POV Lara
Acordei com o bom humor de sempre, mas dessa vez com o rosto envergonhado.
Nunca pensei que faríamos o quase fizemos. Também não esperava que Julia já fosse avançar para fazer sexo, e eu lá esperaria isso? Isso não justifica de eu ter recuado, ou até mesmo me excitado demais, e namoradas fazem isso, não fazem?
A noite passada foi algo que eu jamais esqueceria. Agora, em minha casa, não sabia se eu ligava para Julia ou apenas deixava quieto. Mas que merda, como eu não consigo decidir algo simples? Eu tinha que conversar com ela, mas eu simplesmente não conseguia.
Sai para caminhar, me soltar um pouco. Correr é uma das coisas que me faz pensar.
Mas o assunto principal da minha mente é: Julia. Por mais que ela queira passar o tempo comigo, de falar que me ama e tudo o mais, sinto que ela não se abria. Um pouco misteriosa, e não fala muito sobre o passado, apenas as coisas boas do nosso relacionamento antigo. Mas, coisa como brigas ou discussão ela nunca me disse nada disso.
Acho meio impossível que não teve pelo menos uma discussão, por menor que seja ela, entre nós. Todo casal passa por alguma discussão séria, mas porque ela não me conta sobre isso? Eu sei que é legal esquecer esse tipo de coisa, mas eu preciso saber. Assim nunca vou conseguir me aproximar de Julia direito.
Meu celular acabou tocando, e me assustei quando vi o nome "Amor" (Julia, é claro) no visor.
- Oi Julia – eu disse. Minha voz estava tímida demais.
- Oi querida – disse Julia. Como ela podia se sentir tão normal depois daquela noite? – Mais tarde vamos para nossa casa, então esteja pronta.
- Nossa casa? – perguntei. Que casa?
- Minha, querida – disse Julia – Só falo "nossa" pra facilitar. Mas esteja pronta até ás sete. Tchau, te amo.
Ela desligou antes que eu pudesse perguntar algo. Fazer o que na casa dela? Senti arrepios, pensando no que ela iria fazer. Percebi que fiz papel de boba também, não sabendo que casa ela quis dizer.
Bom, tudo o que eu pude fazer era esperar. Chegando no final da tarde, Júlia veio me buscar.
No fim da tarde, Júlia veio me buscar. Aquela camionete velha era bem reconhecível. Saí de casa e fui ao encontro dela.
- Oi — eu disse, entrando no carro. Não era nada romântico, eu sei; mas falar "oi querida" seria meio difícil, depois do que aconteceu noite passada.
- Oi, minha querida! — Júlia disse, e meu deu um beijo de saudades. Com ela, nada era estranho. Desejava ter essa coragem.
- Júlia, eu... Sobre ontem... — não sabia como abortar e me desculpar. Porém, Júlia não se importou.
- Esquece sobre isso — disse Júlia, passando o braço sobre meus ombros — Eu que fui apressada demais. Vamos esquecer sobre isso e, quando for a hora, nós iremos saber o que fazer. Ok?
Sorri, e dei um beijo nela. Ela deu a partida no carro, e nós fomos até a casa dela. Lá, Dina e Camila nos esperavam. Na sala; havia papéis, um gravador e blocos de notas. O que era aquilo?
Percebi que Camila estava com uma expressão um pouco mais séria que o normal, principalmente para Júlia. Elas tiveram algum tipo de briga?
- Lara! — quando me viu, Dina já foi me abraçando.
- Oi Dina — eu disse. Também abracei Camila, e ela meio que abraçou um pouco forte — Então, o que nós faremos aqui?
- Uma entrevista — disse Camila, sendo direta. Não entendi muito bem.
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Amando Novamente
RomanceLara Rodrigues acorda em um hospital, depois de ficar um tempo em coma. Havia sofrido um acidente de carro, e não se lembrava de nada dos últimos seis meses. Quando acordou, seu irmão, Rafael Rodrigues, disse para ela que perdera muita coisa do seu...