Capítulo 25

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Quem foi  que ligou o abajur? Não faz nem 15 minutos que desliguei.

— Mason? — saio do quarto atravesando a sala, enquanto aliso meu vestido na tentativa de fazê-lo ficar alinhado ao meu corpo— Mason? —nenhuma resposta, onde ele se meteu? — Aida?

Não tem ninguém aqui, giro os calcanhares  voltando para o quarto, o abajur está  acesso de novo, mais eu desliguei quando sai do quarto... estranho,  tem alguma coisa errada, na cama uma rosa branca repousa.
Será  que Mason deixou isso pra mim? é evidente que ele ainda está magoado por eu continuar negando que não tem nada de anormal, quando verdadeiramente tem. Essa rosa  deve ser uma forma de dizer que estar tudo bem, ele deve ter colido no Jardim incrível, que há atrás da casa, pego a rosa avaliando nos mínimos detalhes sua estrutura, e acariciado suas pétalas macias o caule coberto de espinhos que se eu não tomar cuidado podem até me machucar, levo a flor ao nariz inalando  o cheiro delicioso e adocicado  que a rosa tem, até que ouço um barulho.

— Quem está aí?  É você Aida?— Certo, esse silêncio está começando a me dar medo.
Um único nome se repete em minha cabeça,  começa com J  e
termina com s
Ouço vozes abafadas, vou caminhado ouvindo apenas meus passos, que não  são tão audíveis devido meu calçado sem salto.
O barulho vem do escritório, parece que duas pessoas estão discutindo como se conspirando sobre determinado assunto o qual não sei o tema,  paro de frente a porta as vozes de Mason e Roland se manifestam, como se contassem um segredo eles sussuram.

— Você tem que contar pra ela —um suspiro é ouvido, me encosto mais na porta tomando cuidado para não cometer o mesmo erro de me encostar demais e a porta abrir, como fiz com senhor Collins repetir o mesmo erro iria ser humilhante e desastroso, errar é humano, cometer o mesmo erro é burrice.

— Agora não Roland...eu vou contar fique tranquilo.

— Você não pode escorder isso por muito tempo senhor Williams, ela vai descobrir, e perguntar  — o que ele não quer me contar?  Estou morta de curiosidade.

— Eu sei, só estou com medo da reação dela, ela já sofreu tanto

— E por quanto tempo pretende esconder isso, quando já for tarde? Quando ela quiser ver.... você sabe...e  não puder, ela tem que fazer o reconhecimento —reconhecimento a palavra se repete em minha mente,  reconhecimento de quê?
Me inclino mais para ouvir ansiosa por mas informaçães, mas eles se calam.
Passos se aproximam da porta tem alguém vindo, rapidamente corro silenciosamente pelo corredor me jogo na cama pego o cobertor e me cubro, fingindo mexer no celular para disfarçar.

— Ah você está ai —assinto, ele se aproxima e se senta o colchão afunda com seu peso seus olhos azuis que eu morro de inveja  me encaram, de vagar ele inspira e suspira soltando o ar bem devagar  como se pensasse na forma de começar, ele parece até sentir pena, ou é só impressão minha, tomara que ele me conte agora, pois estou morrendo por dentro de tanta curiosidade, e irritada por ele está me escondendo algo.

— Lilian — a mão dele repousa em minha coxa provocando uma sensação maravilhosa.
Ele respira mais um vez, isso me deixa  excessivamente ansiosa com expectativa do que está por vir— Sua mãe morreu —pisco algumas vezes, repetindo a frase mentalmente,  sua mãe morreu, sua mãe morreu, sua mãe morreu, sua...mãe.... morreu..
Morreu...

— Foi assassinada, quando seus pais voltaram da Holanda, seu pai estava no trabalho  James e outros caras invadiram a casa e....— ele para na frase não terminando de concluir —
Você precisa fazer o reconhecimento do corpo, vamos voltar para Nova York, eu sinto muito...— é  apenas o que ele me diz, continuo imóvel, sua expressão é preocupada, me viro e volto a mexer no celular— Você ouviu Lilian? Isso aconteceu ontem,  me perdoa por não te contar logo....

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