- O que tem de tão interessante no mar pra querer sempre estar aqui?
Eu: Tem algo do movimento das ondas que me faz me sentir melhor. Não se importa de eu dar um mergulho não é?
- Se essas aguas fazem seus pecados desaparecerem de seu corpo, não me importaria em nada ate de lhe construir uma casa bem aqui pra você.
Eu: Se você a fizer seria muito bom, uma recompensa digna de meu ultimo feito.
- Que tal um chão de vidro?
Eu: Diga a que vai faze-lá que um quarto de vidro não seria uma má ideia, mais o faça resistente. Uma boa vitrine não se quebra como a tempestade e não se abre para todos os marinheiros.
Pulo na agua o deixando para trás, uma casa em alto mar seria bem melhor que um barco, eu teria uma estabilidade maior e um lugar só meu para chamar de lar, sem o medo que ronda os corredores daquela casa.
Tubarões podem ser mais mansos do que aquele homem.
XXX
Acordo na minha cama, ainda esta escuro lá fora, não me lembro de ter apagado, muito menos de como voltei pra casa, ne celular marcam mais de seis da manhã, me levanto vendo que estou com as mesmas roupas de antes, seja quem for que me trouce para casa teve a decência de não querer me ver inconsciente e nua.
Vou ate o banheiro e me livro daquelas roupas sujas de terra e suor, tiro os resquícios da maquiagem que estavam no meu rosto e limpo um fio de sangue que escorre para minha testa, entro de baixo do chuveiro me deixando molhar por completa a agua morna em contato com a minha pele ainda fria da uma sensação de formigamento.
De baixo da agua tiro tudo o que não deveria estar mais em mim, o sangue já seco no meu cabelo assim como a terra em minhas unhas, deixo a agua cair mais sobre minas perna esquerda que já não esta tão inchada, mais mesmo assim farei uma bandagem pra não correr o risco de algo mais serio. A agua no chão do box vai aos poucos saindo daquele vermelho amarronzado e se substituindo por sua tonalidade normal.
Desligo o chuveiro e me seco, enrolando-me uma toalha nos cabelos e outar no corpo para votar ao quarto, fecho as cortinas e me visto com uma das primeiras roupas de ficar em casa que acho e seco o cabelo, lava-lo de manhã quando programado é ótimo mais eu sinceramente me sinto confusa pelo que realmente deveria ter feito nessa situação, penteio o cabelo de decido deixa-lo molhado mesmo, pego um dos quites de primeiros socorros espelhados pela casa e faço uma bandagem na perna para não agravar caso tenha torcido o pé, e desço para a cozinha.
Alguns poucos raios de sol já iluminam o andar de baixo, mais o que realmente me chamam atenção são a mala e uma daquelas grandes bolsas de viagem, ambas pretas na entrada, e como um estalo minha cabeça volta para a noite anterior, era talvez a voz do Micky e da Misy que eu tenha ouvido na floresta, volto para o andar de cima e pego meu telefone, os outros devem estar preocupados comigo.
***Mensagens com Rey On
Eu: Estou em casa, tem alguma ideia de como vim parar aqui?
Rey: Não se lembra?
O Micky te encontrou na caída na mata, você tava sangrando, te levamos ate pro hospital.
Eu: Quando isso aconteceu?
Não me lembro de ter ido parar em hospital nenhum.
Rey: A duas noites.
Não deve estar se lembrando devido a medicação.
Não faça muita força em cima da perna.
Faça compressas de agua morna.
Memorias das ultimas duas noites vão voltar aos poucos.
Eu: Eu acabei de tomar um banho e você esta me dizendo que estou com a mesma roupa suja de terra a duas noites.
Não tinha ninguém naquele hospital capacitado a me dar um banho?
Rey: Hehe
Foi mal ai acabamos esquecendo de te dar um banho
Quando lembrei já estava em casa tomando o meu e o Micky já tava tão derrubado, estou surpreso dele ter conseguido dirigir de volta pra casa e ter te deixado na cama. Ele não pregou o olho desde que você sumiu
Deixa passar só dessa vez, plis
Eu: Dessa vez ate que vai né
Entendo que devem estar detonados.
vou comer alguma coisa estou morrendo de fome
Rey: Vai sim
Daqui a pouco nos falamos
Tchau Bunny Girl
Eu: Tchau Chapeleiro.
***Mensagens Com Rey Off
Micky: Dormiu bem?
Eu: Sim, e você?
Micky: Na pratica ainda estou dormindo, você deu o maior susto na gente sabia?
Eu: Sinto muito, pelo o que o Rey acaba de me contar, as ultimas duas noites não foram lá muito boas pra vocês.
Micky: Não me dá mais um susto daqueles viu.
Ele beija minha testa, como se quisesse ter certeza de que eu realmente estava ali.
Eu: Eu posso tentar mais não prometo nada.
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Trust Me
Teen FictionQuando eu tinha seis anos eu me perdi na mata atrás de casa, lembro-me como era frio e como parecia que ninguém nunca viria atrás de mim, lembro de quando sai e apareci de volta na estrada, lembro também daquela velha vã prata, lembro da voz dele, d...