Capítulo 8

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Mas dependendo do que ela vai dizer, podemos ter certeza que muita coisa vai mudar em nossas vidas =}.

                   -Bárbara-

Acabamos de almoçar e saímos do restaurante.

- Para onde vamos? - Brena.

- Um lugar que estou acostumada a ir quase sempre. - Disse dando um sorriso.

- Ah, deixa eu adivinhar.É em um parquinho de crianças? - Falou ela em tom de deboche.

- Tu não tá debochando da minha cara não né Brena, acho bom você parar com essas gracinhas. - Digo tentando ser séria.

- Tá bom, já parei. - Disse ela revirando os olhos. Pera, ela revirou os olhos, essa mania é minha gente, essa menina é louca mesmo.

- Obrigada querida. - Digo irônica. - Vamos andando ou prefere que eu ligue pro motorista? - Pergunto pegando o celular do bolso. Ela olhou pra "mochila" e me olhou de volta.

- Olha, eu não posso andar muito. - Disse ela com a voz meia triste. - Se eu andar muito eu começo a ter complicações maiores para respirar, mas se não for muito longe podemos ir andando, eu me esforço. - Disse abrindo um sorriso.

- É melhor eu ligar mesmo, não quero ter problemas maiores. Ligo pra Léo e ele logo atende. - Ele já está chegando. - Digo.

- Ok.

E ficou um silêncio no ar até que Brena decidiu quebrar.

- Você tem algum namorado ou algo do tipo? - Disse me encarando.

- Não. - Digo óbvia.

- Mora sozinha? - Brena.

- Estamos no interrogatório meu povo? Sim eu moro sozinha, pra que tantas perguntas? - Pergunto incrédula.

- Ah sim, é que eu queria confirmar, pois saber eu já sabia. - Diz ela gargalhando.

- Haha, morri de rir. - Digo revirando os olhos.

                            (...)

Logo Léo chegou e nos levou até o parquinho. Conpramos casquinha de baunilha no carrinho de sorvete e fomos nos sentar num banco qualquer.

- Vamos começar. - Disse eu querendo saber a suposta história.

- Tá, por onde eu começo. - Disse ela se virando para mim.

- Eu acho que você deveria começar do começo, só acho e outra encurta a história por favor. - Digo a apressando.

- Nossa meu anjo, vai pegar o bonde das 12:00? Sinto informar que já passou =[.

- Não vou nem te responder nada não, a próxima resposta vai ser a altura do teu ataque dona Brena.

- Uiui, 'ti meda'. Vamos lá, você pediu pra encurtar então eu vou deixar bem encurtado. Logo quando eu nasci a mamãe morreu no meu parto, aos dez anos o papai descobriu um câncer e como ele tinha condições ele correu todo o mundo procurando a cura, pois era um câncer raríssimo. No meu aniversário de 13 anos ele morreu, logo quando acordei vi todos os empregados correndo pela casa, e com vários homens de branco pra lá e pra cá. E meu queixo já estava caído no chão enquanto ela contava essa história, o que aconteceu que só me disseram agora. - Você deve estar se perguntando por qual motivo só agora que você foi saber e ainda não foi a verdade que lhe disseram, mas isso só aconteceu pelo motivo de que no início do ano os empregados acharam uma carta deixada pelo papai onde dizia que eu tinha uma irmã e que era pra mim te procurar e pedir perdão por ele, pois ele queria te poupar do sofrimento. - Disse ela com lágrimas nos olhos.

- Assim que vocês queriam me poupar de sofrimento, nossa. - Falo segurando as lágrimas, odeio chorar na frente das pessoas, mas ás vezes os fortes vacilam. - E essa sua mochila com esse tudo aí é pra que? Vai dizer que está morrendo é? - Digo descontrolada e percebo que disse mais do que deveria.

- É. - Disse ela abaixando a cabeça. - Acabei de descobrir que estou com um tipo de câncer cujo ainda não descobriram o que é, e eu só tenho uns sete meses quando soube que tinha uma irmã desejei que fosse uma das últimas coisas para fazer. - Disse ela e eu me arrependo de tudo que eu falei, que bosta eu sempre estrago tudo.

- Me desculpe Brena. Eu, eu falei sem pensar, me desculpe por favor. - Disse tentando apaziguar a situação.

- Tudo bem. Não se culpe. - Disse ela abrindo um sorriso. - Não quero que tenhamos momentos tristes, se não eu teria ficado e morrido lá no México mesmo, eu vim pra curtir contigo irmã, vamos curtir nesses meses. - Disse ela me dando um tapa no ombro.

- Só bora maninha. - Digo a abraçando. - Você vai sair dessa, vamos encontrar algo, você não vai morrer daqui alguns meses não. Mas tenha certeza de uma coisa, conte comigo para o que for preciso.

- Juntas até depois do fim ^-^. - Brena.

- Vou ligar pra Léo vim buscar a gente. - Digo pegando o celular.

- Sei que sua casa é daqui duas esquinas, vamos andando quero saber se você tem vizinhos bonitos. - Disse dando um sorriso de lado.

- Não quero me gabar não em Brena, mas chegou dois meninos aí, que são uns...

- Não termine, eu preciso ver isso com meus próprios olhos. -Brena.

E lá fomos, andando mesmo, pois a teimosa da Brena não mE deixou ligar pro Léo vim nos buscar.

- Pera aí Babi. - Disse Brena parando de andar.

- O que foi? - Olho e vejo que ela está com dificuldade para respirar bem. - Viu sua teimosa eu falei pra ligarmos pro Léo buscar a gente.

- Eu, eu consigo Babi. - Brena.

- Ok, já chegamos é aqui. - Digo apontando para minha casa. E logo vejo que Thiago e Lucas estão saindo, parece que é pra caminhar.

- Eles são os vizinhos? - Gritou Brena me deixando sem reação.

- Eu vou te matar. - Digo entre os dentes. Vejo que os dois estão gargalhando da situação. Puxo Brena e entro correndo para dentro de casa. Eu vou pegar essa garota é agora mesmo...

Pulsar do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora