Capítulo 6

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Já é noite quando ele e eu descemos  do carro para entrar em sua mansão  para assim finalmente conhecer o tal Dominic que ouvi tanto no almoço hoje cedo.
Não me canso de admirar o local.

— Dominic está na biblioteca  — avisa me guiando.
O sigo escada a cima, parando de frente a uma porta de madeira  escura toda talhada com flores.
Ele abre a porta revelando uma biblioteca aconchegante com suas altas prateleiras  que vão do teto ao chão  abarrotadas de livros, uma mesa de mármore disposta no centro com uma cadeira antiga muito elegante,   duas poltronas  de frente a uma lareira.
Em cima um lustre dando um toque a mais no  ambiente.
Não vejo ninguém.

— Ele está  ali.
Aponta  para um grande terrário, que eu não  havia percebido, dentro bem no centro uma jiboia, de porte médio.
Dominic é  uma jiboia?!!! Uma jiboia?!!! Socorro!!!!
Gelo instintivamente com a visão  da cobra que se movimenta lentamente dentro do terrário simulando um hábitat com  muitas plantas,
uma imagem de selva  na parede para dar mais realidade ao resinto.
  Um pequeno lago de pedra.
Um ambiente climatizado presumo.

— Esse é o Dominic? —  pergunto horrorizada, não  que eu tenha preconceito com cobras, contando que elas fiquem lonje de mim.

— Sim, venha ele quer te conhecer —
ele se aproxima do terrário abrindo um pequeno orifício ocultamente inserido na parte de cima do terrário.

— Eu já  conheci Mason não precisa....
Ele me corta.
— precisa sim, eu faço  questão, ele não vai te machucar Lilian, chegue mais perto — pede, o que você não pede sorrindo que eu não faço chorando?
Meu instinto é  sair correndo o mais rápido daqui, mais o medo me domina, Mason vê que eu não me movo e chega perto com Dominic enrolado  em seu pescoço  com uma mão faz carinho na cobra e com outra segura sua cabeça.

— Mason... — falo nervosa.

— Ele não  vai te machucar, toque nele.
Intimidada aproximo minha mão e sinto  sua pele levemente fria e escorregadia.

— Está vendo? Ele Não vai te machucar, vou pôr  ele em você..

Não!!!
Antes que eu proteste Mason ponhe Dominic em meu pescoço, ele não é  tão pesado por ainda não ser uma jiboia adulta.
A sensação é  de que a qualquer momento Dominic vai me enforcar ou dá o bote.
Ele começa a rasteja por meu corpo, a sensação é de angústia.

— Aiiiii! Mason.... ele... ele...
Não  consigo dizer pois Dominic avança sobre meu braço
Tira! tira! Tira!! Ele!!
Grito por dentro.
A língua de Dominic aparece a cada minuto, a cabeça dele está  em meu pulso, a sua pele em contato com a minha.
Legal te conhecer Dominic, agora por favor, não  se enrole em meu pescoço!
Mason tira a cobra do meu corpo e devolve para seu hábitat.
Suspiro aliviada.

— Estou tão orgulhoso de você, a maioria corre quando vê Dominic —diz selando nosos lábios.

— Faz tempo que você  tem ele?

— A pouco  mais de um ano.

— Você não  gosta de outros animais?  Um coelho, um cachorro gato..

— Não tenho tanto tempo  para dar a devida atenção  que todos esses animais  exigem, Dominic é  ótimo.

— Ah.

— Agora vamos fazer um tuor pela casa.

Percorremos a casa, conheço a academia, a cozinha, a  sala, os quartos de hóspedes, o jardim, a quadra de tênis a psicina, a sala de boliche a sala de dança a de música com um piano branco! A varanda, mais algumas  salas, outra biblioteca, um escritório, a sala de jogos, com mesa  ping pong maquina  Xbox,  mesa de sinuca, e outros jogos eletrônicos.
E outros cômodos da casa.
No final  fico exausta de tanto andar.

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