Capítulo um, Sophia
Acordei cedo, levantei da cama aos pulos e tomei um banho morno, lavei meus longos cabelos azul escuro, que pintei com um toque degradê de azul turquesa, e desembaracei-os, sequei com o secador e os deixei anelar, como sempre.
Me vesti com uma camiseta vermelha e uma calça jeans azul escura justa com aquele estilo rasgado nas coxas e nas canelas, por cima de tudo um moletom masculino preto e um tanto largo. Faziam já três anos que eu morava sozinha, isso é, desde os dezesseis anos, agora estou com dezoito.
Peguei minha mochila com o notebook e os livros junto de todo os outros materiais e e joguei-a sobre um ombro.
Desci as escadas até a saída que dava de frente com a escada até meu quarto e abri a porta, ao sair,a tranquei e desci as escadas para chegar a sala no primeiro andar, ao chegar lá abri a porta da sala e dei de cara com um par de olhos verdes...inferno.
Rafael...esse garoto está sempre me procurando pra causar inferno na minha vida._ Bom dia, pra você também, Sophie. - falou como se tivéssemos alguma intimidade.
_ Talvez pra alguns de vocês, e então, oque vai ser hoje? Balde de água? Empurrão da escada até o centro da terra? - perguntei fazendo descaso do mesmo.
Tranquei a porta e virei a esquerda para prosseguir caminho até o colégio.
_ Não, está sem graça zoar você, por que você parou de reagir? - perguntou.
_ Não parei de reagir, por que eu nunca reagi. - comentei infeliz.
_ Isso mesmo nerdzinha. Mas eu já sabia que você me ama. - falou mudando de assunto.
_ Para minha agunia, mas fique feliz, por eu ser estúpida a ponto de gostar de você, tem diferentes formas de me humilhar e me colocar pra baixo. - falei e sorri irônica pra ele, virei em outra esquina a direita. O ser loiro me acompanhou.
_ Bom, apartir daqui você vai sozinha, não posso ser visto com você, boco! - insultou.
_ Eu nunca pedi pra me acompanhar. - falei pra mim mesma e pisei firme indo em direção ao colégio.
Ao chegar, vi o grupo infeliz de Rafael em um canto, a namorada insuportável dele, Anna loira, oxigênada, Serafina, Ruiva desnutrida, e Luan, o menino que não faz nada comigo.
Ignorei os infelizes e fui em direção a escada, onde Nathan, o cabeça de mestruação, me empurrou, propositalmente._ Fala, nerd. - disse descendo as escadas após me empurrar, ouvi o grupo de antas nordestinas gargalhar como se alguém tivesse morrido, por que, pra eles morte e engraçado, tenho quase 98% por cento de certeza.
"Desgraçado...” pensei comigo mesma e me levantei, fui em direção ao cabeça de absorvente usado e lhe chutei nas costas, fazendo o mesmo cair._ Inferno! - gritou e tentou me acertar um tapa no rosto, segurei sua mão e sorri irônica, cínica, descidi me divertir com o idiota.
_ Por que você fica se batendo? - falei o acertando com a própria mão, repeti o ato até ver seu rosto vermelho e inchado, tirando o fato de ele implorar pra parar.
_ Não se meta comigo de novo, Cabelo do curupira! - insultei, de forma errada, concordo, não deveria comparar um ser bom das florestas das lendas folcloricad brasileiras para me referir aquele ser desprezível.
_ Hmm...- resmungou e saiu de perto de mim, para sua sorte.
Continuei meu caminho até a sala de aula, quando iria subir as escadas, senti uma mão forte em meu pulso me puxar pra trás, me fazendo cair de bunda no chão, em uma poça d'água.
" Lá vamos nós...”
_ Eu não entendo, se ela pode se defender, por que não se defende do Rafael ? - perguntou Anna, com sua aguda, nojenta e insuportável voz asquerosa.
