Cap.03

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28 de Fevereiro,2016.

As aulas já haviam começado e eu não estava muito animada para isso.
Minha nova casa ficava a alguns quilômetros da cidade, onde eu ia estudar a sorte era que o ônibus escolar passar aqui para fazer o retorno, todos os dias a mesma coisa; acordar, me vestir, comer -nem sempre-, e ir a escola, depois ; chegar em casa , fazer o jantar, dormi.. é assim sucessivamente.

Estava anciosa para que acabasse logo o semestre, só assim para parar de ouvir as vozes em meus ouvidos.

Nesta semana uma garota chegou na escola chorando, mas logo eu vi, a sua volta haviam coisas a sua volta. Eram estranhos eu nunca havia visto daquele tipo.

Já havia visto.

Minok.. criaturas da travessura.
Abellyx.. criaturas que está mais para plantas -um lírio murxo.

Mas aquele era novo; sua forma era engraçada até,mas tinha algo..eles estavam sugando algo, preferi não fazer nada..

- É por que você não falou com essa colega?

- Eu nem sei por que estou falando com você.- falou Anelise.

- Por que sou sua psicóloga é sua amiga.

- Minha mãe está apenas gastando dinheiro com você, essa conversa não está ajudando em nada.

- Ane! A tal "conversas" é para você se entender.

- Sei! Lá no fundo você está pensando o que as pessoas pensam sobre mim.

- E o que elas pensam de você?

- Que sou estranha.

- Você não é estranha, mas sim especial do isso.

- Me fala uma coisa Débora, por que você não anota as coisas que eu falo ou me interna logo?

- Já falei, você não é louca e apenas uma garota de dezesseis anos que está sofrendo as devidas mudanças. Só isso.

- Não mesmo! Não sou uma adolescente de 16 anos comum; eu nem sequer beijei.

- Ser BV é uma opção,assim como ser virgem sexualmente.

- Estamos falando de que mesmo?

- Olhe Ane, eu sei que você está confusa mas logo isso vai mudar.

- Você sempre fala isso, e nunca que muda.

- Isso por quê você está com pressa de que aconteça logo.

- Isso você não disse.

- Viu só seu semblante já mudou. Mas é então você continua fazendo pesquisas.

- Sim, mas ainda não achei nada de uma criatura que come as emoções de humanos.

- Se sua mãe souber que eu estou te incentivando a isso ela me mata.

- Com certeza.

É isso que vem sendo a minha rotina, tenho uma psicóloga chamada Débora e por incrível que pareça com por perto eu não as ouço e nem vejo as criaturas estranhas...

Meu nome é Anelise e é agora que vou-lhes contar a minha história..

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