- Bárbara
Quatro semanas depois...
Quatro semanas se passaram e nada mais da Brena, todos os dias eu, Thiago e Lucas vamos lá, mas nunca temos resultado nenhum. Depois daquele aperto na mão de Thiago, as nossas esperanças se reacenderam, mas não tivemos muitas felicidades com isso.
O Caio está bem próximo, ele me parece ser uma boa pessoa. Se bem que o Thiago e o Lucas não gostam nenhum um pouco dele, já até me disseram que ele não é o que parece, posso com um negócio desses? Claro que não.
Agora se tem uma coisa que muito está me intrigando foi o meu sonho. Por que o Caio me diria que não era o que eu estava pensando? Por que eu não daria ouvidos para o que o Thiago estaria tentando me falar?
- Babi? - Diz Caio me tirando de meus pensamentos. - Estou te chamando faz tempo, no que você tanto pensa?
- Não, nada. - Digo dando uma garfada na minha comida. Aliás de vez em quando ele vem almoçar comigo, ás vezes ele não vem pois diz que tem algum compromisso ou algo do tipo.
- Eu vou te perguntar uma coisa. - pausa. - Peço que você seja bem sincera. O que você acha de um eu e você?
- Inexistente. - Digo e logo me arrependo.
- Caramba! Sério mesmo? - Caio.
- Foi a primeira palavra que veio em minha mente. - Digo arrependida do que disse, por causa da cara que ele fez.
- Mas você acha isso? - Pergunta ele se aproximando.
- Meio que sim. - Digo me afastando um pouco.
- O que você acha de tentarmos?
- Uma péssima ideia. - pausa. - Tá, eu vou te dizer uma coisa. Eu tenho medo.
- Medo do que? - Pergunta ele com uma expressão confusa.
- De me machucar mais, de te machucar.
- Eu prometo que ninguém irá se machucar.
- Você quer tentar, é isso?
- Sim; eu quero. O que você acha?
- Meio estranho. - Digo fazendo uma careta. - Mas podemos tentar, talvez consigamos algo, não acha?
- É isto. - Diz ele sorrindo.
- Bom... - Sou interrompida pelo toque de celular dele.
Oi. - Caio.
....
Tá, eu já disse que já vou.
....
Pode ser na sua casa.
....
Até.- Preciso ir. - Diz ele depositando um beijo em minha testa. - Até amanhã.
- Mas não acabamos de conversar. - Digo me levantando.
- An, terminamos amanhã então. - Diz Caio saindo apressadamente.
- Ok né. - Falo sozinha pois a Maria tinha saído para fazer compras.
Subo para meu quarto, tomo um banho e faço minhas higienes e resolvo ir no parquinho, afinal, faz muito tempo que eu não vou lá.
Visto uma jardineira com uma blusa qualquer e um tênis branco, pego meu dinheiro e meu celular e coloco no bolso.
Chego na pracinha e me sento no mesmo banco de sempre. Um banco que tem uma visão completa da pracinha, ou seja, consigo ver todas as crianças, em todos os brinquedos. Olho para o escorrega e vejo uma criança brincando toda sorridente, até que ela cai, levei um susto e por impulso eu quase me levantei, mas como sabia que não poderia ajudar em nada, voltei a me sentar. E de longe continuei observando ela, pensei que ela ia levantar e chorar, mas tive uma surpresa, ela levantou e saiu rindo. Meu Deus, ela está rindo do baita tombo que ela levou. Um pouco mais atrás vi a mãe da criança, correndo como se aquele ali fosse o troféu da vida dela. Pera, é isso, a criança era sim um troféu para ela...
- Bárbara? - XXX.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pulsar do coração
Teen FictionÁs vezes, quando estamos no fundo mais profundo de um poço emocional e social, a vida resolve nos ajudar. Talvez enviando pessoas para nos socorrerem, ou até mesmo, enviando pessoas para que nós possamos socorrer. Uma história com mistura de romance...