De um lado, Lisa Hall, uma adolescente de 17 anos que não estuda com outras pessoas há 3 anos, criada dentro de uma bolha, onde não tem contato com ninguém além de sua responsável. Do outro, Liz Jones, que apesar de sofrer nas mãos de seus pais, não...
– O ônibus sai daqui a 30 minutos. – falou a orientadora, para os adolescentes da praça.
O pátio estava lotado e era difícil ouvir os orientadores mesmo eles falando no microfone, eram mais de 200 adolescentes juntos em uma praça as 2 horas da manhã que não conseguiam ficar calados nem por 5 minutos. E tinha uma pessoa em especial que além de não fazer silêncio, fazia questão de deixar claro que estava revoltada com a situação a qual se encontrava.
– Sério que eu tenho que ir pra essa desgraça? – questionou Lisa, chutando as suas malas com raiva.
– Não posso deixar que você continue sendo uma anti-social que fica trancada todos os dias – afirmou Lilian que se esforçava para mudar o jeito duro da jovem todos os dias.
Lisa não gostava de conviver com outras pessoas e nem de ter de sair de sua zona de conforto. Foi forçada por Lilian a ir aquele passeio e estava revoltada com isso, ficou o tempo inteiro reclamando com a mulher na esperança de fazê-la mudar de ideia.
– Você não passa de uma pseudo governanta, não tem direito de me dar ordens. – Resmungou a garota.
– Eu sei, não posso suprir o papel de uma mãe. Só não quero que você continue assim. – respondeu Lilian, com um teor de tristeza em sua voz.
– Vai ser a primeira e a última vez que vou para uma merda dessas. – disse a jovem, apontando para a mulher à sua frente.
– Vocês tem 5 minutos para entrar! – os auto-falantes do terminal de ônibus anunciaram.
– Boa sorte, te amo filha! – exclamou a moça, esbanjando um sorriso de satisfação.
– Vai se foder, Lilian! – gritou Lisa, entrando com má vontade no ônibus.
Todos ficaram olhando para ela estranhando o fato de Lilian não refutar a falta de educação de Lisa. A garota ignorou todos aqueles olhares e fingiu que não tinha nada de errado no que ela havia falado. Entrou no ônibus com uma cara de tirar a animação de qualquer um e se dirigiu ao único lugar que sobrou.
Queria ter pego um lugar isolado, só pra ela. Porém, havia apenas um lugar sobrando no ônibus e teve que se contentar com esse. Sentou ao lado de uma garota de lindos cabelos pretos que lhe ofereceu comida, mas como era de seu costume, ignorou a jovem e agiu como se ela nem existisse.
Lisa se sentia desconfortável com o fato de ter várias pessoas ao seu redor. Naquele momento, só queria chegar no hotel e se trancar no quarto enquanto os outros curtiam a vida. Era uma pessoa calculista e observadora, parecia estar distraída o tempo todo, mas sempre estava atenta a cada detalhe. Bastaram 5 minutos para descobrir o nome da garota ao seu lado, o tipo de música que ela curtia e até mesmo que a hora do celular dela estava 16 minutos atrasado e que o seu relógio de pulso estava parado há 2 minutos.
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Quando chegou no hotel, ignorou todas as orientações dos guias e foi direto para a recepção com o seu check-in em mãos, entregou a recepcionista e a mesma lhe disse o número e o andar da sua acomodação. Ao ler o papel, notou algo que não havia percebido antes. O quarto não era de solteiro, haviam duas camas e dois closets e abaixo dessas informações, o nome da sua colega de quarto.