Ao deixar-me ainda em chamas
A tua presença não me abandona
E as palavras que proferes, agora, saem de mim
Derivam todas da mesma harmoniosa fonte
Perdura em meu corpo a tua saliva
Restos de ti a completar-me
Como as migalhas da minha carne
Que levas em tuas longilíneas unhas
O deleite ainda umedece os lençóis
Emaranhados no palco armado sobre quatro estacas
Em que o teu amor contracenou com o meu
Diante de uma plateia invisível, que calorosamente aplaudia
Enquanto nossos músculos, pulmões e gargantas
Exaustos agradeciam
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Crimes Noturnos
PoetryEscrever é cometer um crime a cada linha. Ler é cometer dois a cada palavra.