• Dakota Johnson •
- Ela está surdinha. - Minha mãe fala se referindo a minha vó, eu respiro fundo concordando.
Ela tinha cerca de 85 anos, e estava cada vez mais "louquinha", ela não tinha problema de saudade nenhum até então, só sua cabeça que estava ficando ruinzinha.
Ela era uma comédia, tinha um namorado, saia para bailes da terceira idade, e falava muita besteira, mas era recatada a maior parte do tempo.
- Vó eu marquei uma consulta com o neurologista e eu vou te levar, não adianta a senhora negar.
- Você está querendo dizer que eu sou louca?
- Não estou te levando no psiquiatra, estou te levando no neurologista pra saber se a senhora está com alguma coisinha, você sabe que está muito esquecida.
- Eu não estou esquecida.
- O aniversário da mamãe foi ontem e você falou pra mim que não tinha filha, claro que a senhora está esquecida.
- Tudo bem eu irei no médico.
- Ótimo, amanhã eu passo na sua casa pra te buscar.
- Aí meu Deus eu vou andar de carro com você, acho isso perigoso.
- Faz duas semanas que eu tirei minha carta Vó, já estou pegando as manhas. - Falo e ela começa a rir.Cheguei em casa e me troquei, estava fazendo plantão à noite na clínica veterinária onde eu trabalhava, além de veterinária eu tinha uma ONG para resgatar animais de rua, eu comprei um sitio com a ajuda do meu pai, e todos os animais que eu resgato eu levo pra esse sítio onde tem vários veterinários voluntários, que cuida deles, e faz tudo de melhor.
O sítio é lindo, eles amam ficar lá, eles fazem amizade um com o outro, e eu sou apaixonada por lá... Depois fazemos uma feira de doações com os animais resgatados, e é incrível receber fotos depois de como eles estão felizes na família nova. Se eu pudesse eu ficaria apenas lá no sítio, mas como não posso tenho que trabalhar, e é cansativo mas é necessário.(...)
- Comprei um bolo pra você. - Minha Vó fala me entregando um pedaço de torta, não, não era bolo.
- Obrigada Vó, pronta pra ir no médico?
- Você não vai dormir no volante? Você trabalhou à noite inteira.
- Eu estou acostumada vó, então vamos? - Falo e ela concorda.
Coloco no GPS o endereço do lugar e então depois de um tempo chegamos, ela faz o cadastro na recepção e ficamos aguardando.
- Sra Sebastiana. - Ouvimos o médico falar, minha vó respira fundo.
- Eu odeio meu nome.
- Shiu vó, pode vir. - Falo e ela respira fundo.
Entramos na sala do médico e então tomo um susto, não era o que eu esperava.
O doutor deveria ter no máximo seus 28 anos, estava com os cabelos super arrumados, e um sorriso no rosto, e eu tentei disfarçar minha surpresa ao ver aquela beldade na minha frente, mas eu acho que não consegui.
- Sra Sebastiana, como vai? - Ele fala apertando a mão da minha vó e dando um sorrisinho pra mim.
- Olha eu acho que eu estou ótima, mas a minha filha e a minha neta acha que eu estou ficando louca.
- E porque elas acham isso?
- Só porque às vezes eu troco os nomes.
- Só por isso? - Ele pergunta olhando pra mim então eu respondo.
- Na verdade não doutor, ela esquece as vezes que tem filho, esquece de colocar roupa, esquece comida no fogo, quando sai esquece o caminho de casa, conta mil vezes a mesma história...
- Eita senhora Sebastiana, vamos ter que fazer alguns exames pra ver como está a cabecinha da senhora hein?
- O senhor é tão novinho, tem certeza que entende disso? - Ela pergunta e eu falto morrer de vergonha.
- Claro que ele sabe né Vó.
- Sou novo mas estudei muito senhora Sebastiana, pode ter certeza que você estará em boas mãos.
Ele fala e ela sorri.
- Bom eu vou pedir uma tomografia da cabecinha da senhora, e daqui 15 dias você volta comigo pra eu dar um diagnóstico mais claro.
- Tudo bem doutor, o senhor é muito bonito vou adorar que seja meu médico.
- Fico feliz. - Ele ri.
- Se eu tivesse sua idade iria amar mais ainda, porém já estou tão velhinha né? Mas a minha neta é super nova. - Ela fala apontando pra mim, e mais uma vez eu falto morrer de vergonha.
- Aí Vó a senhora é um barato, vamos embora. - Falo puxando ela pra fora da sala. - Obrigada doutor.
Respondo olhando pra trás, ele estava rindo das graças da minha vó e da um tchauzinho para nós duas.(...)
- Vó a senhora não pode simplesmente me jogar pra cima de um cara que você nem conhece.
- Meu amor eu já te falei que eu quero ver você casando, tendo filhos, eu to ficando velha e você não arruma namorado, eu preciso te dar um empurrãozinho porque se eu morrer antes eu vou ter que vir como fantasma ver seu casamento e você não vai gostar. - Ela fala e eu respiro fundo.
- Mesmo assim vó, você nem sabe se ele tem namorada pra ter feito aquilo.
- Eu não vi aliança em seu dedo, é a primeira coisa que nós reparamos em um homem, aprende comigo... Olha agora da próxima vez que nós formos lá, você começa dar umas piscadinha pra ele sabe? Mandar uns beijinhos, assim que se faz.
- Só se for na sua época né Vó? Hoje em dia não fazemos mais isso, tipo de forma alguma.
- Por isso que você está solteira, 24 anos e solteira, que vergonha. - Ela fala e eu começo a rir.
24 anos
0 namorados
Todas as amigas namorando e eu deixada pra trás, mas não tem problema, os namorados delas são horríveis, tenho certeza que o meu tá demorando pra chegar pois Deus está caprichando nele.
Deixo minha vó em casa, e falo que amanhã minha mãe levaria ela pra fazer o exame já que estaria ocupada numa feira de adoção dos bichinhos lá do sítio, ela concorda me mandando beijo e descendo do carro.
Ela morava sozinha e eu morria de dó, mas ela amava.E foi assim que tudo começou...
Quem quer fic nova???
Gente essa fic tá uma comédia, eu to amando escrever ela ❤️
Atualizando vocês.
Pra quem lê a fanfic Touch, está nos capítulos finais :(
Assim que ela terminar irei postar a 3º temporada de Dr Dornan! Então fiquem ligadas.
Não deixem de comentar o que estão achando nessa aqui novinha, e bora rir um pouco hahaha.
Até a próxima ❤️
VOCÊ ESTÁ LENDO
Crazy in love
FanfictionUma avó com alguns probleminhas na cabeça. Uma consulta com o neurologista. Uma neta totalmente encalhada. Será que isso dará certo?