Capítulo 10

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Um baque surdo nos corredores, dormir em cima de um bar não é bem o que eu imaginava, na verdade é um silêncio quase insurdecedor.

Apesar do andar de baixo ser inaldivel aqui consigo ouvir os passos no corredor, indo pra algum lugar.

Micky: Porque ainda tá acordada? outro pesadelo? 

Eu: Não precisa se preocupar vou ficar bem, eu só vou precisar de tempo para esquecer. Mais e você ?

Micky: Tinha que arrumar umas coisas pra podermos sair amanhã a tarde, e a perna?

Eu: Doendo, mais tá tudo bem eu só to com dor, acho que o medicamento tá perdendo o efeito.

Micky: Deixa eu ver.

Estico minha perna com dificuldade pra ele, enquanto ele tira aos poucos as ataduras sinto a dor que não senti quando fui atingida.

Micky: Fica assim vou ver se o Léo chegou.

Afirmo e ele sai do quarto, volta instantes depois com um garoto que deve ter quase a nossa idade.

Léo: Eu posso, juro que não vai doer.

Eu: Não tenho seis anos sei que vai doer, mais siga em frente não irei puxar se é o que acha.

Léo: Não gostas de médicos?

Eu: Não gosto de promessas.

Ele mexe em sua maleta e começa a suturar minha perna.

Léo: Fez ela correr com essa perna?

Micky dá de ombros fazendo uma cara engraçada me fazendo rir dele.

Léo: O doido pega o álcool no meu quarto pra mim.

Micky sai para pegar esse álcool nos deixando sozinhos.

Léo: Não dói?

Eu: Já passei por coisa pior.

Léo: por causa da torcida 

Eu: Meu pai é um cara influente então me usavam para atingi-lo.

Léo: Como assim?

Eu: Espero que não se importe mais não quero falar sobre isso, muito menos me lembrar.

Com a sutura e o curativo já feito sou encorajada, ou melhor forçada a ir dormir, segundo eles isso acelera minha recuperação.

Não que meu sono fosse pesado mais senti quando Micky se deitou ao meu lado colocando minha cabeça em seu peito, isso fez com que qualquer coisa que estivesse passando em minha cabeça, sumise em um passe de mágica.


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