Odeio te amar

Capítulo 6 - Uma conversa sobre o Open Music

Juliana - narrando

Já no Roller pela manhã organizo as planilhas e confiro o estoque. Além disso teríamos em breve o Open Music, um evento onde os clientes se inscrevem são escolhidos para cantar e dançar aqui mesmo. É bem um "ritual", todos os semestres fazemos este evento onde qualquer um pode participar, é o dia que o Jam&Roller fica mais cheio e temos mais lucros.

Ouço a porta abrir e saindo da cozinha vou para a lanchonete. Os meninos haviam chegado, todos animados, felizes com a vida. Com toda a energia deles me animo um pouco.

- Bom dia meninos, como estão. – Falei antes que eles me notassem.

- Olá Juliana, como está? – Nico falou subindo no palco.

- Estamos muito bem. – Simon completou.

- Posso saber o motivo todo desta felicidade? – Perguntei curiosa.

- Em breve vai descobrir. – Pedro falou animado mantendo o mistério.

- Bom, não querem me contar. Espero que seja coisa boa, não quero vocês se metendo em encrenca.

- Não é nada disso Juliana, apenas não podemos contar. – Nico falou agora descendo as cadeiras da mesa.

- É algo bom, eu garanto. Além disso vai ajudar o Roller. – Ao sair aquelas palavras da boca do Simon meu coração parou por um segundo, o que será que poderia ser, já nem sei mais qual será o futuro do Roller, não quero acabar com o sonho dos meninos.

- Bom, vamos ao trabalho. – Sorri meio sem graça tentando não parecer tensa, e voltei para o escritório.

Olho as cartas recebidas e em meio a tantas cobranças e pedidos, uma me deixa curiosa.

Convidamos o Jam&Roller para comparecer ao mais espetacular evento de patinação artística de Buenos Ires, o Festival Sobre Rodas.

Acontecerão muitas apresentações e uma delas está convocada a vocês. Esperam que participam, além disso teremos um prêmio para a melhor apresentação.

Continuei a ler a carta que falava sobre este tal festival Sobre Rodas, observando o dia da apresentação, regras, considerações. Era uma boa noticia serem escolhidos para um festival de patinação da cidade, isso mostra que nosso trabalho está sendo recompensado.

Fiquei tanto tempo respondendo e-mails, convocando materiais para os próximos eventos e lendo cartas, que nem me dei conta que já era quase hora do almoço.

Depois de descansar comecei a planejar os projetos para a patinação, buscar ideias e novas técnicas para se destacar era o meu objetivo no momento. Ouço uma conversa animada entrando na lanchonete e logo reparo que é a equipe e grupinho de amigos que chegavam.

- Olá meninos e meninas. – Falo acenando para eles.

- Oi Juliana tudo bem? – Luna falou animadamente se sentando na cadeira vazia a minha frente.

- Alguma novidade sobre o Open deste ano? – Yam, a menina loira e fofa perguntou.

- Sim tenho, mas acalmem-se vou contar tudo.

Esperei todos se sentarem e comecei falando do Open. Em breve as inscrições seriam abertas e qualquer um poderia se inscrever, mas este ano seria diferente, teria um tema, ainda não escolhido.

- O que acha do tema ser terror. – Mattew falou brincando fingindo ser um monstro.

- Nada ver mauricinho, nem todo mundo aqui curte isso. – Nina falou um pouco constrangida.

- Pode ser praia, seria legal e divertido. – Luna sugeriu.

- Não, nada a ver com Buenos Ires. – Jim falou e depois também sugeriu. – Que tal o futuro, cheio de coisas futuristas?

- Creio que não ficaria tão bom. – Ramiro comentou. – Pode ser sobre estilo de danças, hip hop, dança de rua...

- Não, esta seria uma boa ideia para um baile na pista, para o Open tem que ser algo mais simples. – Comentei e todos concordaram. – Que tal o tema ser anos 80?

- Seria legal pois tem muitas roupas legais desta época. – Yam ficou animada.

- Além disso Yam tenho coreografias muito incríveis. – Jim falou.

- E muita música boa. – Mattew completou.

- Acho Juliana que esta é o melhor tema. – Nina falou.

- Tambem concordo, acho que vai ficar incrível. Assim que o site estiver atualizado aviso vocês, e quero todos ajudando a divulgar. Este vai ser o melhor dos Opens.

Faltava pouco tempo para a competição no México e a nossa equipe precisava treinar bastante, além disso tinha o festival do qual fomos convidados. Todos ficaram animados, mas também sabiam que isso daria um trabalhinho a mais.

A conversa estava tão boa que nem percebi quando o homem loiro alto chega e se acomoda na bancada e me observava todo animado. Ainda não havia contado nada para os meninos e vê-lo ali me assustou um pouco. Me afastei deles tentando não parecer nervosa e me aproximei do Gary.

Seja o que for que está por vir, farei de tudo para manter este lugar assim, cheio de vida e felicidade. Nada poderá deter o Jam&Roller.