Capítulo 16 - Open music parte 2

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Juliana - Narrando

- Como está a Roller Band? – Subo no palco onde a banda estava se preparando. Eles estavam lindos, pareciam uma verdadeira banda anos 80.

- Quase prontos para a abertura. – Nico falou afinando o baixo.

- Quando estiverem prontos me avisem, já está quase na hora.

- Ok Juliana, só precisamos de mais alguns minutos.

- Outra coisa, fiquem de olho nos clientes, são prioridade.

- Entendido. – Simon falou. – Falando nisso você está linda Juliana.

- Está mesmo. - Nico e Pedro falaram juntos.

- Obrigada meninos. Fico muito grata por estarem aqui, gosto de tê-los no Roller, trabalhando, tocando, se divertindo, me faz feliz vê-los felizes. Gosto muito de vocês meninos e quero que arrasem neste Open, entendidos.

- Sim senhora. – Pedro brincou. Mesmo sendo o mais velho ainda tinha espirito jovem, acho lindo isso neles.

- Abraço em grupo? – Simon sugeriu e todos nos abraçamos. Senti uma energia forte que me fez não tirar o sorriso do rosto, estava completamente radiante, feliz, quase completa.

Olhei no backstage, as meninas estavam se arrumando e organizando para se apresentar no Open. Dei uma palavra de incentivo, e tentei diminuir o nervosismo delas, mas meio que não funcionou. Lembro de cantar quando tinha a idade delas. Último ano da escola, cheia de planos futuros e ideias, estudos e mais estudos para conseguir entrar em uma boa faculdade, além disso tinha a patinação, mas cantar me fazia relaxar e desestressar de tudo o que estava passando, inclusive final de namoro. Faz tanto tempo que não canto em um lugar que não seja o meu apartamento que entendo o motivo das meninas de ficarem um pouco nervosas.

Conversei com alguns clientes, verifiquei os pedidos, tudo impecável. Estava tudo perfeito, até de mais eu acho, pois tinha um defeito que fazia um tempo que não encontrava, Gary Lopez. Onde será que ele está?

Fiquei até que muito tempo sem pensar nele e no que planejara, tinha medo do que pudesse fazer, aliais é meu "chefe" digamos assim, é um dos sócios. Sei o quanto quer mudar este lugar, então sinto que está planejando algo. Mas chega de pensar nisso, estou radiante, linda, cheia energia, pronta para curtir este Open.

Vejo uma sombra passar pelo corredor onde dava para a pista e armários. Era estranho pois ambas as partes estavam fechadas, o Open só seria na cafeteria, porque teria algum neste lugar. Caminho devagar no corredor indo para os armários. Ouço só o barulho do meu salto, mas acredito que tem alguém por ali. Dou a volta nos armários até que descubro quem estava se "escondendo".

Um sorriso aparece no meu rosto involuntariamente, isso porque a cena que eu vi me deixou com emoções confusas. Lá estava Gary, encostado no armário com um dos pés no armário também, a mão em um dos bolsos da calça, a outra levantou e tirou os óculos escuros enquanto ele mexia a cabeça devagar, parecia um mocinho de cinema dos anos 80, era como se tivesse saído de um filme.

- Como vai Juliana.

- Bem. – Respondi voltando ao normal. – O que faz aqui?

- Primeiramente estava pensando, refletindo um pouco. Tem bastante gente lá fora. – Fez uma pausa enquanto se ajeitava desencostando do armário colocando o pé no chão. – E também porque este lugar tem uma história bonita que eu gosto de lembrar.

- Estava pensando, então quer dizer que talvez o Roller ainda sobreviva. – Sorri tentando acreditar que seus planos estavam mudando.

- Não, ainda não, como eu disse só estava pensando. Parece que aqui é um ponto de encontro entre muitas pessoas, seja no meio profissional ou social, estudantes, amigos e até casais. Pelo visto este lugar é marcante para muitas pessoas.

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