[LIVRO 1 DA TRILOGIA PHOENIX LOVE]
Crystal Müller tinha a vida perfeita. Corpo perfeito, família perfeita, namorado perfeito, beleza, popularidade e inteligência. Até que uma traição da pessoa mais inesperada a transforma em uma vadia fria, sem cora...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
CRYSTAL
Sabe quando você dorme aquele sono profundo e gostoso e acorda sem saber quem é, que horas são, onde você está e que planeta é esse? Pois então, é exatamente desse sono que eu acabo de acordar. Olho ao meu redor e me recordo de que estou em Boston; viro para o lado e vejo o rosto do meu amado e sorrio ao lembrar de como ele me faz feliz, como ontem à noite em que nós praticamente fizemos sexo de roupas e ele cantou para eu dormir. Eu o amo tanto, mais do que eu sou capaz de admitir e mais do que eu sou capaz de demonstrar, e nunca pensei que eu conseguiria amar alguém de novo, muito menos que seria nessa proporção. Nós brigamos numa base diária, mas eu não consigo imaginar um dia sem tê-lo na minha vida.
- Você está acordada? – David pergunta, me tirando dos meus pensamentos e me assustando com a sua voz rouca e grave por causa do silêncio absoluto que estava aqui e por eu achar que ele ainda estava dormindo.
- Você quase me matou de susto! – exclamo e dou risada. – Achei que você ainda estava dormindo e não quis te acordar. – viro-me para ele novamente e mexo no seu cabelo loiro, que reluz por causa do raio de sol que escapa por uma fresta da janela e reflete em seus fios dourados. – Dormiu bem?
- Como um anjo. – ele sorri aquele sorriso branco e perfeito e lindo que ilumina ainda mais o seu rosto e o deixa ainda mais adorável, fazendo com que eu tenha vontade de mordê-lo por isso.
- Tem certeza de que não podemos passar o dia todo na cama? – questiono toda manhosa, porque realmente gostaria de passar o dia todo apenas com ele aqui, estamos ótimos assim.
- Por mais que seja uma proposta incrivelmente tentadora, tenho certeza.
Faço um bico de protesto. David ri e dá um beijo breve nos meus lábios.
- Temos que comprar aquele seu biquíni para hoje mais tarde. – ele lembra.
- É verdade. Então vamos logo, antes que eu mude de ideia. – digo já me levantando. Se eu pensar muito, vou acabar ficando nessa cama e não vou levantar por nada.
Vou para o banheiro e tento realizar a minha rotina matinal o mais rápido possível para não enrolar. Quando saio, já vestida, bem básica, com uma saia jeans destroyed, uma blusa rosa leve com babados no decote em "V" e uma sapatilha branca, meu namorado já está de pé, pronto, esperando por mim, todo lindo com essa camiseta azul-marinho de listras, bermuda bege e tênis marrons.
- Está pronta, madame? Precisamos descer, a hora do café já está acabando. – ele indaga.
- Sim, sr. Allen. – respondo de prontidão enquanto caminho até ele, que pega na minha mão quando o alcanço e descemos juntos até o salão do hotel.
Tomamos café-da-manhã num clima agradável e, logo depois, saímos a pé mesmo pelas lojas na busca de uma roupa de banho para mim. Descarto a possibilidade de biquíni logo na primeira loja e procuro por um maiô fechado nas costas, porém, todos do tipo que encontro, são fechados demais e comportados demais e sem graça demais e nada a ver comigo. Os maiôs mais bonitos são os que estão em alta agora no verão, decotados e cheios de recortes, muito mais a minha cara. Argh, Deus, será que um dia eu vou conseguir me livrar dessas malditas cicatrizes?
