- Adeus! - Digo e acelero meus passos.
- Bárbara
É sempre assim, quando as coisas estão se saindo bem, algo vem. Enquanto anda pelas ruas da cidade, ouço som de trovadas.
- Como se não bastasse tudo isso, agora ainda vai chover. Eu mereço. - Digo para mim mesma.
- Boa noite minha jovem. - Diz uma senhora assim que passa por mim. - Uma boa chuva vem ai e essa vai ser das fortes.
- Boa. - Digo sem o menor ânimo. - Como assim boa chuva? Pode te deixar com um sério resfriado.
- Não tem resfriado não minha menina. Hoje eu me preparei para dançar na chuva.
- Dançar!? Na chuva? A senhora não pode estar bem. Isso é um risco, pode deixar a senhora com um resfriado sério. - Digo preocupada.
- Pelo contrário, estou mais que bem, você é que não parece estar, dançar na chuva é vida. - Diz ela entusiasmada. - A vida é um contrato de riscos menina.
- Eu estou bem sim. - Digo esbanjando um sorriso. - O que a senhora sente quando dança na chuva? Você fala com um amor tão grande, que parece ser bom.
- É como se lavasse a alma. É como se tirasse um peso das costas. É uma coisa inexplicável.
- Diz ela sorrindo. - Você nunca dançou na chuva?- Não!
- Meu Deus. - Diz ela como se estivesse assustada. - Eu li em um certo lugar que antes de morrer devemos fazer várias coisas, como assistir o pôr do Sol pelo menos uma vez, colecionar algo que gostamose dentre outros. Mas principalmente acho que todos deveríamos fazer quatro coisas.
- A senhora já as fez?
- Todas não. E são elas, crie memórias, dance na chuva, faça sua própria música e todos os dias, traga alegria para as pessoas.
- Já falhei miseravelmente em relação a última.
- Claro que não. Muitas pessoas são felizes em somente ter te conhecido, e essa quantidade é contando comigo.
- Aah, obrigada. Qual o seu nome?
- Sônia. E o seu?
- Bárbara, mas pode me chamar de Babi. É nova por aqui?
- Sim sim. Vim de São Paulo, gosto de conhecer novos lugares e dessa vez opitei pelo Rio de Janeiro.
- Que bom. - Digo e ouço passos de alguém se aproximando.
- Bárbara? Está tarde, e vai chover, eu te dou carona, mesmo você não querendo falar comigo. - Reconheço a voz de Thiago.
- Não. - Digo mas sou interrompida pelo som de um trovão e logo após uma maravilhosa chuva cai. - Eu não vou embora agora, e acho que você não vai querer me deixar entrar no seu carro.
- E porque não?
- Hoje é dia de lavar a alma Thiago.
- An?
- Vamos dançar na chuva...
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Pulsar do coração
Teen FictionÁs vezes, quando estamos no fundo mais profundo de um poço emocional e social, a vida resolve nos ajudar. Talvez enviando pessoas para nos socorrerem, ou até mesmo, enviando pessoas para que nós possamos socorrer. Uma história com mistura de romance...