Capítulo 28 - Pré encontro versão Juliana - Que roupa usar?

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Juliana – Narrando

A cortina da janela balançava com o brisa da manhã ensolarada. A janela tinha ficado aberta pois havia adormecido sem perceber na noite anterior, o livro que estava lendo ainda estava aberto e jogado na minha cama. Olhei para o relógio e vi que já era nove horas da manhã, se fosse dia de semana ficaria doida já que seria muito tarde, mas como era domingo decidi relaxar.

Abri a caixa de cereal e coloquei um pouco no pote despejando o resto do leite que estava na geladeira. Peguei e caminhei até a janela do meu quarto, sentei na cadeira e de lá observei a cidade se movimentar. Meu apartamento ficava no quinto andar, o que dava para uma vista bem bonita do parque e até dava para observar o Roller de longe.

Meditei um pouco de depois peguei meu celular, respondi mensagens, liguei para meus pais que estavam no Brasil provavelmente já de férias, olhei minhas redes sociais e respondi e-mails. Já era dez horas quando tirei o pijama e fui para debaixo do chuveiro.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo senti meu coração se acelerar por um momento, fiquei nervosa e ansiosa ao mesmo tempo, fechei os olhos e a imagem do Gary logo apareceu. Assustada abri meus olhos e recordei do encontro de hoje a noite, meus lábios se moveram formando um sorriso involuntário no meu rosto.

Percebi que estava com todos estes sentimentos porque gostava de estar com Gary, ansiava por conhece-lo mais, queria estar por perto. O problema é que homens são de um jeito no começo, fingem algo e depois suas mascaras caem e se mostram um grande cafajeste. Tenho medo do Gary ser assim, dele machucar meu coração que por muito tempo ficou rancoroso, por isso vou com calma, mas sem medo, só não posso deixar meu coração dominar a minha razão.

Coloquei o roupão e penteei meu cabelo. Meu celular começa a tocar e vejo que tenho uma amiga muito ansiosa para saber sobre o que aconteceu. Era Ana, com certeza iria me fazer milhões de perguntas, queria todos os detalhes da tarde anterior depois do evento quando eu e Gary estávamos sozinhos.

- Oi Ana, tudo bem? – Atendi a chamada do telefone enquanto escolhia a roupa que iria usar.

- Bom dia Juliana, eu estou ótima, e você? – Sua animação estava muito açucarada para o meu gosto.

- Estou bem. Aconteceu alguma coisa que eu não sei, está animadinha de mais. – Dei uma risada assim como ela do outro dado do telefone.

- Muitas coisas aconteceram amiga. Acredita que o Ricardo me levou para tomar sorvete, tá não é tão anormal, mas você sabe que faz um bom tempo que não vou a uma sorveteria. O legal é que ele foi todo educado e gentil, mas muito atrapalhado. – Ela suspirou. – Quase derrubou um copo de água e sujou a minha blusa com o sorvete que estava tomando, acredite. Mas o fato estranho é que depois foi tentar limpar e mesmo eu dizendo que limpava sozinha ele pegou o guardanapo e passou na minha blusa onde estava sujo, bem no meu peito, foi aí que tivemos um momento constrangedor. Quando percebeu olhou para mim que já estava paralisada e terminou de limpar rapidamente.

- Que fofos, vejo que tem um romance no ar. O Ricardo deve estar voltando a gostar de você. – Abri a gaveta procurando uma blusa branca que queria usar. - Mas e aí o que aconteceu depois?

- Sei que conhece pouco o Ricardo, mas ele fez o de sempre, ficou nervoso e quase causou outros acidentes. Fomos embora logo em seguida, deixamos a Nina no Roller e ele me deixou em casa. Quase não falamos, mas percebi que ele me olhava. Será que estou gostando dele?

- Claro que está Ana, e pelo visto ele também. Não me lembro porque terminaram.

- A Nina já era grandinha, tinha doze anos quando nos separamos. Brigávamos demais e éramos pessoas muito diferentes, não dava certo. Ele era muito irresponsável e imaturo, uma criança de tudo, além disso era um porco, cada coisa que ele fazia Juliana que não gosto nem de lembrar. Acho que estou confusa demais, não devo estar gostando dele.

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