Brincando De Amar

Confissão

        Capítulo 17_ Rafael.  

     “Sophia, Sophia, Sophia. Minha doce, doce, Sophia... não brinque comigo.”
    Repetia mentalmente observando seus finos lábios avermelhados.
   _ Não dou a mínima pra seja lá o que faça, então pare. - avisou fechando os olhos e sorrindo, se sentindo Vitóriosa, aposto.
Beijei-a.
   _ Você não sabe quando parar, não é mesmo, Rafael? - falou e abaixou a cabeça. - Eu sei que está brincando comigo...- falou com voz falha e rouca, senti uma pontada no peito - Sei que está brincando com meus sentimentos, que vai me descartar, sei que sou só um passatempo...pra você...- e outra, dessa vez, muito gélida - E sabe...ainda assim te amo...mesmo que não seja retribuída...- falou, agora chorando, meu peito apertou e me senti sufocar...antes que me desse conta havia a abraçado e ela estava entre mim, estávamos sentados do sofá e eu a abraçava de costas...
    _ Ra...Rafael? Está bem? - perguntou com voz falha.
   _ De onde tirou que não te amo? - ouvi uma voz parecida com a minha dizer... espere...fui eu.
   _ Se amasse, não brincaria comigo! - chorou.
   _ NÃO ESTOU BRINCANDO COM VOCÊ, SUA TONTA, SÓ NÃO SOU MATURO O SUFICIENTE PRA ASSUMIR UMA PORRA DE RELACIONAMENTO! - falei por impulso, gritei um pouco.
   _ Então espere ter um pouco de responsabilidade, depois venha falar comigo. - disse se soltando de mim, quando ia se levantar, puxo ela novamente e a abraço mais forte.
   _ Sophia, ENTENDA! Eu gosto! Gosto de ser imaturo com você, mas...mas... não sei! Eu só sei que eu gosto de brincar com você, mas ao mesmo tempo me sinto mal! Sophia, eu te amo, inferno! - falei sem notar...estou começando a me sentir um lixo.
   _ Rafael... só diga que me ama, se isso for verdade...seus jogos não tem graça. - falou pacífica, repousando em meu ombro.
   _ Eu estou falando a verdade, porra! - Sophia, eu amo você! Tenta entender isso. Por favor. - pedi calmo e apertei mais o abraço.
   _ Não sei se consigo acreditar em você...- falou lentamente.
   _ O que quer que eu faça pra que acredite? - perguntei e deitei-me com ela, ali mesmo.
   _ Está falando sério? - perguntou rindo...pela primeira vez ouvi um pouco de sua risada.
   _ Sim, faço qualquer coisa. - falei a virando para mim e a beijei calmo.
   _ Prove. Prove que me ama. - disse e se virou de costas.
Aquele sofá era grande e dava para se deitar...tava de boa.
“Provar?...?”
   Fiquei ali por um bom tempo.
Como se prova o amor?...Pensei em presentes, mas Sophia sabe que isso é fácil de eu dar a qualquer garota. Beijo? Também poderia fazer isso com qualquer garota. Levar pra sair.
Era isso. Eu ia levá-la pra sair, e o resto...ficava por conta do destino. Moleza.