Capítulo 22

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Sinto uma mão quente me balançando levemente, entreabro as pálpebras percebendo que foi só um um sonho, e o Jatinho não está caindo que bom que não foi real.

— Chegamos — Bryan que até então não tinha reparado, está ao nosso lado, ele sorrir ao olhar para mim retribuo o gesto, ele é muito lindo e que sorriso... mas o Mason é cem mil vezes melhor.
Por falar nele, é melhor parar de manter contato visual com Bryan, pela cara, ele está irritado.
Nos levantamos e somos acompanhados pelos três, apertamos as mãos de cada um nos despedindo e agradecendo pela viagem sem complicações, quando chega a vez de Bryan sinto um pequeno papel ser transmitido da sua mão para minha, ele sorri misterioso, mostrando os dentes branquinhos e alinhados, então solta minha mão encerrando o aperto.
Descemos as escadas e entramos em um carro preto que não faço ideia de qual seja o modelo, e nem quem esteja dirigindo, ocultamente abro a mão encontrando o papel, é o número dele com seu nome, e um coração.

— O que é isso!? —tomo um susto fechando a mão.

— Nada...

— Me deixa ver isso Lilian, não estou pedindo — e agora?

— Não é nada, não tem nada de importante.

— O que foi que ele te deu?—sem me dar tempo de responder ele me surpreende tomando o papel de minhas mãos.

—É só um número caso agente precise deles...— tento explicar

— Caso agente precise deles, ou você precise dele? — antes que eu me defenda ele pesca o celular do bolso ponhe no teclado numérico e disca o número dele.

— O que está fazendo?!—com o dedo ele me silencia e ponhe no viva voz para que eu ouça.

— Alô? —do outro lado Bryan responde receoso.

— Alô Bryan, aqui é o senhor Williams.

— Ah sim, deseja algo senhor?

— Desejo sim, que você pare de dar em cima da MINHA mulher, e que volte para Londres de onde você veio, não preciso mais dos seus serviços está DEMITIDO!!! —dito isso Mason desliga na cara dele, minha boca forma um oh de descrença.

— Porquê fez isso?

— Porque já estava mais que na hora de tomar providências, eu não sou de falar Lilian, eu faço!

— Você não pode fazer isso! Só por causa de um número? Francamente Mason

—  Eu posso fazer sim, porque eu posso, e a tempos eu queria fazer isso, pra ele aprender a não mexer no que é dos outros!

— Não acredito que você demitiu ele só por causa de um número!

— O número que ele te deu!

— Mas eu nem ia ligar! —certo ele já conseguiu me irritar, Nesse momento o carro para de frente ao cais, abarrotado de embarcações grandes e pequenas, lanchas a perder de vista.
Descemos sem dizer uma palavra.
Não era preciso demitir o cara só porquê ele me deu o número dele, desnecessário seria a palavra correta, ele não tem culpa se sou um pedaço de mal caminho e os caras caem matando como se eu fosse uma mina de ouro, essas são as únicas horas que ser bonita as vezes é ruim, ainda não acredito que Mason fez isso, de todas as decisões banais que ele já tomou por causa do ciúmes, essa foi a mais idiota que ele já fez. O Bryan não merecia isso.
Caminhamos lado a lado, até eu me deparar com um incrível iate, quase abro a boca de tão luxuoso, não tão grande como a maioria aqui, mais incrivelmente acolhedor.
Entramos na embarcação que é toda trabalhada em diferentes tons de branco e nude, uma escada sobe para o segundo andar onde fica o timão, grades de aço estão ao redor para nossa proteção, uma verdadeira sala de estar se encontra dentro do barco com mesinha de centro e tudo ao que tem direito, no compartimento de baixo um quarto de casal com cama king size, a companhado de todo luxo e conforto que o dinheiro pode comprar, o quarto é de um vermelho tão escuro que parece preto, um tapete azul cobre o piso do quarto enquanto criados mudos adornam a cama, ao lado janelas com vista para o mar.
Voltando ao compartimento de cima, espreguiçadeiras repousam no convés me chamando para descansar sobre elas, tudo isso é muito bonito, o cuidado com todos os mínimos detalhes da embarcação faz com que tudo se torne encantador.
O mar está calmo com suas ondas que oscilam na superfície, batendo levemente no casco colidindo com a estrutura dura, formando espumas.
Carinhosamente o vento cuida de transpassar meu cabelo acariciado minha pele, oxigênio puro adentra minhas vias respiratórias.
Ponho as mãos na grade admirando a natureza que me cerca, uma mão é posta em meu ombro estava tão entretida com a beleza do iate que não tinha reparado na tripulação do veículo.
A minha frente o que posso ver é um homem já com seus cinquenta e pouco anos, sem dúvida deve ser o capitão, ao lado um comissário de bordo, e uma moça
Todos vestidos formalmente.
Como já era de se esperar.

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