8. who is the killer?

790 108 296
                                    


Ponto de vista: Justin Bieber, Nova York - Queens.

Se eu pudesse pedir apenas um desejo, eu pediria que Phil aparecesse aqui, seja em qual forma for, e resolvesse a grande bagunça que criei nessa hierarquia – se é, que posso chamá-la dessa forma, pois há tudo, menos ordem. Bob estava sentado na cadeira à minha frente, ele segurava seu queixo enquanto balançava sua cabeça em descrença.

- Não pode mantê-la aqui – ele finalmente murmurou.

- Eu não tenho outra escolha – suspirei, perdendo a mera paciência, a qual não tenho.

- E se a garota descobrir? E se ela te dedurar para o Washington? – Bob arqueou as sobrancelhas.

- Nós deletamos ela – falei e ele entendeu o que eu quis dizer, fazendo-o arregalar seus olhos escuros.

- Eu não te culpo pela péssima criação de Phillip – ele cuspiu as palavras na minha cara, em contragosto.

- Não fale a porra do nome dele! – ergui meu dedo indicador na frente do rosto de Bob, que automaticamente segurou minha mão.

- Abaixe o tom de voz, garoto – sua voz era calma, para minha a estranheza.

Garoto. Ele literalmente me chamou de garoto. Meus olhos flamejavam agora.

- Ele não me criou para ser uma mera vítima do mundo, me criou para ser um soldado – falei com presunção, ajeitando-me na minha poltrona.

- Para ser um sádico – completou, bufando logo após - Uma semana – Bob falou, ao levantar-se – Uma semana para resolver essa merda.

Ri desacreditado.

- Eu sou seu chefe, decido quando resolvo – abri um sorriso sarcástico.

- Eu sei, "senhor" – ele fez aspas com as dedos – Mas eu já estava nesse ramo, quando você ainda cagava nas suas fraldas.

Cerrei meu dentes.

Ele e os moleques, eram os únicos quais tinham a permissão para me chamar pelo nome, ou me criticar e até, me julgar. Eu não aceitava isso, vindo de qualquer outra pessoa. Era irônico o fato de eu ser o chefe do Bob e, mesmo assim, não tomar decisões antes de consultá-lo. Aliás, o homem fora a única figura paterna que me restara, e eu o respeitava muito por isso. Dei um último gole no álcool ácido no meu copo, minha garganta ardeu instantaneamente. Eu nunca bebi tanto, quanto nessas últimas semanas.
Desci as escadas com a visão turva, mas logo voltaram ao normal, parei no penúltimo degrau ao me deparar com Jasmine, petrificada na minha frente como uma moldura de estátua.

- Te achei – ela abriu um sorriso.

Abri a boca para dizer algo, mas logo a fechei quando a vi desfilar em minha direção, seus cachos – que agora maiores, balançavam da mesma forma. O seu cheiro adocicado davam-me um murro no estômago, assim como faziam-me ter más lembranças, embora seu sorriso me fizesse lembrar das boas.

- O que você quer? – me recompus, caminhando em direção ao balcão de drinques.

- Que pare de me tratar assim – ela falou da forma mais inocente, como se realmente fosse.

Wild FlowerOnde histórias criam vida. Descubra agora