Capítulo 18

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Grita minha mente, me assustando ainda mais, de fato ele está atrás de mim, sinto quando ele se encosta em minha árvore se ele olhasse atrás como se fosse obra do destino pressinto quando ele vai fazer exatamente isso.

— James! — Kieran grita, fazendo James se virar e se afastar da árvore—  Ela não está aqui... — Diz Kieran cautelosamente

— É... talvez você tenha razão.

— Vamos procurar em outro local.

Dito isso os passos diminuem anunciando que eles estão indo embora, alívio é só o que sinto, mas é melhor ficar um tempo escondida atrás dessa árvore, de repente eles podem voltar e me encontrar, é isso que faço.
Ainda não acredito que finalmente consegui fugir, mas e agora? O sensato seria pegar um vôo e ir para Nova York, mais:
A) eu não tenho dinheiro.
B) Nem passaporte nem absolutamente documento algum eles estão com James.
E Mason será que ele está aqui? Ou em Nova York? Ou em hospital... ou pior morto a sete palmos de baixo da terra enterrado no quital da casa de James, ou no porão com os corp....
Não! Ele não está morto...
Ele não poderia estar, pesco o cordão de Mason no bolso da minha calça, avalio a pequena peça metálica que pende do cordão preto, feito de alguma fibra sintética resistente.
O pingente retangular trabalhado detalhadamente bem no centro se encontra uma chave delicada e bonita mas agora suja de sangue seco.
Lembro do dia em que dei isso a ele.

Eu tenho um presente!!
disse animada porquê realmente eu tinha, era dia dos namorados e eu queria dar algo a ele, algo para que ele sempre lembrasse de mim, mesmo sendo um objeto barrato e insignificantimente sem valor algum, aquilo não valia nada, mais para mim valia muito, mesmo não sendo banhado a ouro era banhado a amor.

Ah... estou curioso!!

Estavamos de frente ao Central Park  terminando de comer um cachorro quente divino um pequeno alimento com uma deliciosas explosão de sabores a cada mordida.
Mais umas mordidas e o lanche acabou limpei as mãos e pus a mão no bolso.
Feche os olhos —pedi, ele sorrio e os fechou, peguei sua mão e depositei meu pequeno presente, por alguns minutos ele apenas o sentiu sem abrir os olhos.

Hum... o que pode ser... —disse tentando adivinhar

O que você acha que é? —  entra na brincadeira.

Uma pedra? —dei um pequeno soco em seu ombro e depois um selinho

Não! gargalho Mais bem que eu deveria ter comprado pra acertar nessa sua cabeça —admiti divertida

  — Você é má Lilian!
Falou mostrando os dentes.

Se você acertar de dou um beijo, se errar.....

—  É... um...um...uma pulseira?
Com mão bato na cabeça dele.

Aí!

Não é uma pulseira...

Um cordão?  —com isso me aproximo dele o beijo com vontade, não me importando com as pessoas na rua, seus olhos se  abrem contempla o objeto
Eu adorei obrigado Lilian.

De nadame entrega o cordão, e o ajudo a pôr, o pingente desliza entre seus dedos
Uma chave  —comenta dando atenção ao desenho.

Sim a chave do meu coração.

