Capítulo 7

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Estávamos deitados de frente a lareira tomando chocolate quente, enquanto lá fora o céu chorava abruptamente com suas gotas gélidas e frias.
A medida que entardecia, o tempo esfriava gradativamente, mas estávamos envoltos por cobertores e cercados do calor que ambos os corpos transmitiam, olhando para chamas, que crepitavam entre si.
Assim se passava mais uma tarde ao lado de Mason.

— Você sempre teve tudo Mason? — pergunto curiosa, tomando um gole de chocolate quente, e deixando a caneca de lado para brincar com seu suéter de tricô, bordado em linha cor de rosa com a frase , sou da mamãe feito com carinho pela mãe dele que está na Inglaterra, e mandado pelo correio.
Um sorriso me passa quando lembro da caixa chegando e ele tendo essa linda surpresa para usar em noites frias.
Ficou incrivelmente ridículo nele fiz de tudo para segurar o riso.

— Como assim tudo? E porquê você está rindo? —diz desconfiado acompanhando minha expressão.

— É que esse suéter fica tão lindo em você... — deixo escapar.

  — Lilian esse foi um presente de mamãe.

De mamãe — imito debochando,
Sua expressão muda — brincadeira

— Mas o que você quer dizer com: tive tudo?

—Tudo isso — falo abrindo os braços em forma, para demonstra como sua mansão é grande —você sempre foi Bilionário?

Seu semblante muda rapidamente, como se estivesse se lembrando de algo.

  — Não, eu já fui muito pobre, pobre de passar fome, pobre de não ter nem dinheiro pra comprar roupa.

Ao dizer isso parece que ele luta internamente, talvez com receio de contar algo a mais, o que disperta em mim uma curiosidade imensa, mas fazer perguntas sobre seu passado seria insensato no momento, pois ele ainda não adquirio confiança em mim, quando ambos tivermos isso tudo ficará tão límpido quanto água.

— Foi quando a Apple surgiu —completo, dando um incentivo para que ele revele mais.

— Sim, e hoje somos uma das maiores empresas do mundo—diz orgulhoso por saber que é verdade. Nesse momento o celular dele toca.

— Eu já volto — avisa se levantando para atender a chamada, assinto em forma positiva.
Olho pela janela, através do vidro a chuva já não cai mais com tanta veemência.
Me lavanto indo até a mesa de mármore meio receosa já que o terrário de Dominic fica ao lado, Como se ele fosse sair, zomba minha mente.
Dominic está enrolado em um galho que eu não tinha percebido, vez ou outra ele direciona o olhar pra mim.
Ele não pode fugir daí, penso medrosa.
Não mexa em nada Lilian! Fala a voz chata que todos temos no interior, a consciência, a curiosidade é maior, chego perto da mesa e olho alguns papéis dispostos, nada de interessante, apenas coisas da empresa, em baixo de uma pilha, uma pasta preta, isso sim é interessante como se a suposta pasta estivesse escondida.
Ok, você já mexeu, agora deixa essa pasta aí e volte pro seu lugar, automaticamente puxo o obejto já o tendo em mãos, abro baixando o olhar sobe alguns papéis, são papéis de extratos bancárias e transferências de dinheiro para conta de Mason, alguns contratos com empresas que desconheço, ao lado um papel, é a folha de percentual de lucros da empresa, há duas cópias.
Não leia Lilian, isso não é da sua conta deixe de ser enxerida! avisa minha mente que trato de ingnorar.
São valores de quanto a empresa fatura, porcentagem etc. O estranho é que tem duas folhas.
Então agora é estranho tirar cópia de uma folha? Não! mentalidade chata! Não é estranho! Agora cala a boca que eu preciso de concentração! É impossível fazer as coisas com essa mente que não fica quieta argh! sou a sua consciência, eu te impeço de fazer burradas, idiota! Essa doeu, descido ficar calada, assim não pareço uma louca discutindo comigo mesma.
Tem algo de diferente na segunda folha, quando vou começar ler, ouço passos no corredor, rapidamente ponho as folhas na pasta  pondo a mesmano lugar de antes.
Mason me olha estranho.

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