[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
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DAVID
É domingo após o almoço e estou muito feliz que Liam e Ravena vieram passar o dia comigo e Anne. Liam só veio porque simplesmente não consegue desgrudar da minha irmã e Ravena porque já faz um bom tempo que não passamos um tempo juntos e estávamos com saudades um do outro. Depois de todos encherem a pança com o almoço que fiz – uma massa com diversas variedades de molhos – o casal 20 subiu para o quarto para fazer sei lá o quê, e eu também prefiro não saber, e eu e Ravena estamos assistindo TV, mais especificamente o desenho dos Jovens Titãs no Cartoon Network que ela adora, e admito que eu também.
- Azarath Metrion Zithos! – a baixinha exclama junto com a personagem de mesmo nome que ela imitando os mesmos movimentos da heroína e eu não consigo deixar de achar isso engraçado e fofo.
- Eu acho tão extra que você além de ter o mesmo nome que ela, realmente tem uma personalidade parecida com a dela. – comento.
Ravena ri. – É verdade. É uma feliz coincidência.
- A sua mãe colocou o seu nome propositalmente de Ravena por causa dela? – questiono apontando para a televisão. Essa é uma dúvida que sempre tive mas, por algum motivo, eu nunca havia perguntado.
- Por mais estranho que pareça minha mãe conhecer uma heroína que não era tão popular nas mídias na época em que eu nasci, sim, foi por causa dela. – ela confirma. – Meu tio, irmão da minha mãe, sempre foi um grande fã de quadrinhos e dessa personagem inclusive. Minha mãe achou o nome bonito e peculiar e decidiu que colocaria em uma filha quando tivesse, especialmente a versão latina do nome, Ravena com "a", não "Raven" como é o nome em inglês mesmo por causa da ascendência hispânica dela, que ela tem muito orgulho por sinal. – ela conta e eu fico interessado com a história.
- Ainda bem que ela colocou o nome Ravena em você, imagina se fosse na Crystal? Não combinaria nem um pouco com ela. – menciono com uma risada e minha amiga ri também.
- Concordo. Já pensou se eu me chamasse Crystal? Seria muito nada a ver. – ela ri. – Obrigada mãe. Na verdade, obrigada pai porque foi ele quem insistiu para que a primeira filha tivesse nome de joia.
- Obrigado Robert Müller por ter acertado a ordem correta do nome das suas filhas. – brinco.
- Sim, obrigada. – ela concorda e, assim que diz isso, os créditos finais do desenho sobem na tela.
- O que você quer fazer agora? – pergunto.
- Você prometeu que iria tocar para mim, lembra? – ela recorda, arqueando uma sobrancelha. – Agora que estamos aqui na sua casa você não tem para onde fugir.
- Você está certa. – ela me pegou de calças curtas, não tenho mesmo para onde fugir. – Então vamos, vou te levar até o quarto onde eu costumo tocar. – chamo ela, conduzindo-a pela mão.
Vou até o quartinho nos fundos desse andar, que tem vários dos meus instrumentos de música, e Ravena fica admirada com alguns deles.
- Uau, você tem guitarras lindas! – ela declara boquiaberta, passando a mão em uma guitarra azul-escuro metalizada, uma das minhas preferidas.