Nunca vou perder — promete antes de seus lábios colarem nos meus novamente.
Dês de então ele não tirava o cordão do pescoço para nada, até para tomar banho o cordão o acompanhava, agora ele está aqui, em minhas mãos sujas por conta da terra da floresta.
Se não era ele, quem poderia ser? Mas parecia tanto com ele, na verdade fiquei tão chocada e afetada com a imagem que nem reparei muito nos detalhes, mas se não é ele como foi que o James conseguiu esse cordão?
Viro o pingente procurando a prova, no dia em que comprei mandei gravar nossos nomes atrás.
E como eu não suspeitava, infelizmente tinha, lá estava nossos nomes envoltas de sangue mas ele pode muito bem ter comprado um igual, ou roubado de Mason.
Me lembro então de James, das palavras que ele me disse, que eu era uma aposta, entre Jacob e Mason, que eu não passava de um mero objeto que valia algumas ações da empresa e que eu era o alvo naquela noite.
Será que eu era mesmo uma aposta? Que Mason fingiu esse tempo todo só para conseguir algumas ações.
Me recuso a acreditar nisso, e se for verdade? Será que estou me deixando cegar de novo pelo amor?
Passo tanto tempo pensando nisso que nem percebo que faz muitas horas que estou aqui, e que está anoitecendo, deve ser por volta de 17:00 horas da tarde, me levanto descidida a sair dessa floresta.
Ótimo, começo a caminhar olhando ao meu redor, todas as árvores são muito iguais e confundíveis.
Que frio, cruzo os braços na tentativa falha de produzir algum calor.
Faz horas que estou andando eu já não tinha passado de frente a essa árvore antes? Me pergunto, porque era uma cruel verdade, eu vim pela esquerda ou foi pela direita?
Tudo é muito parecido, ando mais um pouco tentando manter a calma me lembrando da árvore de cogumelos que eu achei que fossem comestíveis, esta árvore está no começo da floresta antes de eu me enbrenhar tanto.
Eu só preciso encontrar essa árvore, e meu problema será resolvido.
O pânico chega quando percebo que  tem milhares de árvores com cogumelos!! olho para o lado e para o outro.
Não me diga que está perdida!
Zomba minha mente.
Claro que não!
Brigo com ela.
Então, qual é o caminho?
Ponho as mãos na cabeça tentando responder essa pergunta é por ali.. olho em uma direção não, por ali.. olho em outra direção, minha consciência tem razão estou perdida, Os passos que antes eram silenciosos, agora estão apressados. preciso sair daqui, a medida que escurece barulhos são ouvidos, meu caminho é iluminado apenas pela luz da lua.
Uma coruja pia vez ou outra me assustando,  grilos cantam, e folhas farfalham.
São só os animais.
A cada cinco minutos viro a cabeça para ver o que me rodeia, tenho a estranha  sensação de estar sendo seguida.
Um barulho familiar rasga a atmosfera um lobo, queira a Deus que eu não tenha esse encontro com ele, seria desastroso.
A medida que caminho meus passos se tornam mais tranquilos, o único barulho que ouço são meus pés pisando nas inúmeras folhas mortas no chão.
Então paro, o que vejo a minha frente é Agatha parada me fitando com seus olhos de gato com pupilas dilatadas e intensas, dessa vez ela não está sozinha, ao seu lado uma sombra de capuz preto me olha, sua capa é tão leve que desce em camadas de fumaça  fazendo tudo se tornar ainda mais macabro, os olhos do ser a minha frente são como duas pequenas bolas de fogo, o rosto é tão escuro que é impossível ver os contornos de sua face, apenas os olhos são visíveis, os mesmos me encaram com determinação parece até a morte.
Ao lado pendurados inertes em uma árvore  balançando ao vento como folhas leves, o homem e mulher ao qual vi no porão, balançam sicronicamente.
A pequena criança que também vi se fragmenta bem na minha frente, nas mãos sua boneca puída e suja a qual ela faz questão de manter firme entre os braços diferente dos pais que estão em estado de decomposição, ela está perfeita, não a criança desfigurada que encontrei caída, mais um menina de olhos brilhantes cabelos loirinhos, apenas suja de terra.
Seu rostinho rechonchudo adquire uma expressão de raiva ódio, sua boca forma um bico, se fosse em outras ocasiões eu acharia fofo, mais a expressão deixa tudo mais assustador, ao lado dela uma bola grande repousa no chão, não compreendo  o porquê da bola.
Com um só impulso ela chuta a bola em minha direção a mesma caí bem na minha frente, não é uma bola, é a cabeça de Mason, isso é o suficiente para que eu saia do meu estupor de medo.
Meus pés ganham vida, disparo floresta adentro enquanto eles me perseguem tento desviar  o mais rápido das árvores que surgem sem aviso, estou tão rápido que não vejo um declive que se forma, quando tento parar para reduzir o impacto meu corpo pende para frente e caio, rolando ladeira a baixo, meu corpo girando descontroladamente enquanto grito.
Meu corpo finalmente para de rolar.

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