_ Oh sua loira oxigênada de farmácia, não entende que eu sou caidinha pelo seu namoradinho estúpido? - perguntei com ironia
_ Ah, é mesmo, você acha que algum dia vai ter chances contra mim para o Rafael... - disse se fingindo de esquecida
_ Bom, de qualquer forma, nós podemos fazer oque quisermos enquanto Rafael estiver por perto, assim ela não reagi...- deduziu Serafina._ Quem diria, a tola, cara de fuinha plastificada pra ser humano sabe pensar. - falei irônica, como sempre.
_ Do que foi que me chamou? - exclamou sem crença na ofensa que acabara de ouvir.
_ Além de tola, e cara de fuinha, ruiva desnutrida, cara plastificada, e surda! - aticei
_ Ora sua...! - tentou me dar um tapa no rosto mas alguém segurou sua mão e me levantou do chão.
_ Por que estão fazendo isso com a menina bonita? - perguntou uma voz masculina atrás de mim.
_ Bonita? Essa coisa? - perguntou Nathan que acabara de chagar.
_ Isso mesmo, cabeça de mestruação.- disse atrás de mim, senti seu sorriso.
" Curti esse aí..." Pensei me referindo ao chingamento que o garoto atrás de mim acabara de dizer. Me virei rapidamente para vê-lo, ver meu novo amigo, ou inimigo. Um garoto de cabelos castanhos escuros e olhos azuis pele morena, alto e com ombros largos sorria pra baixo, já que eu sou menor que um cogumelo._ Meu deus, o pobrezinho e cego... - disse Anna, com sua insuportável voz aguda - Você e novo, não é? - quis saber a loira nojenta.
_ Respondo você, eu vou ficar aqui por uns meses. - disse, lá se foi minha alegria, o meu, talvez, novo parceiro não ficaria.
_ Que pena, poderíamos lhe ensinar o que é uma garota bonita - disse Anna, passando a mão pela lateral de seu corpo da cintura até a coxa - e uma garota feia... - apontou pra mim com sua garra de bruxa que ousa chamar de unha, de cima a baixo, oferecendo-se para um garoto qualquer, como sempre.
_ Você tá um pouquinho surda né garota? - disse o garoto - Bom, meu nome é Alexy, menina bonita. - falou e estendeu a mão para mim.
_ Sophia. - comprimentei com um sorriso.
_ Como pode preferir a ... ISSO - apontou para mim como se eu fosse um queijo velho - do que a MIM? - apontou para si mesma como se fosse a entrada, o prato principal e a sobremesa.
_ Bom...- sorriu e me olhou - ISSO - tocou meu queixo com a ponta dos dedos e levantou meu rosto para que os imbecis me encarassem - e uma garota bonita, que parece ser bem mais...TUDO, do que você. - falou e bagunçou meus cabelos.
_ Mas - Rafael finalmente entra na conversa - ela é nojenta, uma nerd ridícula. - falou como se sentisse repulsa de mim. Novidade.
_ Meu deus, você é surdo? Ela não é ridícula, é maravilhosa, cara, você deve ser Biba. - falou o garoto, não evitei um sorriso. Rafael riu dois "hás" , irônicos.
_ Eu tenho namorada, engraçadinho. - falou e me olhou como se dissesse , " dispense-o" , eu gostei daquele olhar.
_ Então vai lá cuidar da sua namorada, e deixa a gente em paz. - falou Alexy.
Rafael foi ao encontro dos amigos antas e nos deixou quietos.
_ Obrigada, Alexy. - falei e lhe dei um abraço, como se o conhecesse a anos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brincando De Amar
RomanceSophia é Rafael participam de um jogo não tão assumido entre si. Na verdade, essa é a lógica da garota, decidiu que o que os dois tinham era um jogo. Isso mesmo, era. Após a chegada de Alexy, Rafael percebe que pode sim ficar pra trás, e decide acab...