Now I Know Why He Loved You - FANFIC

[19] did he look happy?

LEIAM AS NOTAS FINAIS PFF //
- b o a   l e i t u r a -

Quando desisti de esperar por qualquer resposta de Taehyung àquilo que lhe enviara já passava da meia-noite.

Ele não iria responder. Do que estava eu á espera? Que umas simples palavras de desespero e determinação fossem mudar qualquer que fosse o motivo que o levasse a fugir?

Sinceramente, tinha chegado a um ponto em que já nem me compreendia a mim próprio. Tudo, literalmente tudo, parecia ter perdido qualquer simplicidade, era como se tivesse acordado para uma realidade em que as coisas eram incrivelmente mais reais e intensas mas igualmente duras, ou pior.

E se em momentos tinha a determinação de mover montanhas para chegar até a uma verdade que nem tinha a certeza de querer ouvir, noutros toda essa vontade e garra se esvaía como areia ao vento. Afinal de contas, ele havia me traído. Será que valia mesmo a pena?

Não, não, não. Não podia sequer questionar isso. Era cruel demais. Não era eu, era a dor a falar. Como podia pôr a hipotese de desistir de lutar? Seria desistir de Jimin. O meu Jimin. O único ser que alguma vez me percebeu e apoiou, embora eu não retribuisse. Apesar de tudo, ele esteve lá, ele sentiu a dor que lhe causei e não foi embora. De pessoas assim não se desiste, pois elas não desaparecem, mesmo mortas ou esquecidas pelo mundo, não desaparecem nunca.

Jimin merecia tudo mas eu não lhe dei, condenar-me-ei eternamente por isso, e era exatamente por esse motivo que não podia sequer cogitar por segundos a ideia de desistir.

Passei as mãos pelo rosto, frustrado com todos os pesamentos confusos que me invadiam, e decidi que no dia seguinte iria continuar a minha busca por Taehyung, embora ainda tivesse medo de voltar a perder a coragem.

Então, desmotivado e cansado, como sempre, fui dormir.

No outro dia, acordei tarde e, mais uma vez, vazio.

Encarei o teto depois de me largar deitado no sofá da sala. A minha mente viajava e as memórias voltavam de novo, e quando dei por mim estava há uns meses atrás, no tempo em que eu ainda acreditava estar tudo bem.

— Amor? — Jimin havia chamado. Desviei o olhar dos documentos que analisava e encarei a figura baixinha que se aproximava da mesa da cozinha em que me sentava.

— Sim? — respondi sereno, com a cabeça a latejar do cansaço. Ele chegou perto de mim, com uma expressão manhosa e o seu pijama branco. Descalço e sem maquiagem. Cabelos levemente despenteados. Angelical.

— Ainda não acabaste por hoje? — ele questionou. Os seus olhinhos brilhavam em espectativa, porém, eu suspirei, virando-me de lado para o encarar melhor.

— Não. Sabes que eu tenho sempre muito trabalho e...— tentei explicar, mas ele não deixou. Subiu no meu colo e agarrou-me pela gola, como sempre fazia, deixando-me demasiado focado nele para continuar. Olhou para mim durante uns segundos. O seu olhar era intenso e eu provavelmente franzi as sobrancelhas. Depois, colou os nossos lábios com força.

— Jimin... — chamei quando nos separamos.

— Xiiiu... — pousou a sua mão delicadamente na minha boca inchada, impedindo-me de continuar. — Vamos ter um momento só nosso, por favor... — ele pediu, trêmulo, e não fui capaz de responder, ou sequer negar, então larguei a caneta que segurava em qualquer lado e apenas segurei na sua cintura, puxando-o mais para mim. Eu necessitava tanto de o ter perto e nem me apercebia.

Ele envolveu o meu maxilar com uma mão enquanto me beijava novamente, agora mais profundo, com desejo e, principalmente, sentimento.

Segurei na suas coxas e levantei-me com ele agarrado a mim. Com um braço arrastei a papelada para o outro lado da mesa, sempre com cuidado para manter Jimin seguro. Deitei-o sobre ela e voltei a beijá-lo, enquanto as minhas mãos percorriam todo o seu corpo e ele se agarrava a mim pelo pescoço.