma chance há um bom tempo porque você sabia todas as letras, inclusive as coreografias. - pirraço.
- Está bem, eu admito. - ela faz uma expressão de derrota. - Comecei a ouvir Britney Spears e outras cantoras pop do gênero de uns tempos para cá.
- Então tá. Mas posso saber o motivo de toda essa cantoria eufórica? - pergunto, apesar de já saber bem do que se trata.
- Nada. Eu só estou feliz. - ela tenta soar casual, mas não me engana.
- E eu presumo que essa felicidade tenha nome, sobrenome, RG, CPF e residência fixa. - atiço.
- Não sei do que você está falando. - ela se faz de sonsa.
- Não se faça de desentendida. Você sabe muito bem do que eu estou falando. Acha que eu não percebi que você está toda apaixonadinha? - provoco com uma risadinha.
